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Everyone was going to die some day, he was no exception. It was just freaking out because unlike the others, it had a damn valid date.

- Por que não chamou ela pra sentar com a gente? - Jinyoung perguntou, um tanto curioso.

Youngjae nunca entendia o porquê dele sempre usar roupas tão formais para visitar lugares como boates, clubes e bares, mas apenas dava de ombros. Talvez tentasse causar uma boa impressão.

- Porque não confio em vocês - Respondeu, olhando ao redor.

Por melhor que fossem seus amigos, ele sempre desconfiava de suas atitudes quando havia uma garota no meio da situação. E sempre estava certo por desconfiar.

Na última vez que algo assim ocorreu, os seis bolaram um plano onde fingiram marcar um jantar entre amigos com Youngjae que, inocente, foi sem pestanejar ou reclamar do horário. Entretanto, ao chegar lá, deparou-se apenas com uma antiga colega de sala, na qual estava tão ansiosa para vê-lo outra vez quanto ele desejava fugir.

- Sabe, dessa vez, tenho que concordar com Jackson - Mark disse, abrindo a sala de cerveja que já havia sido trago por Yangmin. Faltavam apenas as fritas.

- Como assim? - Indagou, Youngjae, encarando-o.

- O fato de você ter salvo alguém, mesmo que diga que não foi nada... isso é realmente surpreendente.

Não era surpreendente, pensou.

Ele só não queria morrer com a consciência pesada. Só não queria pensar na imagem da garota assustada em seus últimos suspiros de vida e mais uma vez ter a certeza de que poderia ter feito algo.

- Cala a boca - Youngjae reclamou, bebendo um gole do energético.

Como estava dirigindo, não iria consumir nenhum álcool, pois sabia que no final da noite, aqueles de seus seis amigos que não voltasse para casa de táxi, findaria por dormir em sua casa, como sempre acontecia.

E ele não queria levar uma multa ou ser preso por pura irresponsabilidade caso algum guarda de trânsito o parasse.

- Aconteceu hoje de manhã? - Jaebum perguntou, de forma simples. - O encontro de vocês, no caso?

- Sim - Confirmou, pondo a mão nos bolsos de sua jaqueta jeans. - Por que?

- Nada. É só que você parece se interessar por ela.

De súbito, Youngjae quis rir. E esse era exatamente o motivo de nunca falar de garota alguma para eles. Mesmo que jurasse que era apenas uma amiga ou conhecida, seus colegas faziam teorias demais. Suposições demais.

E sempre estavam errados.

O garoto passou mais de vinte e dois anos sem envolver-se romanticamente com alguém, então por que isso iria mudar agora?

Apenas por que estava morrendo?

Apenas porque cada minuto que se passava inerte no tempo ou dentro de seus próprios pensamentos era como estar lentamente deixando sua vida esvair de seu corpo tão deliberadamente?

Não, pensou. Não mesmo.

- Não tirem conclusões precipitadas - Ele falou, terminando de beber seu enérgico tão rápido que se surpreendeu. Então levantou-se.

- Aonde vai? - Bambam indagou.

- Ao banheiro - Respondeu, apenas.

O que era essa sensação eu seu interior? A sensação que estava particularmente vivendo de forma errada. Como se precisasse mudar algo. Como se algo muito grande estivesse o incomodando?

Youngjae entrou no banheiro vazio e apoiou as mãos no espelho da pia, encarando seus olhos sem nenhuma expressão aparente.

É claro que nunca foi o tipo de pessoa mais alegre do mundo ou aquela que aproveitava a vida verdadeiramente, contudo, por que ele? Porque ele estava predestinado a morrer?

Ele não queria. Não queria morrer, não queria deixar de existir, não queria perder suas lembranças de forma tão vazia assim.

Mas era o que ia acontecer. Não havia nada que pudesse fazer além de aceitar.

E ainda assim, ele não aceitava.

- Não quero morrer assim - Murmurou para si mesmo no espelho. - Sem ter vivido.

O garoto ainda queria ser alguma coisa. Ainda queria fazer a diferença na vida de alguém. Ainda queria se apaixonar por alguém.

Mas ele imaginava tanto que esses processos sempre ocorriam de forma natural, que nunca se apressou em nada. Apenas estudou, estudou, estudou.

E adiou o que realmente importava, - não para ele naquele tempo -, mas agora sim: a humanidade.

- Foda-se - Falou, ao respirar fundo.

Todos iriam morrer algum dia, ele não era uma exceção. Só estava surtando porque diferente dos outros, ele tinha uma maldita data de validade.

Além disso, o que sentia por Yangmin? Mesmo que tivesse sido que não era nada, a forma como seus lábios não paravam de sorrir quando estava perto dela no carro e como ele naturalmente a chamou de fofa... coisas como essa não aconteciam sempre.

Quando abriu a porta do banheiro, que era um minúsculo cubículo dentro do bar, o garoto escutou um grito e logo passou, fechando-o rapidamente. Foi quando notou Yangmin. Sem querer, enquanto abria a porta, ele havia a empurrado.

- Você é malu... oh, Youngjae? - Ela murmurou, mas parou seu início de discussão quando seus olhos o encararam.

Foi nesse momento que Youngjae notou, embora o local estivesse escuro e a música consideravelmente alta, que talvez, apenas talvez, estivesse realmente gostando dela. Mesmo que pouco. Mesmo quase que nada. Ou muito possivelmente estivesse tentando ignorar a sensação que talvez fosse algo bem além.

- A situação pode parecer absurda, mas... você quer sair comigo? - Indagou, enquanto olhava-a.

Se dissesse não, tudo bem, iria seguir firme e viver até não poder mais. Entretanto, se sua resposta fosse um sim, Youngjae ao menos poderia prometer a si mesmo fazê-la feliz. E ser feliz também. 

How it all began ❄ Choi YoungjaeWhere stories live. Discover now