-Pensei que conheceria a seed de vocês...- murmura Carnegie, olhando ao seu redor.
-Pensou errado. A sala de reuniões de lá é um pouco pequena para um evento como esses, então o general decidiu fazer na base de treinamento dos recrutas.
-Todos já estão aqui? - indaga Justine.
-Becker! - grita Campbell, se aproximando. -Finalmente e... quem é essa mulher?
-Campbell, pode chamar o general Clarke?
-Posso, mas... estão todos na sala, Clarke está furioso pela demora e...
-Apenas chame. Os generais podem esperar. Diga que estou esperando aqui no ginásio. - murmura, vendo ele abanar a cabeça concordando, e correndo rumo à sala de reuniões.
Becker passa as mãos pelo rosto, ela e o seu pai estavam no mesmo prédio, à apenas alguns metros de distância. Será mesmo que ele a reconheceria? Lizzie tinha suas dúvidas, afinal ela estava bem diferente desde a última vez que o viu, naquela época era apenas uma garota franzina e pequena que ainda não tinha começado a se desenvolver.
-Becker?! Espero que tenha uma ótima explicação para esse atraso! Acho que fui bem claro quanto ao horário e... -Clarke interrompe sua fala, encarando Rostova. - Quem é essa mulher?
-Minha informante. -Responde automaticamente.
-Pensei que fosse...
-Um homem? - intervém Carnegie.
-Ela é especialista em combate corpo a corpo, e acho que suas habilidades seriam úteis para essa missão. Sem contar que tem acesso à muitas informações!
Ele cruza os braços.
-Que tipo de informações? Como?
-Ok... ela é uma soviética.
Clarke entre abre a boca, surpreso demais para dizer alguma coisa durantes os três primeiros minutos.
-Está mesmo querendo que uma Ex-soviética faça parte de uma força tarefa contra o próprio país?!
-Não pretendo voltar tão cedo à aquele lugar, pelo menos não por opção própria. Se fosse realmente fiel ao meu país, não estaria aqui oferecendo meus serviços, e muito menos teria colaborado com minhas informações para Elisabeth. - diz Carnegie.
-E como posso te chamar? - indaga.
-Tamy.
-Sem sobrenome?
-Sem sobrenome. -Afirma. - Nós dois sabemos que não posso dar minha verdadeira identidade.
Clarke suspira, passando a mão pela barba rala enquanto encarava o rosto de Becker de forma severa e pensativa.
-Tudo bem. - Concorda. - Mas ela está sobre sua responsabilidade. Se alguém souber de onde ela veio, não me responsabilizo por nada, inclusive, para todos, nem sabia dessa história!
-Sim, senhor.
Lizzie revira os olhos internamente por mais uma responsabilidade estar sobre suas costas. De certa forma, ela não culpava Clarke, pois uma decisão como essa poderia custar o seu cargo, isso que ele sabia menos da metade da história.
Como se ouvisse os seus pensamentos, o general voltou a falar, desta vez menos sério:-Os rapazes vão ajuda-la a cuidar de Justine. -Ele faz uma pausa dramática, olhando no fundo dos olhos de Elisabeth. -Está pronta?
Carnegie franze a testa, claramente não entendendo o sentido daquela pergunta. Mas ao ver a troca olhares entre os dois, soube que ambos já não estavam mais falando sobre a garota.
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Agent Becker
ActionElisabeth, uma moça independente numa época totalmente machista que luta pelo reconhecimento do seu valor dentro de uma das mais secretas organizações do governo, a OSCU. Afastada da família após fugir aos Estados Unidos em busca da liberdade, aos p...