Capítulo 12

1K 86 18
                                    

Depois de fazermos a atividade, Ruan pede os cadernos para dá o visto, como de costume. Ele se apoia na mesa do professor e todos vão levando seu caderno de forma organizada. Espero que todos façam isso e então levo meu caderno.
Ruan sorri com os lábios para mim e cruzo os braços o olhando. Não tiro os olhos de seu rosto. Ele é realmente lindo, cada detalhe nele me fascina, mas o melhor no seu rosto, em minha opinião, é o sorriso.

Assim que vai me entregar o caderno, percebe que estou o encarando e sorri. Que sorriso é esse?
Acho que estou hipnotizada, não só pelo sorriso, mas por Ruan.
Acho que nunca senti algo tão forte perto dele. Meu coração está mais acelerado que nunca e tenho uma vontade louca de abraçar Ruan e tocar em seu corpo perfeito. Mas não é apenas atração física, não é apenas desejo de tê-lo para mim, de beijá-lo e dizer que ele é meu. É vontade de dá carinho como ninguém nunca deu, de proteger de tudo e todos, de nunca soltar sua mão e abraçá-lo em meio a tempestade.
Quero mais do que nunca amar Ruan como nenhuma outra mulher o amou.

_ Com licença. _ Meu pai entra na sala me trazendo de volta à realidade. Interrompo a troca de olhares com Ruan pegando meu caderno e volto para meu lugar.

_ O que te traz aqui, querido diretor? _ Ruan pergunta o olhando.

_ Estou passando em todas as salas para avisar sobre o nosso projeto que será daqui a um mês e estará aberto ao público. Cada turma ficou com um professor responsável e a nota valerá para todas as matérias, então peço que aqueles que estiverem precisando de nota se esforcem... _ Meu pai me olha _ E os que não estiveram também. Na turma de vocês, o professor responsável será... _ Olha nos papéis que traz nas mãos e depois me olha _ O Ruan. _ Completa. Dou um meio sorriso alegando está tudo bem _ Bem... Desculpa interromper a aula de você, com licença. _ Sai.

Antes de fechar meu caderno para guardar, observei algo escrito no canto superior direito.
Sorrio involuntariamente ao ver aquela letra inconfundível escrita com caneta verde.

" Me encontra na biblioteca quanto todos forem embora, por favor..."

_ Posso saber o que te fez sorrir assim? _ Ouço a voz de Natan.

_ Não foi nada. _ Respondo fechando meu caderno rapidamente e guardo o mesmo. Olho para Ruan e nossos olharem se encontram, mas isso dura apenas poucos segundos pois algum aluno o chama para tirar uma dúvida e Natan começa a conversar comigo.

(...)

Depois de todas as aulas, me despeço de Natan com um abraço e saio devagar para a biblioteca.
Vejo Ruan ali, sentado em uma mesa afastada. Me aproximo dele e o mesmo sorri ao me ver.

_ Fiquei com medo de que não viesse. _ Ele diz.

_ Mas eu estou aqui, não estou? O que quer falar comigo?

_ Vou direto ao assunto. _ Diz.

_ Por favor. _ Peço sentando em sua frente.

_ Não quero te perder, Bêh. _ Fala e sorrio de lado. Antes que eu falasse algo, ele continua _ Quando te vi naquele hospital em coma, caiu minha ficha de que não sei viver sem você. Sei que errei contigo e me arrependo disso. Prometo ser um namorado melhor daqui para frente, mas eu não quero perder você, Bêh. _ Termina de falar e em momento nenhum deixou de olhar no fundo dos meus olhos.

_ Você não me perdeu, Ruan. _ Falo sustentando o olhar fixo _ Todos nós cometemos deslizes, alguns maiores que outros, mas todos cometemos. Não quero que seja o namorado perfeito, isso é quase impossível. _ Sorrio _ Quero que seja o meu namorado, MEU apenas, com todas as suas qualidades e os seus defeitos junto. Quero que suporte minhas crises de ciúmes, que me ria de mim quando eu tropeçar na rua, que me apóie em minhas decisões, que me proteja, que me aconselhe, que seja meu amigo, que enxugue minhas lágrimas e escute minhas lamentações. Quero que tenha ciúmes de mim, que olhe torto para os garotos que falam comigo, quero que seja amigo do meu pai, que vá em minha casa a hora que quiser, que sussurre no meu ouvido que me ama em qualquer lugar e qualquer hora. Mas quer saber de uma coisa, Ruan? Esse é exatamente o namorado que você é. _ Ele sorri. Levanta de sua cadeira e fica ao meu lado, levanto também.

_ Eu te amo. _ Sussurra no meu ouvido e olha em meus olhos mais um vez. Segura minha cintura e me coloca sentada na mesa. Ele começa a beijar minha bochecha até que chega em minha boca, uma de suas mãos vai para minha nuca e ele me beija finalmente. Que saudade dos seus lábios nos meus.

O beijo, antes lento, começa a acelerar. Coloco minhas mãos por dentro da camisa de Ruan e acaricio sua barriga perfeitamente definida.
Finalizamos o beijo com um selinho e Ruan me olha.

_ Saudades de você. _ Sussurro.

_ Eu também estava. _ Voltamos a nos beijar rapidamente.

Tiro a camisa de Ruan e puxo para mais perto de mim. Ele joga meu cabelo para o lado para beijar meu pescoço.
Seu corpo quente estava colado ao meu, seus lábios em minha pele e sua camisa no chão. Foi dessa forma que meu pai entrou na biblioteca e nos encontrou.

A Filha Do Diretor (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora