Nada Produtivo - Changki ver.

Capítulo 2. Uma Terça-feira Nada Produtiva

Nada Produtivo.
Capítulo 2.
Uma Terça-feira Nada Produtiva

Na verdade, demoraria um caralho de tempo até o sábado finalmente chegar, veja bem, ainda era terça-feira e Yoo Kihyun - o nosso protagonista - se via completamente perdido em seus pensamentos de possíveis acontecimentos entre ele e o futuro namorado - Changkyun, caso não se lembrem -, se Zeus quisesse e permitisse, amém.

Mas a sua crise de ansiedade, se é que podia chamar o infarto que estava prestes a ter assim, começou na segunda-feira à noite quando saiu do café, a conta havia sido cara e teve que tirar do pouco que recebe como professor para poder quitar a dívida. Ele estava andando quando se lembrou que tinha o número de Changkyun para fazer uma ligação, ou várias, mas não sabia se deveria usar o número apenas para pedir o endereço e tirar dúvidas sobre física ou conversar e criar uma amizade com Changkyun (que depois evoluiria para um amor incondicional entre os dois), começou a ficar nervosos com o pequeno bloco de notas dançando de uma mão a outra, que começavam a suar, péssimo hábito.

Mas se tentasse uma amizade, conversariam sobre o que? Justin Bieber e Troye Sivan? Ah, qual é, ele não poderia simplesmente chegar e "Caralho, você viu que o Sivan fica "mó" gatinho loiro? Que tiro no meu coração!", seria aleatório demais até para Yoo Kihyun.

E a terça-feira não foi um mar de rosas, estava mais para um mar de espinhos das rosas. Como Kihyun passou a noite inteira pensando em como seria seu pseudo-encontro com Im Changkyun, no dia seguinte mal conseguiu encarar o outro nos olhos, sabe como é, né? Aquela fase em que os hormônios estão a flor da pele e, de certo modo, incontroláveis? Pois então, o garoto era um adolescente vergonhosamente pervertido em seus pensamentos, aparentemente tudo tinha uma pequena pitada de segundas intenções: Vozes, olhares e toques, principalmente toques. Ah, vamos lá, que tipo de pessoa sai tocando uma a outra sem segundas intenções? Exatamente, qualquer pessoa próxima o bastante de você para apenas lhe tocar, mas não é assim com o querido Kihyun.

O menino Yoo gostava de um certo pensador, que dizia: [...] Adolescentes pensam sim em sexo, a todo o momento e a toda hora..[...], era de uma fanfic que o menino lera a um tempo atrás (a que ponto chegamos) e se identificou com essa fala, mas ele - diferente do personagem - não mostrava a sua pervertividade - palavra criada pelo nosso herói -, na verdade, ele a mantinha bem escondida no fundo da sua mente.

Voltando a terça-feira: Kihyun estava na biblioteca, como sempre, esperando pela bibliotecária responsável por seu livro que havia reservado e só havia ficado disponível hoje, justo hoje, logo hoje. HOJE. Uma voz, um pouco alta de mais para o ambiente que estavam, adentrou o local fazendo Kihyun paralisar e "correr" até a porta, ignorando os livros que havia ido pegar, na verdade nem sabia o real motivo pelo qual estava correndo tão rápido para fora dali, não era como se ele estivesse devendo dinheiro para o Changkyun, correto?

- Yah! Tá correndo por quê? Viu o cape... Ah, foi o Changkyun que você viu, né?

Lee Minhyuk, o bonitinho do segundo ano C, Kihyun se xingava por não ter se apaixonado por ele e xingava os pais do garoto por não terem o feito um ano mais velho.

A história é longa, e duvido muito que seja de toda tão importante assim, mas o caso é que Minhyuk já foi caidinho pelo Yoo, porém esse já estava cem por cento na de Changkyun, felizmente Minhyuk soube lidar bem com a rejeição, sem lançar aquela frase clichê de: "Quando você se cansar dele, eu estarei aqui" e, como parte do pacote de desgraça da vida do Yoo Kihyun, Lee Minhyuk foi promovido ao cargo de atazanar a vida dele e, é claro, meter os dedos na ferida do mais velho e torce-los fazendo sangrar.

- Você tem certeza de que sabe o que é gostar de alguém? Tipo, não é normal a gente fugir do garoto que a gente gosta.
- E é aí que você se engana, meu caro: eu não estou fugindo dele. - Cruzou os braços convicto do que dizia, tinha aquele ar debochado que sempre usava com Minhyuk, um ar superior por ser mais velho e, consequentemente, ter um pouco de respeito ali, era o que deveria ter, pelo menos.