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Esse Capítulo é um bônus, não é o final real e nem faz parte do projeto oficial.
Contém a mesma cena do capítulo 5, marcarei com asteriscos para quem tem sensibilidade a conteúdo violento não leia.

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Desesperada com o sumiço de Michael, Estela foi a casa de Luke. Queria informação. Um amigo.

Há três dias não via o irmão, e não é com Luke que encontrará a resposta.

Garanto que informação você terá, agora amigo...

Ao entrar na casa, encontrou dois pratos de comida com moscas e taças de vinho azedo.

Estela percebeu sinais de luta. Luke é esperto.

A cena mostrava luta, tudo organizado como um crime de ódio. Inclusive a sala onde os dois corpos estavam.

Tudo pensado a eras.

Como uma profecia.

E Estela a seguiu.

A cada rastro de calçado uma sensação ruim a atingia. Mal sabe ela a cena que a espera.

Desceu as escadas do porão receosa, havia sangue ao fim do ultimo degrau. Sangue real.

Até reparar a luz no fim do túnel, a sala.

Um grito e muitas lágrimas.

A doce menina correu para fora do porão desesperada, caindo no chão da enorme e vazia sala de estar, em prantos.

O que diabos estava acontecendo?

Após 6 meses do dia mais traumatizante da vida de Estela, a menina Clifford volta para a casa se Luke, para matar a saudade do falecido amigo, antes que os irmãos dos mesmos se mudassem definitivamente.

A pedido da menina, o quarto de Luke não seria habitado, nada sairia do lugar.

Ao entrar na gigantesca residência Hemmings, deixou sua mente ser invadida por lembranças,  inclusive as do dia do descobrimento dos corpos, então, permitindo que lágrimas desenfreadas desenhassem seu belo rosto.

Jack apareceu da cozinha a abraçando. Era tão parecido.

"Olá, Estela."

"Oi, Jack, desculpa aparecer assim."

"A casa é sua também, o quarto está aberto, imaginei que viria hoje. Fique a vontade, estou fazendo o jantar. Meus pais, Ben, sua esposa e meus sobrinhos estão vindo."

"Tudo bem, não ficarei muito tempo."

Com isso a menina de cabelos verdes se despediu do rapaz e subiu em direção ao quarto de Luke, se aproximando da cama do loiro, percebendo uma parte oca no chão.

Se abaixou batendo no local até achar uma pequena brecha.

E curiosa como sempre, abriu e pegou o caderno e a folha que haviam no buraco.

Folheando as páginas do diário escrito com caneta transparente, a menina respirava ofegante abaixo da luz roxa do abajur especial. Cada morte. Cada banho de sangue de Sidney estavam ali, escritos e bem guardados no caderno preto de folhas desbotadas.

Com toda a informação, abriu receosa a folha que estava acompanhada do caderno. A exata folha de sua morte.

Largou assustada, mas a tamanha curiosidade do ódio de Luke por ela falou mais alto.

Olhos Azuis • MukeWhere stories live. Discover now