Muñeco 2 ❌ L.S ❌ [✔]

Capítulo IV

N/a: Harry e Michael na mídia :3

Confesso que shipparia.......se já não shippasse Larry e Muke <3

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-Bem... foi uma coisa estúpida e simples. Nem acho que vale a pena contar, mas já que você parece interessado... - Michael era uma pessoa curiosa. Sempre metia o nariz onde não era chamado. Era daqueles tipos de caras repelentes que ninguém queria por perto, sempre se achando superior e presumindo tudo, fazia isso com tanta naturalidade que parecia que ele mesmo não se dava conta.

Eu sabia que ele era assim, ou, pelo menos, era assim com o resto da gangue. Comigo nunca. Eu não sabia se era porque tinha medo de mim ou porque me respeitava e achava que eu era digno da sua "real" presença. De qualquer forma, ele não ousava se fazer de prepotente na minha frente.

Não ousava...

- Então? Por quê Capitão? - Íamos caminhando pela cidade, indo a lugar nenhum na verdade. A casa dele era do outro lado e eu me perguntava se ele pretendia continuar a me seguir como um cachorro de rua, mas eu não me importava muito com a presença dele.

- Aconteceu quando eu completei dezoito anos e chegou a maldita carta do governo exigindo o serviço militar obrigatório.

- Oh, claro. Isso. Por sorte a minha mãe subornou alguém para que eu não tivesse que passar por isso. - Sorri. Eu já desconfiava.

- Eu não tive tanta sorte, inclusive eles vieram me buscar. Estive um mês e meio ali, com o Zayn, Ricky, e uns outros. Black tinha me contado muitas merdas sobre o serviço militar, mas não foi tão difícil. Talvez seja porque eu não sou judeu e ele sim. - O Príncipe franziu levemente o cenho, reprimindo a vontade de replicar. Ele havia se criado em uma família extremamente conservadora, pra não dizer fascista é claro, então obviamente não lhe tinham ensinado a ter tolerância a certas nacionalidades e tendências sexuais. - Enfim, fiquei ali um mês e meio, até que o Capitão da nossa guarnição me pegou com um pequeno esconderijo de maconha e começou a gritar na frente de duzentas pessoas. Ficando a dois centímetros da minha cara e começou a gritar e a me encharcar com baba. Foi nojento.

- E o que você fez?

- Limpei a baba da cara com o braço enquanto ele continuava a me dar sermão e ai ele gritou: Que porra está fazendo? Vai começar a chorar, bebezão? A Europa não é lugar para uma maldita escória como você, uma maldita bicha chorona! - Michael arregalou os olhos.

- Ele disse isso? E você... o enfrentou, não?

- Enfrentei? Lhe arranquei sete dentes com o soco que dei. Caiu no chão. Um bando de militares se jogaram em cima de mim e me agarraram pelos braços e pernas. O Capitão se levantou do chão, veio até mim com a boca sangrando e me deu uma joelhada na barriga, perto das bolas. Quase desmaiei. Depois, me trancaram em uma cela totalmente isolada e no dia seguinte, me expulsaram do exército. E antes de eu ir pra casa o Capitão me disse que se eu pedisse perdão de joelhos publicamente ele não me processaria.

- Oh, e suponho que você... - Neguei com a cabeça. Não é porque eu me sentia orgulhoso, mas muito menos me arrependi daquilo.

- Quebrei o nariz dele com uma cabeçada. - Michael deixou o queixo cair, soltando uma gargalhada estridente.

- Não pode ser! Merda Harry, você é incrível!

- Não sou. Qualquer pessoa daqui teria feito a mesma coisa que eu.

- Eu não!

- Você não é dos nossos de qualquer forma, Príncipe. - Ele continuou gargalhando por mais alguns segundos, tentando se conter.