52. Relatos de um Policial

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Policial Carl Collins


Estávamos enganados. Eu e o policial Steve estávamos errados ao dizer sobre a morte do Assassino do Mascate. Eles tinham nos enganado ao jogar aquele carro sobre o estacionamento a alguns dias atrás, que fez com que eles sumissem de vista.

Mas isso eu já sabia. Quando as investigações sobre o acidente começaram, de primeira, o legista havia nos informado que não tinha nenhum corpo lá. Pensei até que os corpos foram carbonizados. Mas nem isso tínhamos prova. Mas eu sabia que o paradeiro do Assassino viria a tona.

Quando recebemos o chamado que ele estava em Pittsburgh, minhas esperanças começaram a voltar. Eu não podia falhar com Steve, não de novo. E por isso, eu estava disposto a colocar esse Fugitivo na cadeia. Prometi a mim mesmo que não desistiria até encontrá-lo.

Não demorou muito para chegarmos em Pittsburgh. Quando chegamos na casa que recebemos a denúncia, encontramos três pessoas.

Ollie Black, nossa maior testemunha até então, estava sentada no sofá da sala da vítima e muito abalada. A princípio pensamos que era uma armadilha de Rone. Deixar sua única cúmplice a mercê da justiça era uma atitude estranha. Algemei a senhorita Black e ela não resistiu, ela estava extremamente abalada. Deduzimos que a vítima tinha alguma relação com ela.

A vítima se chamava Jefferson Buck. Seu corpo estava estirado no chão da sala. A princípio vimos que ele foi baleado no peito. A equipe legista cuidou para que todos os procedimentos fossem feitos corretamente, até a autópsia do corpo.

E nossa segunda testemunha, Morgan Prios. Encontramos ele amarrado e amordaçado em um dos quartos. Com certeza houve muita briga ali dentro. E tudo isso estava em investigação.

Já haviam se passado 24 horas depois do atentado na casa do senhor Buck. Meu colega, Steve Fox estava ao meu lado com seu copo de café na mão e observando nossa testemunha e cúmplice do Assassino na sala de interrogatório. Estávamos prestes a fazer perguntas para a Srta Black, que por sua vez, vestia o macacão do presídio, sentada com suas mãos sobre as pernas de frente para uma mesa e uma outra cadeira, vazia, esperando ser interrogada.

Me viro e vou até a sala. Entro e logo em seguida Steve também. Ollie continuava com a cabeça baixa olhando para suas mãos. Nos sentamos.

Inicialmente fui confirmando seus dados junto com Ollie. Nome, idade, local onde mora e documentos pessoais.

- Você conhece o procurado em questão, Rone Mason? - Começo o interrogatório e ela olha no fundo dos meus olhos.

- Sim, conheço.

- Onde vocês se conheceram?

- No meu trabalho.

- Onde você trabalha?

- No Fliperama da rua 7

- Que horas do dia?

- Foi no fim do expediente, às 11 da noite.

- Lembra da data?

- Não senhor, mas lembro que foi numa terça.

Cada pergunta era valiosa demais para que a gente pudesse traçar o perfil do Assassino. Muitas vezes as perguntas poderiam não fazer sentido porque o interessante é fazer perguntas uma atrás da outra para observar se o interrogado está mentindo. E pelo visto, Ollie Black não estava.

- Você pode nos contar o que houve naquele dia?

- Bom - Ela olha nos meus olhos novamente - Como eu sou a última a sair nas terças-feiras, já era tarde e eu estava com medo de andar na rua sozinha. Até que que ouvi alguém me chamar. A princípio eu fiquei com medo de ser algum assaltante ou coisa pior...

O FugitivoWhere stories live. Discover now