57. Esperança?

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Max Elbreen


O Sr. Baker havia atirado. Olho para o lado e vejo o furo que o tiro fizera, na parede ao lado da cabeça do filho. Newt chorava sem parar, temia que aquele tiro fosse parar no meio da sua testa.

Tínhamos que pensar rápido e sair dali com ou sem o computador, é o que eu deveria pensar. Mas eu tinha um compromisso, eu DEVIA levar o computador comigo.

Newt continuava chorando enquanto o Sr. Baker olhava fixamente para ele. Até que Newt se abaixa com a mão no rosto, totalmente arrasado. O Sr. Baker abaixa junto com o filho e se aproxima ainda mais. O choro começou a ficar mais baixo. Quando tudo fica em silêncio, algo acontece.

Rapidamente, em questão de segundos, Newt da uma cabeçada no pai dele.

O que deixa o Sr. Baker ainda mais atordoado, já que tinha uma faixa cobria sua testa inteira. O que quer que tenha acontecido com ele antes, o deixou ainda mais machucado. Seu grito depois que Newt o acertara era de muita dor. Ele leva as duas mão a cabeça, deixando sua arma escapar.

Antes que ele pudesse reagir, Newt pega a arma que uma vez estava na mão do Sr. Baker, joga arrastando ela pelo chão pra mim. Eu não conseguia processar o que estava acontecendo ali na hora. Estava acontecendo tudo tão rápido.

- O QUE VOCÊ FEZ COMIGO?! - Era o seu primeiro grito de reação depois da pancada, mas era tarde demais.

Depois de me recompor psicológicamente e prestar atenção no que estava acontecendo ao meu redor, me levanto e aponto a arma para o Sr. Baker. O jogo tinha virado. Newt corre para o meu lado, limpando seu rosto com as falsas lágrimas. 

- O que você ia falar mesmo? - Pergunto para ele.

- Vocês... vocês vão pagar!!

- Agora fica de joelhos - eu digo para ele com o tom de voz mais alto, e ele faz o que eu digo - Newt, você já sabe o que fazer - me dirijo ao meu amigo e ele entende o recado.

- Você é só um moleque...

- CALA A BOCA! - eu reprimo. Mas o Sr. Baker continua.

- Você não teria coragem para atirar em mim... você é fraco.

- EU NÃO TENHO CORAGEM?! - começo a perder a paciência.

Olho para o lado e vejo que Newt ainda procurava o livro.

Eu aperto o punho e seguro a arma com mais força.

- Vai logo, Newt, se não eu vou estourar a cabeça dele! - Mas assim que eu falo, Newt da um berro que me faz aliviar um pouco.

- Achei! - Agora ele tirava o livro, deixando visível o pequeno cofre que se escondia por entre as prateleiras - Preciso da senha.

Com uma mão ocupada apontando a arma para nosso refém, tiro com a outra o pequeno papel que continha a informação mais importante do momento e jogo pra ele.

- Vocês acham que vão roubar o Sr. Bill assim tão fácil? Ele não vai gostar nada disso, quando souberem que...

- EU JÁ DISSE PRA VOCÊ CALAR A BOCA FILHO DA PUTA! - Era uma tentação enorme apertar o gatilho, mas tínhamos que seguir com o plano.  Ele me irritava constantemente, a cada segundo uma frase saia da sua boca e eu não podia dar uma lição nele. Não ali.

O FugitivoOnde histórias criam vida. Descubra agora