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Aviso:
Escutem Let Go do BTS enquanto lêem esse capítulo, por favor!!!

Seokjin Narrando

Cinco meses já haviam se passado, S/n agora está com seis meses de gestação, e não aconteceu nada de grave com ela e a criança, agora sim eu posso me sentir mais seguro e mais calmo sobre a gravidez.

Na última ultrassom descobrimos que é uma menina, eu fiquei muito feliz, feliz mesmo. Vocês não sabem o quão bom e esperançoso é poder escutar um coração tão pequenininho bater rápido; Ver os braços e as pernas tão minúsculas; Ver o bebê se mexer, mesmo sem saber se há espaço na barriga da mãe.

A gravidez é realmente uma coisa boa, e muda as pessoas. Me mudou, mudou s/n, nos mudou por completo.

Hoje é o último dia do mês, amanhã teremos outra ultrassom, estou nervoso, veremos por completo, quase, nossa pequena.

Estou na sala jogando, escuto passos atrás de mim, me viro vendo uma bela silhueta descendo as escadas, minha mulher. Apesar da barriga grande, seu corpo continuava o mesmo.

— Por céus Jin! Pare de encarar, estou horrível. - Ela ri e esconde o rosto.

— Está linda! - Me levanto e caminho em sua direção. - A mais perfeita mulher grávida.

— Só você para me fazer tantos elogios assim. - Ela sorri e eu a beijo.

A ajudo a descer as escadas, e a guio até o sofá, ela agradece e me sento ao seu lado. Sua mão pousa em meu braço e sua cabeça em meu ombro, me encosto no sofá para ajudá-la.

Depois de um tempo jogando sinto s/n soltar meu braço, e quase cair, já que a segurei antes.

— Querida? - Levanto seu corpo e encosto sua cabeça no sofá. - Querida? Vamos meu bem, acorde!

Já desesperado, a carrego e a levo para o carro, estou afoito, com o coração e a respiração ambos acelerados, medo, sinto muito medo.

Quase fiz um acidente, cheguei ao hospital, fui atendido as pressas me mandaram ficar na sala de espera, gritei, fui segurado por seguranças, me sentei, me levantei, dormir, tomei água, me sentei, pedi informações, negativo.

Estou preocupado, o que deveria ser mais um dia bom, está se tornando a minha única agonia. Perguntas? Sem respostas. Informações? Negadas. Desespero? Aumentando. Estou tendo uma mistura de sensações.

Meu relógio já marcava 10 para as 21:00, passei o dia inteiro sem alguma notícia, apenas que ainda estão na sala de cirurgia.

— Moça? Como ela está? - Parei uma enfermeira. - Você sabe alguma coisa sobre Kim s/n?

— Kim s/n? Ah sim. O senhor é o marido dela? - Afirmei. Seus olhos ficaram tristes. - Eu sinto muito, me acompanhe por favor.

A segui até uma sala, vi s/n deitada em uma cama, ela estava chorando, a abracei e a beijei. Não pude evitar, chorei.

Os médicos chegaram e trouxeram nossa pequena, um sorriso se formou no meu rosto mas logo foi desfeito, ela não se mexia.

— Sinto muito. Nós tentamos. - O médico que acompanhou-nos diz e me aproximo da pequena.

Meus olhos, já estavam cheios de água. A carreguei no colo, gelada e pálida. A minha filhinha, minha pequenina, a qual prometi amar e cuidar.

Apertei-a em meus braços, e fechei meus olhos deixando a tristeza me consumir. Fui fraco, não consegui protegê-la. Não consegui cuidar dela. Gritei, apertei meus olhos a sentindo em meus braços.

— Querido? - Ignorei seu chamado e neguei com a cabeça. - Querido, por favor! - Ela diz, sua voz está trêmula e percebo a tristeza.

— Posso pegá-la? - Uma enfermeira, senta a minha frente e me olha nos olhos. - Vou cuidar dela. - Mentira! Se eu não consegui protegê-la, como você vai conseguir? - Eu prometo.

Respiro fundo e a entrego, beijo sua testa e me levanto, vazio, me sinto vazio. Vou ao encontro de s/n, olhos vermelhos, tristeza no olhar, beijos inúteis, nos damos.

— Querido, eu sinto muito! - Ela diz e me abraça. Retribuo. - Eu não...

— Eu te amo. Isso é importante! - Digo tentando confortá-la. - Está tudo bem.

Respiro fundo, sei que eu não estou bem, mas s/n precisa ver que eu estou bem. Sorrio e a beijo. Acaricio seu rosto e limpo seus olhos enxugando as lágrimas.

— Vamos para casa, por favor! - Ela diz e eu afirmo.

Me viro um pouco para ver o médico, ele afirma com a cabeça e eu a ajudo a levantar, escuto a porta do quarto se fechar, ajudo s/n a se vestir, seus olhos não fitam o meu. De forma alguma.

Saímos do local, nos avisaram que poderíamos buscar o corpo da pequena amanhã de tarde.

Estamos indo para casa, um silêncio habita o carro, olho algumas vezes para s/n seus olhos vagos percorrem as ruas. Tento falar algumas vezes mas nada sai.

Droga! Eu não... foco Jin, você tem que cuidar da s/n, tem que deixá-la feliz! Tem que fazer de tudo para fazê-la esquecer disso. Tenho que...

— O que está pensando? - Escuto sua voz e saio de meus pensamentos.

— Nada querida. - Disse baixo.

— Pode me falar. - A olho e acaricio seu rosto.

— Você quer falar algo? - Ela me olha e chora. - Querida, desculpa eu não quis...

— Não Jin! Não é você! Para de pedir desculpas! - Ela grita e volta a olhar para frente e me concentrar em chegar em casa.

🐨🐼🐨

Hey, tudo bem?

Confesso que chorei quando li esse capítulo. E ainda escutei a música junto.

Bom, beijinhos e até o próximo capítulo.

Comentem o que acharam e deixem a estrelinha!

A Filha de Kim Seokjin (Jin)Where stories live. Discover now