Fucking insane

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Naquela noite de domingo, Jackson foi o primeiro a cair no sono e após jantar, Youngjae voltou para casa.
Jaebum não costumava beber, mas agora era tudo o que ele fazia.
Eu só conseguia observa-los, sem coragem para dizer o que queria e sem forças para me desculpar.

Choi e Wang haviam ouvido minha conversa com Jaebum e agora tentavam ignorar o fato de que eu iria embora, diferente de Jaebum, que encarava o fato, mas me ignorava.

Não consegui dormir, ouvir o som a garrafa colidir suavemente com o copo era perturbador.
Im estava naquela á horas, sentado no sofá, acabando com o estoque de uísque.
Jackson dormia ao meu lado, tendo espasmos fortes e às vezes sussurrando para que Mark ficasse.
Então me levantei e desci as escadas.

Havia decidido voltar para casa na noite em que Jaebum me deixou para resolver o que precisava em Washington.
Estava psicologicamente cansado e a saudade da minha família não se saciava com mensagens e ligações. Precisava vê-los pessoalmente antes que fosse tarde demais.
Por mais irritado que eu estivesse com Mark, ele era o único que aceitaria me ajudar, e caso não quisesse, eu daria o meu jeito.

Cheguei a sala e me sentei sobre a mesa de centro, afastando as garrafas e ficando de frente para Jaebum.

— Por que vai fazer isso? — me perguntou repousando o copo sobre o braço do sofá. — O-O que foi q-que eu fiz? Onde eu errei? Porra, Junior, eu tento tanto ser bom pra você.

— Amor-

— Tem ideia do que vai acontecer com a gente se você for? Você vai me destruir... Por favor não faz isso, eu preciso muito de você.

— Jaebum-

— O que a gente v-viveu, não tem importância? Eu não sou mais o suficiente? — disse se aproximando e pegando minhas mãos. — S-Se eu te pedir em casamento, s-se eu jurar amor eterno, você fica?

E nesse momento eu quis sorrir. Não havia necessidade dele dizer aquelas coisas, ou de se comportar daquela forma.

— E se você for comigo? — falei segurando em seu rosto.

— Ir com você? — me olhou incrédulo. — Sim! Eu vou! Eu vou com você, pra qualquer lugar!

Nem pensei em me segurar quando me pus sobre seu corpo e o apertei no abraço mais forte que conseguia dar.
Tentei não pensar muito na umidade que tomava conta do meu ombro, mas foi impossível não sentir o coração doer quando o ouvi fungar.
Jaebum estava chorando, e eu o consolava.
Me descobri ser bom naquilo.

Na semana que se passou, me vi extremamente ocupado. De um lado, Jaebum pedindo suas contas e deixando o hospital, que querendo ou não, me afetava. De outro havia o encerramento das ideias que eu havia compartilhado no início do ano, o que significava horas e mais horas no escritório.
Jackson voltou para Nova York certo de que viajaria com a gente.
Bambam também tinha interesse na viagem e Youngjae só estava esperando ser convidado.
Mas eu não poderia chamá-los, não sabia nem mesmo durante quanto tempo ficaríamos.
Pretendia me hospedar na casa de minha mãe e ter Jaebum comigo, para apresentá-lo a minha família. E levar os meninos comigo estava fora de questão.

Seria fácil apenas dizer não. Eu conseguiria fazer isso facilmente, mas não queria.
Depois de um longo tempo, estávamos nos reaproximando e levá-los conosco seria um passo gigantesco e logo tudo poderia ser como antes.
Era quase engraçado me pegar pensando tão positivamente.

— O que foi? — Caroline me perguntou ao por a papelada sobre minha mesa.

— Não é nada. — escondi o sorriso, que havia surgido sem que eu me desse conta.

Panic (jjp) Où les histoires vivent. Découvrez maintenant