Capítulo 3 - Três Irmãos e Uma Sentença

2 0 0
                                    


Já havia amanhecido e a família reunida agora planejava o velório de Carolina. Marcos estava visivelmente inconformado com a tragédia que tinha acontecido, as coisas já não faziam sentido, apenas o sentimento de dor era real, ele queria saber o que havia acontecido na noite anterior, se criticava por não ter impedido, queria saber onde estava Gustavo. Pois, era o único suspeito de assassinato possível.

Marceli pergunta para a sua irmã - Eliane, o que viu quando subiu até o quarto?. Eliane ainda assustada, prefere não responder, ela ainda não sabe o que dizer, demonstrando uma certa frieza.

Flavio que não estava presente no momento do acontecimento, pergunta ao seu cunhado Nilton. – Você viu algo? Suspeita de alguém?

Nilton o responde – Só lembro de subir as escandas e depois acordar no quintal da casa. Breno vencido pelo cansaço, acaba dormindo, Natalia e Marcelo cuidam do garoto, que agora não tivera nem pai e nem mãe. Diego pergunta se alguém desconfia do sumiço de Aline e Francine. Cogita a ideia de elas serem cumprisses ou então fugiram com medo.

O velório era exclusivo para os familiares, mas o assassinato de Carolina era o assunto mais comentado na cidade, todos estavam curiosos com o que teria acontecido na festa, mas em respeito permanecerem em suas casas. Após todos se preparem, eles se encaminham para a igreja, onde iria ocorrer a cerimonia. Marcos de fato é o mais abalado, ele clama por justiça, ele quer reagir a situação, quer ir à polícia e falar exatamente o que aconteceu ou pelo menos o que ele conseguiu presenciar.

Até o momento a família de Carolina se mantinham omissos diante do ocorrido. Apenas sobre o incêndio. Pois eram conscientes que poderiam ser investigados como suspeito e isso os lhe causavam medo. Marceli tentando acalmar a situação, pede a Marcos

—Espere passar o enterro, no momento isso irá afetar mais a família.

Eles passam a tarde ali, alguns chorando, outros apreensivos, de fato aquele ocorrido chocou a todos, nem mesmo, Nilton ou Eliane, imaginavam aquele final para a irmã, ao mesmo tempo, carregavam um pouco de culpa.

Ao anoitecer, uma caixa é deixada na frente da porta, era uma caixa grande, todos olham de forma apreensiva. Diego vai em direção a caixa, antes de ver o que havia dentro, ele olha pra fora da porta e olha para ambos o lado, para saber se tinha alguém ali fora. Pois não era algo nada normal uma caixa ser deixada ali na frente e após tudo que aconteceu, qualquer coisa era algo perigoso.

Laisa quer saber o que tem dentro, sua mãe diz para ela não se aproximar. Nesse momento, Tais se aproxima da caixa e pega o bilhete que está em cima dele e lê em voz alta:

—"Minha querida família, saibam que meu coração não sente outra coisa a não ser a dor de perder Carolina, por esse motivo não consegui estar presente, mas mandei algumas lembranças para vocês, espere que leiam com carinho e atenção, esse presente é muito importante, os valorizem".

Marcos, fica enfurecido e diz:

— Como ele se atreve a zombar da nossa dor, esse desgraçado vai pagar.

Diego e Eliane abrem a caixa e nela há diversos bilhetes, cada uma delas têm um nome específico. O casal passa aos demais as suas cartas, todos estão curiosos sobre o que diz nelas. eles ficam assustados, mas estão curiosos com o que tem em suas cartas. Todos abrem e começam a ler cada um a sua.

Na Carta de Diego diz: - "Olá Diego, sei que ainda é cedo, mas meu conselho como pai é o seguinte, cuide bem do seu filho, de o que ele precisa, pois, se não, ele pode se tornar igual seu sobrinho, totalmente vulnerável a velhos pedófilos. Espero que entenda isso como um aviso, pois ameaça irá surgir assim que você fizer qualquer ato que possa me prejudicar"

Assassinos Não ChoramWhere stories live. Discover now