hino a Febos

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‪de um oceano febril ‬
‪em turquesa e anil, ‬
‪ó capitão!‬
tomas em mãos,
manchadas de ouro e prata
maneja o deus da proa, o timão
me assalta, velejador,
com suas brisas em cor
me arrebata e enlouquece
em água e céu me mata
toma posse do que mora em mim,
de anseios e devaneios
capitão de eternos mares
desbravador de mundos que ainda não vieram
historiador de tempos que estão por vir
transcende esse plano vil, com dedos a cavar
com pinceladas cruas e pergaminhos a findar
encontra vossa América
nua, selvagem e livre
cria pra si uma perfeição feérica
desenha em versos cegos um Paraíso insano
de caos e pecado, terreno profano
capitão de mares quietos e céus selvagens!
faz das ondas anfitrião gentil
veste o inverno em um manto primaveril!
derreta no ar um riso infantil
e derrame sobre o mar um choro juvenil

és quem és
deus de um universo senil
rei de terras que ninguém nunca viu
serpente a sibilar verdade e fantasia
entidade de um sonho só
e Apolo de sonhos mil

sobre todas as coisas que os tolos chamam de arteWhere stories live. Discover now