três ninfas

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três ninfas se sentam embaixo de uma árvore sem nome, trançando seus longos e selvagens cabelos com margaridas, lírios e rosas brancas. a primeira veste simples linho creme, costurado por mãos sem talento. a segunda, está nua, fora um manto de seda azul-pálido drapejado sobre seu corpo. o tecido espelha a cor do céu brilhando além da copa das árvores. são 7:21. a terceira veste um delicado vestido de algodão e renda branca, que se espalha sobre a grama viva, refletindo o sol suave como se fosse a espuma de afrodite: a primeira canta sobre ovelhas, pastando quietas por montanhas ao entardecer. a segunda, sobre o rios cintilantes, acariciados pelo sol e intocados pelas mãos sujas de humanos mal-vindos. a terceira recita um poema apolíneo sobre o passar suave do tempo nos mundos em que não se sabe correr. nos lugares macios onde se senta embaixo de árvores e não se preocupa com o que vem pela floresta. onde se dança com o passado e o futuro, porque o presente é tanto um quanto o outro. serão 7:21 até o mundo acabar. o sol não vai subir nem baixar. e elas continuam a trançar seus cabelos e cantar sobre rios, ovelhas e suavidade.

sobre todas as coisas que os tolos chamam de arteWhere stories live. Discover now