[3] Ele é irritante

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Posso dizer que depois daquela minha pequena recaída, não aconteceu nada de mais entre a minha pessoa e Park Jimin. Até porque eu passei duas semanas o evitando de todas as formas possíveis, como, por exemplo, eu acordava mais cedo e voltava mais tarde, tudo para não trombar com ele durante esses dias, o problema é que o capeta realmente quer brincar comigo, porque essa praga com sobrenome Park não largava do meu pé, ele realmente me irritava de uma forma incrível.

Durante duas semanas Jimin batia em minha porta, me enviava mensagens e me ligava a todo momento, e isso me frustrava, não vou negar. Ele pulou minha janela — isso mesmo, pulou a janela —, e o expulsei a gritos da minha casa, porque eu não sei o que deu na cabeça dele para que fizesse isso, cara idiota.

Mordi fortemente o lábio inferior enquanto apoiava meu cotovelo no que sobrava da mesa ocupada pelo computador do caixa e apoiei meu queixo em minha mão, observando o movimento da cafeteria. Hoje, como em alguns dias, eu acabei por trocar de lugar com Taehyung, já que ele estava ocupado demais paquerando aquele que ele diz ser o universitário da sua vida, também conhecido como Jung Hoseok, que está sempre acompanhado de Min Yoongi, seja lá o que esse cara for dele. Eu só sei que meu amigo tem uma puta queda — ou, quem sabe, um precipício — por esse cara, e eu não vejo nada de mais nele, e como se não bastasse isso, eu preciso ouvir coisas do tipo: “Você viu como aquele óculos deixava ele tão lindo e Tumblr”; “Aquele sorriso me encanta”; “Eu não sei o que o Yoongi é dele, mas essa aproximação a mais deles me incomoda”; “Eu estou apaixonado”; eu não nasci para ouvir amigo apaixonado, Taehyung precisa acordar para a vida, precisa entender que o amor que ele sente é completamente unilateral.

— Você devia tirar essa cara de tacho. — Taehyung comenta, se apoiando no balcão para entregar o pedido ao pessoal, revirei os olhos. — Faz quanto tempo?

Duas semanas. — Respondi, sem ânimo. Duas semanas que eu evito Park Jimin, duas semanas que eu não transei nenhuma vez, tipo, nenhuma mesmo.

— Duas semanas que você está evitando seu vizinho gostoso? — Questionou, curioso, e revirei os olhos, às vezes eu realmente tenho vontade de jogar Taehyung de um prédio, aquele imbecil elogia Jimin ao menos umas duzentas vezes por dia desde que estou evitando ele. Escuto ele falar mais do Park que do seu amado universitário. — Que vacilo, cara.

Respire fundo e conte até duzentos, isso que minha mãe vivia falando, mas olha na minha cara para ver se eu tenho paciência para contar até duzentos? Eu tentava contar até cinco, apertando os punhos, mas isso também não dava muito certo.

— Vacilo vai ser a mão que eu vou virar na sua cara, Taehyung. — Respondi, mal-humorado, vendo ele rir e então voltar ao seu trabalho, igualmente a mim, que comecei a voltar a trabalhar, já que a fila do caixa cresceu.

Então o sino da porta tocou, sinalizando que alguém tinha entrado na loja. Devolvi o troco para uma senhora simpática e olhei para a  porta, e lá estava ele, com seus cabelos negros arrumados, jaqueta de couro azul, regata branca, jeans preto rasgado e coturnos da mesma cor. Maldito seja esse infeliz por ser bonito desse jeito.

— Jeongguk, troca de lugar comigo agora, eu quero sentar. — Escutei Taehyung falar e revirei os olhos, eu sabia exatamente o que esse filho da puta queria; ele iria me fazer atender Jimin mesmo que eu não queira — atender ele no caixa já vai ser uma luta. Neguei com a cabeça. — Eu não perguntei se você queria, eu fui contratado como caixa e a preferência é minha.

Chorando internamente, eu saí do caixa arrumando meu uniforme, respirei fundo e peguei a bandeja no balcão enquanto TaeTae se sentava na cadeira confortável do caixa. Mordi o lábio inferior com certa força e fui até a mesa que Jimin se encontrava. — Bom dia, bem-vindo ao Blue Cup Coffe, já sabe o que quer pedir?

10 motivos para odiar Park Jimin | jjk + pjmOnde as histórias ganham vida. Descobre agora