A tarde Davi me levou até o Cristo redentor, pegamos o famoso 'bondinho', a paisagem toda me ganha facilmente, tudo deslumbrante.
A área verde vista de cima me lembra uma pintura auto relevo, tão perfeitamente posicionada ali. Quando finalmente me encontrei frente à uma das estatuas mais famosas do Brasil sorri de emoção, ela é realmente muito alta e bela.
Posiciono-me frente à mesma enquanto Davi se afasta um pouco para conseguir tirar a foto que tanto desejava. Após, pede à uma mulher que tire uma foto nossa, seu braço envolve minha cintura, e me puxa para mais perto de si.
Será todas as vezes que me aproximar dele me sentirei dessa maneira? Com uma agitação interna que me causa ansiedade e expectativa... É tão intenso, e diferente que ainda não aprendi a lidar com isso, porém amo me sentir dessa maneira.
Agradecemos á moça que se despediu com um sorriso. O ruivo ao meu lado me mostra a foto, realmente havia ficado muito bonita.
-Vocês me fazem lembrar da minhas época de adolescência. -Uma senhora diz ao meu lado, atraindo nossas atenções.
-Sério? -Pergunto sorrindo.
-Sim, eu e meu marido éramos tão apaixonados quanto vocês. Lembro que ele topava ir até alguns pontos turísticos como este, apenas para me agradar. O amor faz isso conosco. Nunca percam isso.
-Não perderemos. -Davi responde, ela sorri e se afasta deixando-nos a sós.
Não digo nada, pois não sei muito bem o que dizer. Eu o amo? Não sei.
Uma vez ouvi minha mãe dizer que quando se começa a namorar alguém não é necessariamente por amá-la, mas sim por gostar de sua companhia, e que o amor viria com o tempo, e que se tornaria tão forte ao ponto de suportar o que o gerou, o tempo.
Na época isso não fez muito sentido pra mim, porém agora vendo este ruivo à minha frente compreendo cada palavra dita por ela. E o quão verdadeiras elas são.
Realmente, gosto e muito da companhia dele, e de uma forma mais intensa do que das outras vezes e isso me faz pensar que estamos no caminho á espera que o tempo realize sua função.
Com este sentimento e alegria aproveito ainda mais o passeio.
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-Gosta de dançar? -Davi pergunta pela porta do quarto, que está fechada.
-Sim, por que? -Pergunto abrindo-a. Estou devidamente vestida, para seja lá onde ele irá me levar. Apenas disse ser um restaurante temático.
-É um restaurante contemporâneo.
-Hm, e estou vestida adequadamente?
Ele me fita de cima a baixo, estou com um vestido vermelho que tem um decote maior nas costas, e um discreto no busto. Não é tão longo, nem tão curto, meio termo diria, além de ser solto e marcar apenas a cintura.
-Perfeita.
Sorrio agradecida.
-Nós vamos dançar?
-Esperava que sim, eu amo dançar. -Diz empolgado.
-Olha, eu gosto, mas isso não significa que eu saiba. -Respondo vendo-o sorrir.
-Será um prazer te ensinar. -Diz sorrindo.
Davi pega a chave do carro e nos direcionamos até o hall de entrada de seu andar, o mesmo veste uma camisa social branca, um blazer azul marinho por cima e uma calça jeans. Como sempre, está lindo.
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Seu Olhar
RomanceJúlia costumava a viver uma vida simples no sul do Brasil. Aos vinte anos, nunca havia saído do país, ou conhecido outros lugares que não estivessem perto de Santa Catarina. Mas, em um ápice de atividade, ela decide aceitar o convite para uma viage...