Capítulo Trinta e Quatro

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A tarde Davi me levou até o Cristo redentor, pegamos o famoso 'bondinho', a paisagem toda me ganha facilmente, tudo deslumbrante.

A área verde vista de cima me lembra uma pintura auto relevo, tão perfeitamente posicionada ali. Quando finalmente me encontrei frente à uma das estatuas mais famosas do Brasil sorri de emoção, ela é realmente muito alta e bela.

Posiciono-me frente à mesma enquanto Davi se afasta um pouco para conseguir tirar a foto que tanto desejava. Após, pede à uma mulher que tire uma foto nossa, seu braço envolve minha cintura, e me puxa para mais perto de si.

Será todas as vezes que me aproximar dele me sentirei dessa maneira? Com uma agitação interna que me causa ansiedade e expectativa... É tão intenso, e diferente que ainda não aprendi a lidar com isso, porém amo me sentir dessa maneira.

Agradecemos á moça que se despediu com um sorriso. O ruivo ao meu lado me mostra a foto, realmente havia ficado muito bonita.

-Vocês me fazem lembrar da minhas época de adolescência. -Uma senhora diz ao meu lado, atraindo nossas atenções.

-Sério? -Pergunto sorrindo.

-Sim, eu e meu marido éramos tão apaixonados quanto vocês. Lembro que ele topava ir até alguns pontos turísticos como este, apenas para me agradar. O amor faz isso conosco. Nunca percam isso.

-Não perderemos. -Davi responde, ela sorri e se afasta deixando-nos a sós.

Não digo nada, pois não sei muito bem o que dizer. Eu o amo? Não sei.

Uma vez ouvi minha mãe dizer que quando se começa a namorar alguém não é necessariamente por amá-la, mas sim por gostar de sua companhia, e que o amor viria com o tempo, e que se tornaria tão forte ao ponto de suportar o que o gerou, o tempo.

Na época isso não fez muito sentido pra mim, porém agora vendo este ruivo à minha frente compreendo cada palavra dita por ela. E o quão verdadeiras elas são.

Realmente, gosto e muito da companhia dele, e de uma forma mais intensa do que das outras vezes e isso me faz pensar que estamos no caminho á espera que o tempo realize sua função.

Com este sentimento e alegria aproveito ainda mais o passeio.

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-Gosta de dançar? -Davi pergunta pela porta do quarto, que está fechada.

-Sim, por que? -Pergunto abrindo-a. Estou devidamente vestida, para seja lá onde ele irá me levar. Apenas disse ser um restaurante temático.

-É um restaurante contemporâneo.

-Hm, e estou vestida adequadamente?

Ele me fita de cima a baixo, estou com um vestido vermelho que tem um decote maior nas costas, e um discreto no busto. Não é tão longo, nem tão curto, meio termo diria, além de ser solto e marcar apenas a cintura.

-Perfeita.

Sorrio agradecida.

-Nós vamos dançar?

-Esperava que sim, eu amo dançar. -Diz empolgado.

-Olha, eu gosto, mas isso não significa que eu saiba. -Respondo vendo-o sorrir.

-Será um prazer te ensinar. -Diz sorrindo.

Davi pega a chave do carro e nos direcionamos até o hall de entrada de seu andar, o mesmo veste uma camisa social branca, um blazer azul marinho por cima e uma calça jeans. Como sempre, está lindo.

Seu OlharWhere stories live. Discover now