toy

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Eu não sou seu brinquedo

Eu não quero ser usada a qualquer hora que você queira

Você age irritada

Você diz que eu sou perigosa quando abro minha boca

Acha que eu tenho muitas emoções e não posso controlar isso, enquanto você começa outra guerra?

Eu não sou seu brinquedo, eu não vou mais ficar quieta

     Toy (Lauren Jauregui)



  Após acabar meu banho, eu fui ao encontro de Dinah.

-Então, Cheechee? Como estão as coisas?- eu perguntei e ela me olhou, repousando as mãos na mesa.

-Chancho, as investigações ainda não saíram do lugar. Eu só consegui uma câmera de segurança até agora, seu carro apareceu lá, mas não comprovou nada. Em relação a sua próxima audiência, bom, eu tentei apelar por uma o mais cedo possível, porém, marcaram ela pra daqui a seis meses, Mila.

-Caralho, eu vou ter que ficar aqui por 6 meses?! Puta que pariu, Dinah.- eu levei as mãos a cabeça, passando-as por meu cabelo.- Daqui pra lá a Jauregui vai me matar.

-Quem?- ela franziu o cenho em confusão.

-A fodona daqui, a chefe. Lauren Jauregui. Dinah, ela jogou comida em mim, e depois me beijou enquanto eu estava pelada.- ela arregalou os olhos.

-Acho melhor você arrumar alguém pra foder logo, não pode passar 6 meses sem transar. Se ela te beijou, é porque ela quer. Ela é bonita?

-Demais, DJ. A mulher mais bonita e mais sexy que eu já vi na vida.- eu disse, soltando um suspiro em seguida.

-Então, tá esperando o que pra dar pra ela? Uma ordem jurídica? Te agarra, Cabello, larga de ser trouxa. Além de que ela é a chefe, aí você não se mete em confusão até sair daqui.- eu ponderei sobre a ideia, não era de todo mal, ou era?

-Eu não vou me rebaixar a ninguém. Se ela quiser algo, ela que venha. Não vou diminuir meu ego por uma foda.- ela meneou negativamente com a cabeça.

-Semana que vem eu venho te ver. Se cuida, Chancho.- ela levantou e me abraçou, saindo da sala em seguida.

Sai do lugar, indo até minha cela. Ao chegar lá, Maritza estava chorando em sua cama. Seus ombros subiam e desciam e seu corpo tremia compulsivamente.

-Maritza? O que houve?- ela me olhou triste.

-P-por que ela m-me ig-nora?- ela falava entre os soluços.- E-ela sabe que eu gosto d-dela, mas m-mesmo assim me ignora.- ela escondeu o rosto nas mãos e chorou forte. Acho que ela está se referindo à Lauren.

-Posso subir?- ela assentiu e eu o fiz, abraçando a menina.- Eu acho que você deveria deixá-la pra lá, Maritza. Você só está sofrendo com isso.

-N-não é tão fácil a-assim. Todas as vezes q-que eu fa-lei com ela, ela m-me tratou mal. Acho que ela m-me despreza.- eu abracei seu corpo com uma força maior, fazendo a mesma se aconchegar a mim.

-Shhhh, se acalma. Ela pode não ter te notado ainda, mas algum dia ela vai, ok?- eu afaguei seus braços em um carinho calmo, tentando fazê-la parar de chorar.

-Uhum.- aos poucos os soluços foram parando e seu choro finalmente cessou.- Muito obrigada, Camila. Ninguém aqui dentro fez isso por mim, além da Aleida e da Flaca.

Behind Bars Where stories live. Discover now