Não vai me convidar pra entrar?

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Olá minha genteees, voltei com mais um capítulo prontinho pra ocês AEEEEEEE

Espero que goxteeem..

Boua leituraa

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Point Of View Day

   Acordei com um barulho estrondoso na porta do meu quarto e o som das cortinas sendo abertas, levei um tempo pra me acostumar com a claridade do quarto.

- Hora da madame acordar! Já são 10h da manhã e hoje você não vai ficar o dia todo dentro desse apartamento, e nem adianta reclamar. – Era minha mãe a dona do sermão logo de manhã, estava parada perto da janela me olhando de braços cruzados e com um olhar autoritário. – Vamo Dayane, levanta dessa cama logo!! Amanhã eu tenho que voltar pra Goiânia, então hoje você vai passar o dia comigo, mas não é dentro desse apartamento, não.
Levantei sem ânimo nenhum e rumei até o banheiro se dizer uma palavra, eu sabia que ela não desistiria tão fácil dessa ideia. Fiz minha higiene e pus uma roupa aleatória, depois de vestida, pus uma touca preta na cabeça, meu cabelo parecia um ninho de passarinhos, não entrava nenhuma escova e eu não iria arrumá-los. Sai do banheiro e vi que ela tinha arrumado minha cama, fui em direção à cozinha e a pequena mesa estava cheia de comida, aquilo normalmente me faria feliz e eu provavelmente comeria quase tudo, mas não senti nem um pouco de vontade de comer nada daquilo.

- Vem, senta ai e come alguma coisa, você está muito magra e eu sei que tem comido bem pouco.

- Não estou com fome, mãe... – eu falei me sentando.

- Filha... Você sabe que não pode continuar assim, daqui a pouco você fica anêmica, por favor come pelo menos um pouco. – senti a preocupação na voz dela. Minha mãe veio correndo de Goiânia assim que soube do acontecido, eu liguei pra ela naquele mesmo dia, depois que eu voltei ao apartamento e vi que Dani não estava mais lá. Ela chegou aqui e me pegou num estado bem triste, ela tentou saber o motivo do meu término mas eu apenas disse que eu mesma tinha terminado e que não queria falar sobre aquilo. Ela ficou aqui comigo o tempo todo, presenciou cada crise de choro que tive, desde aquele dia eu não sai mais de casa, eu não tinha ânimo nenhum pra sair da cama e nem pra comer, eu só comia mesmo por que ela me obrigava.

   Vocês devem estar se perguntando o por quê de eu estar sofrendo tanto se quem quis terminar o namoro fui eu... Simples! Dani era meu pilar, meu porto seguro, minha melhor amiga, e saber que eu a perdi assim era a pior coisa. O outro motivo de eu querer sumir e nunca mais voltar é saber que a pessoa pelo qual eu fiz tudo isso, não sentia o mesmo que eu, que a pessoa que eu tanto amava, nem ao menos era lésbica, saber disso acabava comigo, ela era tão linda, eu sabia que ela podia ter a pessoa que quisesse e que provavelmente teria uma fila de caras a querendo, saber que ela só me ver como uma grande amiga, apenas uma amiga acabava comigo... Ela tem me ligado e mandando mensagens esse tempo todo, mas eu não consigo falar com ela e nem com nenhum dos meus amigos, eu só quero ficar no meu quarto e não sair mais de lá.

- DAYANE! Em que mundo você está? To falando com você!!! – Minha mãe disse enquanto gesticulava. – Toma logo seu café que temos um longo dia pela frente, vamos ao Shopping que eu quero comprar algumas coisas antes de voltar pra Goiânia.

   Tomei meu café a contra gosto e esperei ela terminar de se arrumar, pedimos um Uber e fomos ao Shopping, chegando lá ela me faz andar e parar em várias lojas, minha mãe era libriana então cês podem imaginar que demorou muito pra ela comprar algo, sempre ficava indecisa na hora de escolher. Lá pelas 13h ela comprou tudo o que precisava e a gente foi almoçar no Starbucks, logo depois voltamos pra casa. Vi que ela recebeu uma ligação mas nem prestei muita atenção, fui correndo pro meu quarto, estava muito cansada, tomei um banho e deitei na cama, não demorou muito pra eu pegar no sono.


Point Of View  Carol


   O vôo até São Paulo se resumiu em uma Carol totalmente ansiosa e nervosa, meu coração não se acalmou em nenhum momento. Quando pus os pés pra fora do avião, a realidade veio com tudo, me dei conta de que não tinha mais volta, eu iria rever a Day depois de meses e não podia estar mais nervosa. Peguei um taxi e me hospedei em um hotel próximo ao apartamento dela. Tomei um banho demorado procurando relaxar ao máximo, depois eu pedi uma comida e almocei.

   Peguei meu celular e liguei pra tia Selma avisando que já tinha chegado em SP, ela ficou feliz e disse que me esperaria no apê da Day. Pedi um uber e fui até lá, meu coração batendo cada vez mais rápido no meu peito.

  Chegando lá, subi até o andar que ela morava, meus passos eram lentos e cautelosos, quando parei em frente a porta, fiquei cerca de cinco minutos parada e criando coragem pra tocar a campainha. Quando apertei o botão, ouvi a voz abafada da tia Selma gritando um “já vai”. Um minuto depois a porta foi aberta e minha visão foi preenchida pela imagem de uma morena linda, ela estava com os cabelos desarrumados e com uma carinha de sono adorável, mas uma aparência bem diferente da Day que eu conhecia. Estava mais magra e com olheiras bem visíveis. Ela me olhava assustada, como se não estivesse acreditando que eu estava mesmo ali, eu respirei fundo e abri um sorriso nervoso. Ela continuava lá parada sem reação.

- Não vai me convidar pra entrar?

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E ai? Gostaram? Comentem suas dúvidas e se tiver algum erro me indiquem tbm pra eu poder arrumar.

Lembrando que os comentários são ótimos para me motivar a escrever mais capítulos... Eh istooo, até o próximo🌸

Clichê (Dayrol)Where stories live. Discover now