Natal de Esperança

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Há muitos anos atrás em um vilarejo distante, vivia um jovem carpinteiro chamado Nicolau, ele tinha uma pequena loja de brinquedos, mas que estava indo à falência, pois os moradores dali não tinham condições de comprar muitas coisas, Nicolau não era ambicioso, seu maior desejo se resumia em ajudar à todos e ele fazia isso todo dia 24, quando distribuía aquilo que fazia, com muita alegria. 

Porém após anos e anos fazendo e entregando presentes para todos, suas costas começaram a ficar cansadas e as mão calejadas, ele não sabia se naquela véspera de natal conseguiria levar à felicidade para sua comunidade.

Ele percebeu que já estava muito velho, sua barba e cabelos estavam enormes, não tivera tempo de se casar, por isso temia que quando morresse aquela magia que trazia acabaria. Ajoelhado no chão, fez um:

"Querida estrela de natal

Que durante todos esses anos

Tornou esse dia especial.


Não deixe que minhas crianças

Pereçam e nem que percam

Sua esperança


Me mostre o que preciso fazer

Para que nos próximos anos

Alegria elas possar ter."


Após isso acabou adormecendo em seu sofá, esquecendo completamente os presentes embrulhados que deixará em baixo de seu pinheiro, um tempo depois, sentiu alguém lhe cutucando, acordou assustando e olhando pro lado, uma criança encontrou.

- Nicolau, venha comigo meu velho amigo e lhe mostrarei o verdadeiro espirito do natal.

- Quem é você? - ele perguntou assustado.

- Sou Natálie, a estrela do natal. -disse a criança sorrindo e estendendo-lhe a mão.

Mesmo não tendo certeza de que se aquilo era realidade ou sonho, ele segurou a mão dela, os dois começaram a flutuar, por entre as nuvens e o mar.

Logo chegaram na primeira casa, pela janelas eles puderam ver, uma família toda reunida em volta da mesa, rezando antes de comer a ceia, apesar de ser algo simples, eles esbanjavam sorrisos, o senhor reparou que em cima da lareira havia alguns de seus brinquedos esculpidos, mas que não havia nenhum presente embrulhado.

- As crianças devem estar decepcionadas, por esse ano não ganharem nada e a culpa é toda minha.

- Pelo contrário, meu bom homem, veja a felicidade no rosto delas. - falou a pequenina.

- Mas, como? 

-  Nicolau,  você pode ser um homem bom, mas as vezes é muito cético, o natal não se trata apenas de presentes feitos, que damos e recebemos, mas de estarmos presentes, reunidos em família.

Naquele instante ele entendeu, mesmo depois que partisse, o natal continuaria sendo um dia festivo, pois foi nesse dia, que nosso Deus nos presentou com seu maior ato de amor, um filho que nasceu como um de nós e morreu para à todos salvar.

No dia seguinte, logo após o amanhecer, ele reuniu a vila inteira na praça, organizou algumas mesas improvisadas, enfeitou as árvores mais altas e deixou alguns brinquedos embrulhados em baixo delas.

Cada um levou um prato de comida, todos reunidos deram as mãos e rezaram para abençoar aquilo que de mais precioso tinham, suas famílias.

No almoço todos conversaram alegremente, e depois abriram seu presente, cada um recebeu uma estrela de madeira com um elogio e um retrato do velho barbudo desejando feliz natal, com uma assinatura que dizia: "Papai Noel".

Foi assim que o papai noel nasceu, em uma vila esquecida, com um único propósito na vida, levar esperança, para todas aquelas crianças, as vezes esquecemos o verdadeiro significado do natal, esse dia tão especial, contudo o que não podemos fazer é deixar essa magia que ele carrega, morrer.

Um feliz natal e próspero ano novo à todos.


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Esse micro conto foi escrito por @AlanaBelloli, espero que vocês gostem e que tenham um ótimo ano.



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