Capítulo 3

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ALEXSANDRO

A pergunta dela calou fundo. Aquela garota não podia aguentar tudo que eu sou, e eu poderia ser apenas um amante apaixonado e um cavaleiro em armadura brilhante. Porque era o que ela precisava. Mas como não vi isso acontecer? Ela superou. E já faz um tempo, um ano pelo menos. Eu poderia ter mudado essa história se tivesse enxergado a força, a determinação da minha mulher.

Se ela sabe de tudo mesmo, ela poderia ter se mandado. Eu sou um mentiroso, nosso casamento não tem valor legal. Por que ela ficou? Por que não me confrontou? Eu não entendo. Por que preferiu me cozinhar por meses, minar todo meu controle?

Preciso descobrir, se esse mulherão da Porra pode suportar tudo que eu tenho pra dividir. Não tenho mais nada a perder. Posso mostrar pra ela, uma parte do meu mundo. E quando acabar, a decisão final será dela. Como nunca deixou de ser.

Mantendo-me em silêncio, eu a banhei com cuidado, mas com decisão. Enxuguei-a inteira, me mantendo sob controle. Substitui as gravatas por cordas que improvisei a partir das echarpes de seda, que ela tem em profusão. Enquanto ela aguarda a conversa, sentada de bico na cama, eu me ocupo em criar mais algumas ferramentas pra iniciação dela no mundo do Bondage.

SELENA

Ele não fala comigo há quase uma hora. Eu estou ansiosa, meu corpo tá doendo e não é só de estar amarrada assim. Aquele banho foi uma tortura. E fiquei puta porque ele não se afetou. Na verdade já faz algum tempo ele não me procura. Fica no chuveiro sozinho, mas por mais baixo que soe eu sempre o ouço rosnando meu nome quando goza. Ele usa meu corpo como um recipiente, realmente, e depois das primeiras vezes em que eu gozei um monte, completamente chocada por permitir aquele coito suado, sem beijo ou preliminar, ele tentou algo mais íntimo. Porem eu o rejeitei de tantas formas... nossos beijos, mais que o sexo, sempre foram o reflexo da nossa cumplicidade. Mas o filho da puta conhece o meu corpo, melhor do que eu. E nas poucas vezes que me tomou depois disso, ele não me deixou gozar.
Ao acordar hoje de madrugada, me deparando com a visão dele batendo uma pra mim, me senti sexi e poderosa! Mas a lembrança daquele mundo de mulheres lindas, de corpos perfeitos, que ele pegava naquele clube de BDSM, apaga qualquer sensação de poder.
Eu sou uma estúpida. O homem me enganou nas apresentações. Faz parte da família que quase me destruiu! E tudo que eu consigo questionar na minha cabeça é que ele venera um corpo magro de mulher, enquanto eu tenho quase 20 kilos sobrando!
Ele foi a razão de eu reagir. Eu pensei que o amor dele me curou. Mas aquele vídeo e a carta me mostraram que talvez não. Que talvez eu seja só uma penitência pra ele. Só uma caridade.

(...)

E tudo que eu pensava saber sobre prazer estava errado. Ele atou meus pés aos meus braços primeiro, exigindo completo silêncio de mim. No momento que a venda cobriu meus olhos eu me dei conta de que não era uma brincadeira, ou um sonho maluco, ele iria realmente me atar inteira e depois me foder. Eu sei que trabalhei pra isso, talvez não conscientemente, mas eu desejei o dominador. Eu amei o homem doce e cuidadoso, o amante intenso, sacana e criativo, mas ansiei por mais dele. Eu queria descobrir o que era aquela escuridão que ele mantinha tão presa, quanto me tem agora.

Meus braços e pernas estão presos de tal forma que não posso mover um centímetro. E a sensação de impotência me domina. Sinto seus lábios na minha boca e viro o rosto, negando. O puxão de cabelo em retaliação me pega de surpresa, eu arfo incrédula, e sua boca invade a minha. Com raiva e frustração, bruta, machucando, e eu devolvo o beijo, zangada também, por ele violar o que de mais doce me deu.
O beijo muda, sem sentido, desesperado, ainda violento mas apaixonado, intenso. Eu desejo tocar, sentir seu abraço. Ele me solta, puxa uma respiração, enquanto meu corpo estremece de desejo. Me ajeita na cama com as mãos acima da minha cabeça, sinto um líquido frio em meu pescoço, ombros , seios, barriga e vulva. Na sequência seu toque firme, massageando suavemente em todos os lugares. Me incendeia e meu corpo reage, sedento por ele, meus seios e clitóris clamam por um toque mais íntimo. Gemo descontrolada de tesão e ele continua me torturando com seu toque, as sensações se multiplicam em mim, meu corpo é como um nó de nervos sensível, cada pedacinho de pele tocada por ele responde com uma onda de deleite. Ele procura minha boca, e dessa vez eu a recebo com necessidade, desfrutando do beijo como nos velhos tempos, ( só que não). Ele morde meu lábio inferior com força, ao mesmo tempo que esfrega meu clitoris com a dose certa de pressão pra me manter na borda.

__ Sandro por favor!!! -- eu imploro sem vergonha. __ Me deixa gozar. Agora Sandro! -- O bastardo sorri na minha boca.

__ Bem vinda, minha putinha fogosa... deliciosa. Você tá queimando ai? Hoje eu preciso mais de você. Hoje eu quero submissão. Quero seu corpo. Pra fazer o que eu quiser. Você pode me oferecer isso?

__ Sandro eu quero Você. Sua boca na verdade. Seu pênis inteiro dentro de mim. Quero duro e demorado. Vem pra mim San!

__ Não assim, amore mio. -- a boca passeava, pelo meu rosto. E os dedos não me davam uma trégua.

__ San o que você quer? Me ajude! Eu preciso de você! Por favor!

__ Você não precisa de mim putinha. Só precisa gozar...

E morde o lóbulo da minha orelha, enquanto belisca meu clitóris duro, me fazendo explodir num gozo estarrecedor. Ele engole meus murmúrios de prazer, me beija com sofreguidão, chupa meus seios com adoração febril. Ele sempre idolatrou meus peitos. Ele é perfeito na sucção, a dose certa de força e delicadeza, me fazendo ansiar por mais, em minutos. Boca e língua incansáveis. Amo sua boca em mim! Seus dedos dessem pela minha barriga, dá um tapa estalado e ardido na minha vulva, me arrancando um gemido alto.
A sucção não para e os dedos separam minhas dobras meladas, ele rosna baixinho mordendo forte meu mamilo, enquanto invade minha vagina com dois dedos! Eu grito alto e procuro me mover, mas seu peso concentrado no meu tronco não permite nada. Ele penetra os dedos com força e fode meu canal com firmeza quase bruta. Sua boca nos meus seios me enlouquece, chupando e mordendo, seus dedos dobram dentro de mim, encontrando um ponto lá que me faz ver estrelas. Sei que mais um pouquinho vou quebrar em outro orgasmo, mas eu preciso de mais dele. Preciso que ele venha comigo, só mais uma vez.

__ Sandro? Vem comigo. Me fode. Por favor! Morro por sentir você gozar comigo!

Meu homem das cavernas assume, então, e ele beija minha boca com paixão tórrida. Sinto seu corpo nu finalmente me prensando contra o colchão e desejo mais que tudo assistir seus olhos em combustão de luxúria. Tudo se perde (inclusive meu linguajar) quando sua boca se banqueteia com minha buceta encharcada.

__Caralho, que saudade dessa boca malvada! Hum, amor, não provoca! -- ele separa minhas dobras e sopra o meu clitóris me fazendo estremecer de antecipação.
__ Ah, Bella mia, ainda vou te mostrar quem é que manda. Vou chupar seu grelinho duro. Agora!

Eu perco a noção de tudo quando sua boca toma minha vagina! Ele chupa com fome! Suga, lambe! Me devora como se o meu corpo fosse uma iguaria rara e ele estivesse faminto. Eu sei que não sou páreo pra ele, que vou gozar no momento que ele decidir, mas quero ele comigo! Preciso disso. Libero a puta que ele ama! E incorporo a submissa que ele precisa que eu seja.

__ Me fode Senhor! Por favor! Quero gozar no seu pau. Vem Mestre, me come com força! -- seu rosnado furioso me avisa que eu consegui. Mas não me prepara pra ser puxada pro seu colo e virada de bruços com decisão.

__ Meninas manipuladoras recebem lições preciosas, vou bater nesse traseiro maravilhoso. Depois vou foder sua bucetinha por trás!! E antes que essa noite acabe você vai saber quem é que manda aqui. Agora responda se entendeu, putinha manipuladora. -- Eu consegui o que eu queria, então dou a resposta que ele quer.

INTRÍNSECO( Spinoff De Incontrolável) CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora