5 - Sem limites

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Aqui está mais um capítulo de Tom de Vingança para vocês. Sei que a regularidade das atualizações diminuíram, tive uma semana difícil: Volta ao trabalho, bichinho doente, cansaço. Vou tentar publicar, à partir de agora de um a dois capítulos por semana. Queria que fossem mais, mas tenho consciência de que não consigo. Agradeço a cada um por se dar o trabalho de ler, votar e comentar. Cada comentário faz diferença e seu votinho também, pois quero saber se estão gostando da história e até o que não estão gostando, vocês não fazem ideia do quanto isso impulsiona um autor. A recepção tem sido muito boa e eu estou muito feliz por cada leitor que está vivendo essa história comigo. Desfrutem e lembrem-se sempre que essa história é para vocês! 🎁❤️✨

***
Gustavo voltou a preencher os papéis antes de dar atenção à Natália. Também estava desconcertado. Ele já costumava se sentir desconfortável na presença de Natália, e mais quando ela estava presente num momento em que ele se questionava sobre o risco sob o qual Evelyn ainda estava e sua atuação como pai. Era muito difícil para ele afrontar a qualquer uma das suas muitas fraquezas diante da presença da personificação da perfeição que Natália era para ele. Perfeição que um dia, sua debilidade o fizera atacar de maneira sórdida.

Havia sido um pai relapso, não tinha dúvidas disso. Além disso, com Natália, sabia que não havia tido a melhor atitude e aquele documentário deixava isso muito claro. O fato de Evelyn estar agora correndo um grave risco, tendo passado os três últimos anos de sua vida totalmente distante dele, o obrigava a pensar no que havia feito de sua vida. E ele não gostava de ser obrigado a fazer esse tipo de reflexão.

— Já terminou com esses papéis? — Indagou Natália impaciente, estava nervosa com aquele ambiente e com o susto pelo acidente de seu irmão.

— Já, é só que eu estou muito nervoso. — Disfarçou Gustavo.

Ele não queria que Natália soubesse que era difícil para ele preencher aqueles dados, não sabia praticamente nada da própria filha. Mais do que isso, achava mais fácil recordar informações referentes à Fabíola do que à Evelyn. Procurou então disfarçar a dificuldade que tinha de preencher as fichas do hospital. Virou-se para ela claramente apreensivo e desconfortável.

— Como está sua filha? — Indagou Natália sinceramente preocupada pela jovem. Além disso, havia ido falar com ele por um pedido de Leandro que estava muito abalado desde que soubera que haviam duas ocupantes no outro carro e que o caso era grave.

— Está inconsciente. Me disseram que, pela gravidade do acidente, ela teve sorte. Mas, sua situação inspira cuidados porque ela tem um coágulo na cabeça. Vai passar por uma cirurgia nas próximas horas. — Respondeu Gustavo consternado.

— Eu vou enviar bons pensamentos para ela. Vou pedir à virgem que a acompanhe. — Disse Natália levemente comovida.

— Obrigada. — Gustavo agradeceu. — E Leandro?

— Ele está bem. Teve um ferimento no braço, mas no caso dele, o impacto teve menos consequências. Além do mais, o carro dele era maior, o protegeu mais. — Natália respondeu.

— Você falou com ele? — Indagou Gustavo com o olhar perdido.

— Sim. Ele me disse que Fabíola furou o sinal. O policial também disse que há câmeras naquele cruzamento. Se você quiser, pode analisar as imagens... — Disse Natália defendendo seu irmão.

— Não precisa. Acredito que Fabíola também possa estar sob efeito de álcool. — Ele disse sem receio. — Não nos falamos há muito tempo, mas temos alguns amigos em comum. Eles me dizem que ela não está bem.

— E sua filha? O que diz? — Indagou Natália deixando Gustavo bastante constrangido.

— Evelyn... Ela... — Ele gaguejava como que buscando as palavras. — Ela não quer se colocar contra a mãe... — Foi sucinto.

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