Capítulo 14

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Sem revisão.

Alissa Carvalho

  Léo para o carro na frente de um prédio alto e elegante e pergunta se quer que ele entre comigo, nego a sua oferta e o agradeço pela carona, me despeço dele falando, que essa conversa tinha que ser entre mim e seu pai. Léo diz que entende me dando um beijo rápido e em seguida indo embora atrasado para uma reunião.

  De pé na calçada suspiro olhando para o prédio novamente, tomando força e coragem para enfrentar essa situação, entro pela recepção e me direciono para a recepcionista digo que quero ver Cesar Albuquerque ela me olha de cima a abaixo perguntando se tenho horário marcado.

  - Sim tenho. - Falo olhando o relógio em sua mesa - E se puder me dizer o andar eu agradeço porque estou atrasada. - Minto tranquilamente.

  Ela me olha incerta por uns segundos e depois fala para pegar o elevador para o último andar, claro que Sr César estaria no último andar, é sempre a onde o dono de tudo fica.

  Entro no elevador e aperto o botão para o último andar, em pouco segundos as portas se abrem para uma sala ampla e sofisticada com uma secretária do lado de outra porta enorme, me aproximo da moça e quando estou preste a falar, ela se levanta e abre as portas do escritório para mim, achei meio estranho, mas não discuto e ando para dentro da sala.

  O escritório de Cesar Albuquerque não seria diferente de todo o contexto do prédio além de ser mais sofisticado e sombrio, sua sala era um pouco escura e adornava várias obras de artes e lindos quadros, tudo exalava riqueza, mas era estranho como ao mesmo tempo não me fazia confortável em nenhum aspecto, olho para o meio de tudo aquilo e lá estava ele, me olhando cinicamente sorrindo, sentado na sua cadeira e na sua frente uma mesa enorme de madeira maciça fazendo o ambiente da sala um trono, parecia que estava em um matadouro e ainda tinha trilha sonora de musica clássica para o abate, o pior que o imbecil tem bom gosto.

  Eu sento na cadeira a sua frente e nos dois ficamos em silêncio, até ouvir sua secretária fechar a porta atrás de mim.

  — A que devo a honra da sua visita Srta Carvalho? - Pergunta me olhando intrigado.

  — Gostaria de saber porque esta me seguindo? - Falo sem rodeios o encarando.

  — A Srta é direta.... Interessante. - Diz surpreso reencostando na sua cadeira.

  — Não sou direta eu sou sincera....... Então porque o senhor está me seguindo? - Pergunto novamente indiferente.

  — Muito bem..... Como a Srta é sincera, também serei, te segui porque acho que você e sua irmã são interesseiras como qualquer mulher pobre que se vê com sorte em um homem rico. - Fala prepotente me encarando esperando alguma reação da minha parte.

  — O Sr espera que com essas palavras vai me ver ofendida ou diminuída por ser pobre?....... Se for essa a reação que esperava sinto decepcionar. - Falo seria cruzando as pernas na cadeira.

  — Não minha querida! Não espero te ofender só digo o que penso e o que sei que é verdade. - Fala com desdém, focando suas atenções em alguns papéis em sua mesa.

  — Sabe o que penso? Faço uma pausa eloquente. — Penso que o Sr se acha especial porque tem dinheiro, mas não é! É o pior tipo de pessoa que tem, a preconceituosa, que prefere acreditar que gente igual a mim e minha irmã só serve para esquentar a cama de homens ricos ou limpar a casa de vocês.

  Ele gargalha de tudo do que falo e me olha cinicamente.

  — E gente igual a você foi feita para que?

Descontrolado AmorTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang