Já era tarde da noite quando Sofya estava acordada, andando pela sala esperando Noah chegar. Ela já estava se acostumando com isso, mas ultimamente ela não vinha aguentando mais. Ela precisava de ajuda. Foi quando ela resolveu ligar para Any.
— Sofya? — perguntou Any do outro lado da linha.
— Não acho que eu posso suportar isso. Com todo esse drama,um pedaço meu morre.
— Que história é essa? Ah já sei, Noah não voltou para casa, de novo?! Foge logo daí, você sabe que ele vai chegar bêbado e querer fazer aquelas coisas com você.
— Eu não posso Any, vai ser pior. Eu acho que ele gosta de ver a dor nos meus olhos, ele sabe que eu estou apaixonada.Ele me beijou e prometeu que eu ficaria bem,nós dois sabemos que isso é besteira.
— Sofya, você não tá bem. Dorme aqui hoje, vamos. São 2 da manhã, você não deveria estar acordada esperando ele. Pensa comigo, quanto mais você fica com ele, menos fica viva.
— Eu preciso desligar. See you in hell!
— So — a ligação foi finalizada.
A loira agora procurava em todos os lugares, aonde deixara sua bolsa. Era sua única esperança, ou melhor, última.
Ela já havia sofrido demais nas mãos de Noah. Ele já abusara, psicologicamente e fisicamente da garota. Mas ela o amava, e isso seria sua ruína.
Ela era covarde demais para deixa-lo, pois sempre vinha com declarações e pedido de desculpas,mas tudo voltava a se repetir. Ela pedia socorro,e ninguém percebia.
Ela ainda não havia achado sua bolsa, foi quando pegou seu celular e discou:
911
— Pois não? — falou uma voz feminina do outro lado.
— Doutores do outro lado da linha, preciso de algo para entorpecer a dor, demônios estão batendo no meu cérebro. Eu acho que eles vieram para a matança.
— Moça, passe seu endereço iremos até ai lhe socorrer. Nos ajude, por favor.
— Parece que não consigo encontrar minha garrafa de pilulas. Vocês devem achar que eu sou louca.Bem, ele acha também, então acho que isso forma três, preciso de alguém para me salvar.
Eu realmente apreciaria se vocês interferissem.
A garota havia sido tão machucada, que isso prejudicou sua sanidade mental. Ela estava enlouquecendo, e percebia isso.
— 911, eu preciso de alguém. Meu amor brinca comigo como um jogo, eu não estou me divertindo.
— Senhorita apenas nos diga aonde você está. Iremos lhe ajudar, mas diga seu endereço.
— Eu não quero ajuda — Sofya disse e logo após encontra sua bolsa com suas pílulas — diga a ele
porque meu coração está sempre doendo
E eu preciso ir porque eu preciso me livrar do meu homem ou eu vou enlouquecer.
E mais uma vez, ela desligou o telefone, não queria mais ajuda.
Tomou suas pílulas e cantou sua música favorita enquanto dançava na sala. Ela estava feliz, iria ser feliz.
Foi quando ela caiu e adormeceu. Para sempre. Ela já estava morta,afinal.
Passaram- se 2 duas até Noah chegar, bêbado em casa e vê o corpo de sua namorada sem nenhum sinal vital jogado no chão. Ele chorou, chorou, chorou até amanhecer. Ligou para todas as pessoas possíveis.
Ele a amava e nunca havia feito nada do que ela relatava. Ela já era louca. Óbvio que ele bebia as vezes, mas apenas quando podia.
Até as pessoas mais loucas, tem sentimentos.
Ele havia saído para beber naquela noite,pois havia acabado de ser promovido no emprego e podia agora comprar a aliança para pedir a loira em casamento.
Ele estava em choque.
Ele havia se apaixonado por uma louca. Mas que ela havia roubado seu coração, isso ela tinha feito. Ele não suportara a dor de perde- la e agora era sua vez.
— 911?
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911: número de emergência nos Estados Unidos.
See you in hell: te vejo no inferno
