Blackout

Capítulo IX

A festa acabou sem nem ter começado. O desespero pairava sobre a casa dos Garmes que se encontravam aflitos enquanto procuravam resolver o que fazer. Mônica estava sentado no sofá tentando se acalmar com a ajuda de seus pais, Sophia estava confusa nos braços de Sinas, Susan estava no canto junto a Cristian, sem saber o que fazer. Jin Shoumi-Yo havia acabado de chegar em seu velho Corsa quatro portas sem vidro elétrico. Estava confuso com aquela situação que lhe trazia uma sensação de velório.

-O que aconteceu?- perguntou Jin ao entrar pela sala.

-Jin?- perguntou Susan, que olhava para baixo atônita.- vem cá...

Jin entrou ainda confuso e se achegou aos braços de sua amada, a beijando, se cumprimentando.

-O que está acontecendo?- perguntou ele.

-O Mack.

-O que que tem o garoto?

-Ele fugiu.

-Ele o que?

-Ele não deve estar muito longe, vamos procurar por ele.- disse Sinas sendo o mais sensato de todos.

-Ok...

O grupo se dividiu em dois carros, o da Susan que foi ela, seu namorado, Sinas e seus pais e o carro do Christian que estava Mônica, seus pais e sua filha. Eles andaram por vários quarteirões próximos a casa dos Garmes e nada do Maciel.

Carro dos Legrim e Bardra

-Mônica, já ligou para a polícia?- perguntou sua mãe.

-Não...- respondeu ela olhando para o celular em suas mãos.

-Então ligue merda!

-Ok...

Mônica estava atônita, não sabia o que fazer, o que pensar ou que falar. Fazia duas horas desde a fulga de seu filho e nada da polícia ligar ou de Aldo. A tempestade de neve estava começando a chegar sobre Pittsburgh.

-"Alô?"

-Alô, eu já liguei aí antes, meu filho fugiu de casa a duas horas e não conseguimos encontrá-lo ainda. Não recebemos nenhuma ligação de vocês, será que não teriam recebido a informação sobre encontrarem algum garoto?

-"Não moça, mas nossos homens já estão a busca. Porém não poderão fazer muita coisa hoje graças a tempestade de neve que está se aproximando da cidade"

-Moça você não tem noção.- disse a se recompondo e impondo um tom de voz sério e assustador.- irei repetir, pois a senhorita não deve ter escutado, meu filho fugiu de casa, ele tem apenas 12 anos e não deve saber encontrar sua casa nessa tempestade, pois já era para ele dar algum sinal. O amigo dele provavelmente não o encontrou nos lugares em que ele costuma estar. Preciso urgentemente que a força policial me ajude, meu filho deve estar perdido e essa tempestade não o ajudará em nada.

-"Eu entendo senhora, mas não posso fazer muita coisa, isso depende dos policiais, não posso ligar a todo instante perguntando se encontraram seu filho, a cidade é grande e tem vários desaparecidos. Não podemos focar a força policial apenas no seu filho, tem muitos crimes aí que podem estar sendo cometidos neste exato momento. Sinto muito"

-Não...- disse Mônica entrando em desespero ao ver a linha ser desligada.- não! Maldita! Meu filho está perdido por aí!- gritou ela socando a janela do carro várias e várias vezes.

-O que ela disse?

-Basicamente que não pode fazer nada e que a busca pelo Maciel durará enquanto a tempestade de neve não chegar, porque ela irá atrapalhar as investigações.