Aldo

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13 de Novembro de 2022

Não era a sua primeira vez naquele lado do auditório de julgamento. Porém, dessa vez era algo extremamente sério e não atitudes de muleque que desejava ser o assunto da discussão de seus pais, tirando o enfoque de assuntos conjugais. Estava ali sendo supostamente julgado por crimes que não cometeu, mas infelizmente seu advogado oferecido pelo estado lhe parecia mais empenhado em lhe fuder o colocando na prisão do que de lhe tirar dela.

Ali o jovem Aldo Garlin Grimwil estava, com algemas metálicas prateadas presas em seus punhos. Seus olhos puxados e acastanhados vagavam pelo enorme auditório olhando a cara de nojo dos membros da corte que lhe olhavam de cima a baixo como um sub-humano. Dali em de ante sua vida jamais voltaria a ser a mesma. Sua namorada Alice Maryjef estava ali no meio, ao lado de Susan Garlin que se encontrava toda chorosa e desgostosa. Não lhe descia o fato de ter criado-o tão bem e ele ter se transformado naquilo.
S

eu pai também estava ali, estava no fundo observando o caso atentamente e vendo a reação de prazer nos olhos do juiz ao estar ali julgando-o.
Maciel decidirá não ir, dissera que não conseguiria ver seu melhor amigo, alguém que ele considerava como seu irmão mais velho ser preso. Não conseguiria olhar nos olhos de Aldo depois de saber de tudo que ele havia feito.

-Sr. Grimwil, o senhor está sentenciado a vinte e cinco anos de prisão no Forte da Baia de Saint Batarin.- disse o Juiz com um meio sorriso forçado no canto da boca, enquanto seus olhos fugiam de contato visual com aquele jovem rapaz.

-O que?- indagou Aldo.

-Caso encerrado.- disse ele batendo o martelo.

-Aldo!- gritou Alice.

-Alice, eu vou voltar meu bem, eu juro que vou voltar...

-Aldo!

-Cuide-se tá bem? Cuide-se.- disse ele lhe dando um último beijo antes de ser arrastado pelos policiais que estavam no local.

Foi posto em uma caixa metálica, com furos de dois centímetros para trocas gasosas. Seus pés e mãos presas estavam presos, em cada vértice das paredes, formando-lhe em um x humano. A porta foi selada, fazendo um enorme crack. Uma luz vermelha iluminava-se dentro e fora da caixa indicando que estava fechada.
Ouvia-se a conversa entre dois funcionários no lado de fora sobre os crimes cometidos por Aldo, dizendo que ele era super criminoso e não via a hora de sair a figurinha dele da coleção de prisioneiros.
Transportaram sua caixa com desdém, quase como se estivessem tentando provocar um acidente. Colocaram-no dentro de um caminhão que o transportaria junto a outros detentos que aguardavam transporte.

A baia de Saint Batarin ficava próximo Norfolk Virgínia, ou seja, bem longe de Pittsburgh. Já estavam na metade do caminho e provavelmente estava de noite, pois a luz do dia havia parado de brilhar dentro da caixa. Seu estômago roncava e seus punhos e pernas doíam por estarem presos ali por horas.
De repente o caminhão parou abruptamente jogando seus corpos para frente do caminhão pelo que Aldo havia identificado, devido as aulas de física.

O guarda desceu da cabine e foi direção as caixas, batendo-nas com um bastão metálico fazendo-as serem abertas uma a uma. Ele parou no centro e os olhou com nojo e desprezo erguendo o olhar para cima enquanto caminhava como um verdadeiro soldado.

-Escutem e escutem bem, pois não repetirei. Vocês tiveram a sorte de o caminhão precisar ser reabastecido e este posto de combustível aceitar um vale alimentação fornecido pela prisão para vocês então não comportem-se. Se alguém fizer qualquer coisa que não seja sentar lá e comer a porra da comida, irá para a jaula e ficará sem comer até o final da viagem ok? Agora movam esses traseiros imundos daí e formem uma fila indiana.

BlackoutWhere stories live. Discover now