Capítulo 17.

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Louis estava dormindo e se sentindo seguro nos braços de seu amado. Não imaginando que seu pai, o rei Mark, estava a caminho do reino dos vampiros.

É claro que a segurança do castelo não iria deixar Mark entrar sem a permissão total do rei, e logo o chefe da guarda batia na porta dos aposentos reais.

— O que houve? — Harry perguntou abrindo a porta e vendo Liam nada contente.

— O rei Mark está querendo entrar no nosso reino. — Aquelas palavras fizeram Harry suspirar, ele olhou para Louis que dormia calmamente.

— Deixe-o passar. — O rei Harry ordenou e logo Liam estava repassando a ordem.

Enquanto o rei Mark entrava no reino que julgava inimigo, o rei Harry acordava o príncipe para que ele estivesse preparado quando seu pai chegasse.

— Meu pai aqui? Isso não pode ser bom. — Louis disse e logo levantou da cama indo até o banheiro para fazer sua higiene e se arrumar o mais rápido possível. Sabia que seu pai não gostava de esperar, e muito menos se fosse em território desconhecido.

Harry já estava pronto quando Louis saiu do banheiro, ele o esperava sentado na cama. — Seu pai está nos esperando na sala. — O rei Harry avisou.

— Vamos então. — Louis disse já se encaminhando para sair do quarto, mas Harry o puxou de volta. — O que foi? — Louis franziu a testa quando viu a expressão de Harry, ele parecia inseguro.

— Só quero que saiba que eu te amo, independente do que seu pai disser. — Harry disse acariciando o rosto de Louis.

— Eu sei, e eu também te amo. Só vamos falar com meu pai, fazer ele entender que vamos ficar juntos, e tudo resolvido. — Louis sorriu confiante e beijou os lábios de Harry.

Juntos eles caminharam em direção a sala, lá encontraram o rei Mark em pé parecendo bastante desconfortável. Também pudera, estava rodeado daqueles que odiou a vida toda.

— Meu filho! — Mark exclamou feliz quando Louis correu para si e o abraçou. — Está tudo bem com você? Fizeram algo contigo? — O rei Tomlinson perguntou olhando o filho para se certificar de que estava tudo bem com ele.

— Não, papai. Ninguém fez nada ruim comigo. — Louis riu sentindo cócegas dos beijos que seu pai deixava em seu rosto.
— Como soube que eu estava aqui?

— Vamos dizer que eu tive uma pequena surpresa quando fui visitar minha sogra achando que meu filho estava com ela, e ele não estava realmente. Não foi difícil associar seu sumiço ao pedido do Styles. — Mark disse o sobrenome do rei Harry com certo nojo na voz.

Então o rei Mark percebeu que o rei Harry também estava na sala. — Você! — Apontou para Harry, logo os guardas se aproximaram, tanto os de um rei quanto os de outro. — Sequestrou meu filho! Como pôde achar que poderia fazer isso? É um petulante mesmo! Chega de toda essa calma, matem-no! — Mark gritou para seus guardas, que se colocaram em posição de ataque contra o rei Harry, já os guardas de Harry se colocaram em posição de defesa.

— Não! — Louis gritou fazendo a atenção de todos voltarem para si. — Não pode matar ele. — Disse para o pai.

— E por que não? Meu filho, sei que tem um bom coração, mas ele lhe sequestrou! Por que eu não deveria matá-lo? — Mark olhou com ódio para Harry.

— Porque primeiro, ele não me sequestrou. E segundo, eu o amo.

Bem, não é difícil imaginar que depois dessa declaração todos estavam sem palavras, e Mark definitivamente era o mais surpreso de todos.

— O que você está dizendo? — Perguntou confuso, então algo estalou em sua mente. — Você enfeitiçou meu filho! Seu grande filho da...

— Não! Não existe feitiço nenhum, ok?! — A atenção de Mark foi atraída novamente para Louis. — Me deixe explicar tudo, por favor. Eu juro que o senhor vai entender. — Então Louis fez a carinha que sempre fazia quando queria algo, Mark jamais conseguiria dizer 'não'.

— Tudo bem, mas apenas nós dois. Quero ter certeza de que esse sanguessuga não esteja exercendo nenhum poder satânico sobre você. — Harry revirou os olhos discretamente sem que Mark visse, fazendo Louis sorrir de lado.

— Venha. — Louis pegou a mão de seu pai e o guiou até a biblioteca. Lá não existia capacidade de ser exercido qualquer poder, ao menos foi o que Louis disse para que o pai concordasse em entrar consigo.

— Meu filho, agora que estamos a sós, me conte, o que ele fez com você? O seu sangue ele não tomou já que ainda é humano e está vivo. Me diga que ele não fez nada de ruim. — Mark disse ainda preocupado com o bem estar do filho.

— Papai, eu estou bem, já disse. Harry não me faria mal. — Mark estreitou os olhos meio desconfiado.

— E que história é essa de você o amar? Ele está lhe manipulando ou ameaçando para que diga isso? — Louis suspirou, não seria fácil convencer seu pai.

— Por favor, sente aqui. — Apontou para uma cadeira, e sentou na que estava do outro lado da mesinha que era usada quando alguém queria tomar chá e/ou ler um livro.

Meia hora depois.

— Então está me dizendo que ele não matou sua mãe? — O rei Mark perguntou, Louis assentiu. — Nem a própria esposa? — O príncipe tornou a assentir. — E que você veio por livre vontade e que ele não lhe fez mal algum? — Louis assentiu mais uma vez. — E que vocês se apaixonaram? — Agora Louis assentiu com um sorriso bobo no rosto. — Bem, acho que isso é tudo. — Mark levantou deixando Louis confuso. — Mais uma coisa, onde está Niall no meio disso tudo?

— Bem, depois que eu mandei a carta, ele decidiu vir até mim para me levar de volta. Mas eu não fui pelo motivo que já lhe expliquei, então ele ficou para ter certeza de que eu estava seguro. — Louis explicou.

— Ele vai voltar comigo ou...? — Mark perguntou já se preparando mentalmente quando viu o sorriso de diversão no rosto de Louis.

— Vamos dizer que Niall tenha motivos para ficar. — Foi o que Louis disse antes de saírem pela porta em direção a sala.

— Como foi? — Harry perguntou quando Louis se aproximou o abraçando, Mark indo para o lado de seus guardas.

— Vamos dizer, rei Styles, que estamos em paz. Bom, a não ser que quebre o coração de meu filho, aí vamos ter problemas. — Mark disse mostrando em seus olhos o quanto falava sério.

Harry apenas assentiu, e então para a surpresa de todos a vovó Tomlinson entrou pela porta do castelo fazendo todos a olharem.

— Vim saber que demora era essa, se eu soubesse tinha vindo antes. — Revirou os olhos fazendo Louis sorrir e ir até ela. — Você está ainda mais bonito do que da última vez que lhe vi. Realmente achou sua alma gêmea, não é? — A avó de Louis perguntou, ele sorriu tímido encolhendo os ombros. — Sabe, sua alma gêmea ser um vampiro é um bônus maravilhoso. E você fez muito bem de ir contra tudo o que seu pai lhe ensinou para enfim acabar com essa desavença boba entre vampiros e caçadores, eu tenho certeza que sua mãe está muito orgulhosa de você agora.

— Obrigado, vovó. — Louis sussurrou, a voz embargada e os olhos marejados.

Sua avó o abraçou e beijou, então prendeu a respiração e levou as mãos para a barriga de Louis.

— Vó, o que houve? — O príncipe perguntou preocupado.

— Cuide bem deste pequenino. — Sorriu para o neto e o beijou mais uma vez antes de sair. — Vamos, ou ainda vão querer tomar chá? — Perguntou olhando para Mark, que riu indo com ela, mas não antes de dizer:

— Acho que vou passar mais tempo nesse castelo do que um dia imaginei.

Quando todos saíram Louis ainda estava parado olhando para a porta com as mãos na barriga, ele não podia acreditar.

— Meu amor? — Harry o chamou se aproximando devagar.

Então Louis se virou para ele. — Você ouviu o que ela disse? — Perguntou sentindo lágrimas de emoção virem a seus olhos.

— Sim, e não poderia estar mais feliz. — As palavras de Harry foram suficientes para Louis se jogar em seus braços.

Vamos dizer que tudo está bem, quando acaba bem.

***

Espero que estejam gostando.

Até mais,

–K.F.

The King Vampire [L.S] Mpreg!LouisOnde as histórias ganham vida. Descobre agora