Capítulo 8- Dor

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"No fundo de todo abismo, existe um chão que brotam girassóis e lições de vida capazes de te fazer voar de novo.."

***

17 de Junho de 2013

Matthew

Eu pensei que Helena ficaria feliz por eu ter agradado seus pais. Mas pelo que pude notar, a reação foi totalmente contrária.

Na verdade, eu gostei disso.

Se ela visse o quanto fica linda quando está brava, ela só andaria assim.
O fato era que Helena era linda de qualquer jeito. Ou talvez eu estivesse tão apaixonado, que não conseguisse ver seus defeitos.

Cada segundo com ela, é muito precioso para mim.

Eu estava amando a companhia de Helena. Mesmo que não conversássemos muito, só de tê-la ali ao meu lado, já era muito significativo para mim.

Depois de alguns quarteirões, chegamos ao apartamento de sua amiga.

Era em um bairro que parecia ser bem tranquilo.

Desta vez, Helena não pediu para que eu esperasse no carro, mas sim, que fosse com ela até o apartamento.

Sua amiga morava sozinha. Seus pais, que moravam no exterior, haviam lhe presenteado com este apartamento e com um carro. Todo mês, eles depositavam uma boa quantia de dinheiro em sua conta para que ela conseguisse se virar por aqui. Pelo menos, até terminar a faculdade.

Helena tinha uma cópia da chave, então entramos facilmente.

O apartamento da sua amiga era bem espaçoso. Logo quando entramos, demos de cara com uma enorme sala de estar, juntamente interligada com uma cozinha. Daquelas estilo cozinha "americana".
O banheiro ficava na outra extremidade da sala.

Próximo a cozinha, haviam escadas que levavam ao segundo andar.

Lá em cima, tinham 4 quartos.
Todos eles tinham um banheiro e um closet.

2 quartos eram de hóspedes. Os outros, um pertencia a Helena e o outro á Emily, sua amiga.

Helena havia me dito que antigamente ficava muito aqui. Por isso elas tiveram a idéia de decorar seu quarto. Para quando ela viesse, se sentisse em casa.

No terceiro andar, ficava o terraço, que segundo ela, quase não era muito usado. Estava lá mais para enfeite.

Eu não entedi o porquê de Helena ter falado desta forma. Mas procurei não levar muito em conta.

Depois que ela guardou suas coisas, nos preparamos para sair. Mas assim que passamos pela porta da saída, entendi o porquê dela ter me pedido para acompanhá-la ao apartamento.

Assim que chegamos lá, demos de cara com um homem.

Ele parecia ter minha altura. Era loiro, um pouco magro, e parecia não ter um pouco mais de 22 anos.

Assim que seu olhar encontrou o de Helena, ele travou como uma estátua.

Aquele homem fitava Helena fixamente.
Ele a encarava como se ela fosse uma miragem ou um fantasma.
Seus olhos estavam arregalados e ele parecia estar ficando pálido.

Olhei para Helena e notei que ela se encontrava do mesmo jeito.

Fiquei olhando de um para o outro sem entender o que estava acontecendo.

De repente, senti a pequena mão de Helena se aproximar da minha.

Prendi o ar quando ela enlaçou seus dedos com os meus, apertando minha mão como se estivesse sentindo dor.

Para Sempre VocêOn viuen les histories. Descobreix ara