Capítulo Onze

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NÃO REVISADO

Daniella narrando.

Afasta, afasta, afasta.

Eu devia me afastar, mas eu queria tanto isso, tanto, mas tanto que por mais que eu queira explicar eu não conseguiria.

Eu o amava, isso eu definitivamente não poderia negar, eu o amava demais. Então deixei minhas mãos passear por seus cabelos loiros enquanto seus lábios quente tocavam os meus. Paramos o beijo por falta de ar e por segundos manti meus olhos fechados enquanto ainda sentia o quente em meus lábios.

Abri meus olhos e olhei para Gustavo que me encara com um pequeno sorriso nos lábios. Levei minha mão a seu rosto e o estalo foi ouvido, sim! Eu havia lhe dado um tapa na cara, a unica coisa que ele fez foi colocar a mão do lado que eu havia batido e riu.

- Quer a outra face? - Perguntou com um sorriso brincalhão no rosto.

Bufei ficando seria.

- Isso.. Foi um erro. - Disse me afastando dele - Isso não pode acontecer, definitivamente não pode acontecer. - Soltei o ar preso - Isso foi...

- A melhor coisa que me aconteceu dentro desses dois anos. - Olhei para Gustavo que me encarava com um sorriso no rosto.

Para mim também.

- Vai embora.

- Dani...

- Por favor! - Pedi sem o olhar. Pelo meu olhar periférico era possível ver que ele me encarava.

Ele soltou o ar preso e pôs as mãos no bolso da calça.

- Vou despedir da minha filha. - Dito isso ele ainda se aproximou de mim e beijou o topo de minha cabeça me fazendo fechar os olhos.

Assim que ele saiu eu soltei o choro que nem sabia que estava segurando. Eu chorei por saber que eu havia gostado mas não podia dizer, chorei por saber que aquilo nunca mais aconteceria, chorei por saber que eu o amo e jamais o terei novamente.

****

Já se passava das duas da tarde, por mais que hoje era o dia de folga minha e de Poppy, ela preferiu ir trabalhar e não quis falar sobre o episódio de ontem.

Agora eu via o filme das Crônicas de Narnia com Belinda, eu odiava esse filme, mas já que ela gostava eu estava assistindo por ela

Batos foram dados na porta e eu me levantei do sofá discretamente enquanto Belinda mantinha a atenção para a TV e abri a porta, mas quando vi quem tava lá fora eu bati a porta.

- Dani por favor...- Ele pediu e eu sabia que ele ia ficar insistindo.

Abri a porta e sai para fora a fechando o fazendo afastar. Cruzei os braços tomando uma expressão séria e deixei ele falar.

- Desculpa, eu não sei oque deu em mim, eu...

- Não é para mim que deve desculpas,é para a Poppy, aliás como sabe sobre o passado dela?- Felipe abriu a boca algumas vezes e a fechou, no fim ele suspirou e me olhou.

- Eu ouvi aquela conversa suas. - Disse abaixando a cabeça.

- Você escuta a nossa conversa que não lhe diz respeito nenhum...

- Dani eu...

- Depois banca o crianção numa festa de boas vindas para uma garota de 13 anos e ainda joga na cara da Poppy algo que não escolha dela ser? - O cortei e perguntei.

Felipe nada disse.

- Você foi ridículo Felipe, não é para mim que deve desculpas, é para a Poppy!

- Olha Daniella, eu cansei sabe? - Disse um tanto sério e eu arqueei as sobrancelhas - Eu sempre fui seu amigo, sempre te ouvi, sempre te ajudei, eu vi o quanto sofreu quando aquele...babaca do Gustavo te deixou, ai agora você resolve por a filinha dele dentro da sua casa, tem noção da burrada que tá fazendo? - Eu ponderei torcendo a boca para o lado e o olhei assentindo.

- Tem razão! Se isso é uma burrada, sou EU que estou fazendo ela. - Apontei para mim - Isso não te diz respeito.

- Que droga Luana! - Gargalhei o olhando. Pelo fato dele ter me chamado de Luana, sendo esse meu segundo nome e pouco usado. - Não tá vendo que eu tou tentando te ajudar? Eu não quero te ver sofrer.

- Você tá cego Felipe? - Perguntei o olhando. - Não tá vendo o quanto eu tou feliz com ela aqui?

- Mas é o Gustavo? Ele vai viver mais aqui do que na casa dele!

- Ai você tem que resolver com ele! - Dei de ombros.

- Será que você não percebe! - Começou a andar de um lado para o outro.

- Olha Felipe, vai embora tá? - Gesticulei - Outra hora nos falamos.

- Não percebe que eu te amo Daniella Luana! - Arregalei meus olhos e engoli o seco. - Que droga eu te amo demais, e por isso que não quero ela aqui, que não quero ele aqui, eu prefiro como você estava, pelo menos você procurava só a mim.

Eu o encarei bem e me aproximei dele em pequenos passos e parei o olhando.

- Isso não é amor, isso é egoísmo! - Dito isso eu apenas lhe dei as costas e sai ouvindo ele me chamar.

Bati a porta e respirei fundo, olhei para o sofá e vi Belinda me encarando.

- Deu para ouvir? - Perguntei e ela assentiu.

Assenti seguidamente e sorri, mas meu sorriso não chegou aos olhos.

Batos novamente foram dados na porta e eu bufei nervosa.

- Felipe - Disse a abrindo - Eu não quero saber se me ama ou não, só vai embora e me deixa em paz.

- Oque esses homens vê em você? - Levantei a cabeça e encarei de cima a baixo a mulher de salto fino no pé e roupa de grife no corpo.

- Te acho tão nojenta e...ridícula. - Completou.

- Oque você está fazendo aqui? - Perguntei segurando a porta.

Katherine sorriu e estalou a boca.

- Vim ver minha filhinha do coração! - Sorriu de uma forma que me fez arrepiar.

Deus, me proteja dessa mulher.

****

A Babá 2 - O Recomeço (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now