03 - I have the dreams

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Pode conter erros de ortografia.
Boa leitura ;)

(Sobre a foto na mídia: imaginem que o olho do Louis é assim ok?!)

◼▪◼

Ainda consigo me lembrar de quando era criança e tinha que passar horas lambendo minhas feridas para cicatrizar, normalmente isso acontecia quando alguns dos funcionários do local onde eu estava enjaulado ficavam bravos e descontavam sua raiva em mim.
Ou quando os doutores tiravam me da minha jaula para fazer cirurgias de teste em meu corpo, não posso dizer que nunca chorei, sou híbrido mas tenho um lado humano também.

Agora – depois de tantas cirurgias e mutações em no meu corpo – não preciso mais lamber as feridas porque elas cicatrizam em minutos, já ouvi alguns humanos comentarem que eu sou o híbrido felino mais forte que eles já fizeram e que tenho parte do DNA de um tigre siberiano.

Estou com um plano de fugir daqui, não posso mais servir de cobaia para esses malucos, tenho um pouco de sorte porque já percebi que a maioria dos guardas do turno da noite acabam dormindo e só acordam com o bip que o rádio comunicador deles emiti sempre no meio da madrugada.

Meu plano consiste em fazer um dos funcionários se irritarem comigo – o que é bem fácil de fazer – e ele se aproximar de mim até que eu lhe quebre o pescoço, pego as chaves, abro a porta da jaula e saio do lugar. Vou me esconder para nenhum guarda me ver, sou muito bom em ser silencioso para não chamar a atenção indesejada dos funcionários e guardas do local.

Os pensamentos que voam em minha mente são interrompidos pelo barulho de passos.

— Olá 72, vim te fazer uma visitinha — a humana de cabelos claros e azuis vem até perto das grades.

O sorriso mínimo nunca me enganou em sua pose de humana fraca.

— Meu nome é Louis — o som rouco do rosnado preso em minha garganta sai junto de fala, logo as presas afiadas são perceptíveis.

Só mais um pouco humana e sua cabeça estará separada do resto do corpo.

Óh! — ela finge surpresa — Desculpe-me Louis — a voz é de puro deboche.

Rosno mais uma vez.
Odeio os humanos, são criaturas difíceis de se compreender.

— Mas sabe... — continua — animais como você não podem ter nomes, são só monstrinhos que pessoas como eu usam para fazer o trabalho sujo.

A mesma dá risada do semblante fechado que carrego e se senta no banco que está perto da cela onde estou prestes a nunca mais pisar.

— Diga o que quer logo! — minha fala se torna impaciente e alta.

— Você morto — abre um sorriso mínimo — E finalmente vou poder desfrutar disso, porque você é estéril, ou seja, um imprestável.

— O que fizeram com Charlotte? — pergunto de repente, tentando não prestar atenção na informação que foi jogada para mim.

Sinto-me tensionar só de imaginar algo de ruim com essa filhote de pantera.

A humana faz careta e em seguida finge limpar suas unhas.

— Você quer dizer a 129? — corrige — Ah sim, como você 72 não quis se acasalar com a criatura, eu tive que dar um fim nela, até porque a mesma era uma imprestável — deu de ombros, fazendo pouco caso.

Projeto 72 / L.S (EM CORREÇÃO)Where stories live. Discover now