Priscila: Vai logo Bianca, vamos perder o ônibus Foi engolida pela privada é? - disse batendo na porta e me apressando pela terceira vez, abri a porta a encarando com tédio.
Bianca: Tô pronta já, que pressa em, bora.
(...)
Bianca: Estava maior calor, e agora parece que vai chover.
Priscila: De verdade, acho que aquele ônibus é o nosso não é?
Bianca: Eu sei lá, não enchergo muito bem de longe não. - falei apertando os olhos para tentar ver.
Priscila: É ele mesmo, vamo aí.
Entramos sentamos, empurrei Priscila para sentar do lado da janela
Priscila: Depois o Vinícius que é infantil. - dei risada.
Fomos o caminho todo conversando que quase perdemos o ponto, logo descemos um pouco a frente da entrada da favela.
Priscila: Tu não acha que deveriam aumentar o tamanho da porta do busão?
Bianca: Pra que?
Priscila: Pro tamanho do seu chifre passar. - fechei a cara na hora, e ela gargalhou como se fosse a coisa mais engraçada.
Bianca: Vai zoando boba, vai zoando.
Priscila: Sabe que é zoeira né amiga, mas na real, eu sei que você tá abatida. Nem parece a Bianca que eu conheço de tempos! Bora pra frente amiga.
Bianca: Eu tô seguindo, não sei por que estou tão assim, foi uns sentimentos tão sem sentido sabe?
Priscila: Foi difícil, mas agora você não pode deixar amolecer teu coração, quando ele chegar perto ou algo do tipo. - assenti com a cabeça.
Enquanto andávamos passamos em frente ao local, onde na frente estava escrito que estava tendo uma palestra, sobre paz interior e amor próprio e essas coisas. Me interessei na hora. Nem pensei duas vezes e já fui entrando, observando tudo.
Vi que Priscila estava logo atrás de mim, sorri para a mesma que me acompanhava. Falei com uma moça que me indicou um lugar para me sentar, fiquei prestando muita atenção nas palavras da moça.
(...)
Me sento com meu copo de açaí na praça junto a Priscila, e mano. Falar pra vocês que ir naquela palestra foi a melhor coisa que já aconteceu! Estou me sentindo bem demais, parece que foi feito especialmente para mim.
Priscila: Você gostou mesmo em, Você estava precisando, estou sentindo que você tá mais leve.
Bianca: Gostei não, amei. E realmente sensação ótima aqui dentro. - sorri para a mesma.
Passou algumas motos na rua, e logo pararam quase em nossa frente, um desceu e tirou o capacete revelando Mt, já fiz questão logo de virar a cara e parar de olhar.
Fp: Fala minhas parceiras, Bianca do meu coração como cê tá?- fala se aproximando
Bianca: Gente eu tô bem tá?! e você quando me chama assim quer alguma coisa.
Fp: Deixa de loucura, só quero te falar uma coisa.
Bianca: Fala aí então.
Fp: Parceiro quer falar contigo. - disse se referindo ao Mt.
Bianca: Manda seu parceiro se fuder.
Fp: Você sabe que não vou falar isso, PRISCILA VAMOS INDO NÉ. - e eles simplesmente foram. fala sério, eles combinaram.
Continuei sentada no banco enquanto comia meu açaí, Mt se sentou ao meu lado, me afastei sentando mais longe. Mas ele chegou mais perto, perto até demais.
Mt: Eu tô morrendo de saudade, morena. - Que cretino safado, Bianca de concentra.
Bianca: Problema seu, eu já tô indo.
Mt: Espera. - fui interrompida por o mesmo me chamando. - Volta pra mim Bianca caralho, você sabe me amarro em tu demais. Não vivo sem! - falou na maior cara de pau.
Bianca: Eu também achei que não viveria sem tu, e olha eu aqui vivona e vivendo.
Mt: Para de fazer isso comigo, me perdoa. - Me sentei novamente ao banco, e suspirei. - o mesmo se sentou ao meu lado também. - Vacilei pra caralho né?
Bianca: Demais, você consegue entender que tu destruiu meus sentimentos? Eu também fui mais que burra ao me entregar assim.
Mt: Não é culpa sua, eu que não dei valor e perdi a mulher da minha vida, me perdoa pelo menos?
Bianca: Eu perdôo quem não sabe amar. - me levantei rapidamente e fui saindo.
Acelerei o passo para chegar rápido em casa, mas o mesmo falou algo me fazendo olhar para trás.
Mt: A gente ainda vai se encontra e ficar juntos, em outras vidas. Ou nessa mesmo.
Ouvindo aquilo dele me deu até um aperto no coração, sabe? Tava ali parecendo uma bocó o encarando em seus olhos, e ele fazia o mesmo. Minha vontade era de voltar correndo ali e me jogar em seus braços.
A gente se Desculpar e se acertar como sempre era. mas eu tinha que amadurecer, ser forte. Era uma situação totalmente diferente e eu sinceramente estava cansada de tudo aquilo. Já estava no auge.
Abaixei a cabeça sentindo as lágrimas querendo tomar conta de mim, mas me segurei firme. Me virei e fui saindo as pressas com o coração a mil e mente mm martelando cheio de coisas.
O melhor está por vim, basta você acreditar...
