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José Alceu
Saio do sítio as pressas. Será que ela já soube de alguma coisa? Não tem como eu saber. Assim que paro o carro em frente a sua casa, vejo seu carro parado mais a frente. Sinal que Luciana está em casa, saio e bato na porta. Demora quando vou bater novamente ela abre.
— Oi.
— Oi... Aconteceu alguma coisa? — ela pergunta e penso em como falar, mas seu telefone toca.
— Sim, a Jéssica está no hospital. — é o que saí da minha boca.
— Mas já? Porque ela não me ligou? — ela entra para atender o telefone.
— Luciana! — ela faz um sinal para que eu espere.
Mas minha atitude no entanto é outra, vou até ela e tomo o celular de sua mão.
— Ei! O que você está fazendo? — desligo o aparelho seja quem for vai esperar.
— Temos que conversar.
— Seja o que for vai esperar, quero notícias da Jéssica. — ela tenta tirar o aparelho da minha mão.
— É sobre isso que vamos conversar. — ela para com as mãos na cintura.
— Então fala logo.
— O César voltou. — seu semblante muda — Ele fez ela de refém, não sei dos detalhes direito, mas com tudo ela foi levada para o hospital entrou em trabalho de parto. — seus olhos ficam marejados, ele tapa a boca com as mãos. Vou em sua direção.
— Meu Deus! — ela se afasta, me impedindo de abraçá-la.
— Luciana.
— Me devolva meu telefone. — ela estica a mão.
— Eu levo você. — entrego o telefone a ela. Ela pega, mas não tem reação nenhuma.
— Ei.. vem cá. — eu a abraço e me sinto um pouco aliviado.
Então ela se afasta, Liga o aparelho e liga para alguém. Eu fico observando tudo, até o meu telefone tocar.
— Pronto? — escuto tudo — Certo já estou indo pra lá.
