6|Capítulo [ Implicância ]

2.5K 443 137
                                    

Luciana

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


Luciana

Vocês devem estar se perguntando da onde eu conheço Henrique. Bem como vocês sabem ele é primo do Heitor, uns três anos atrás ele veio passar umas férias na casa do Heitor, acabamos nos conhecendo. Nessa época ele também acabou pegando um caso aqui na cidade o que fez com que sua presença fosse mais frequente. Ele é uma pessoa muito agradável ótima para conversar sempre com uma boa resposta, creio que por ser advogado ele sempre tem argumentos para tudo.

Eu acabei indo fazer um curso no Rio de Janeiro e acabamos nos aproximando mais, e nos envolvemos, nunca foi nada demais. A gente só ficava, uma característica dele e que sempre deixou claro é que ele não se envolve em relacionamentos. Ele vive a vida dele sem compromisso, aí você deve achar que ele é um sem vergonha. Eu não achei ele sempre deixou isso claro.

Bom nunca avançamos o sinal e com isso nos tornamos amigos, foi incrível como ele conseguiu me compreender em relação ao José Alceu. E desde então sempre que Henrique se refere a Alceu, o chama de babaca. Isso não me agrada nenhum pouco, agora ele parou por insistência minha.

Henrique teve uma sensibilidade ímpar comigo, sempre me ouviu sem me julgar, me deu muitos conselhos sobre muitas coisas, creio que isso seja uma característica de família, por este ponto ele lembra muito Heitor.

Ele me fez enxergar como eu era amada por todos, eles não tinham pena de mim, eu enxerguei tudo errado por um bom tempo. No fundo me sentia de uma certa forma culpada com tudo o que o César fez. Hoje eu vejo como fui idiota ao pensar isso.

Desde então sempre que Henrique está  na cidade nós saímos para jantar e conversar, nós nos parecemos muito eu descobri com o tempo que ele é igual a mim, em certas situações prefere se isolar de tudo e de todos.

— Saudades de mim? — dou um beijo em sua bochecha e sento ao seu lado.

— Não se faça de desentendida. — seu sorriso como sempre reconfortante.

— Espero que sua desculpa seja muito boa. — ele revira os olhos.

— Esse trabalho do sermão Heitor já fez.— dou um leve tapa no seu braço, ele ri.

— Acho que no fim Isa entendeu mas isso não quer dizer que ela não tenha ficado decepcionada. — ele não veio na festa de quinze anos dela.

— Eu sei disso, vou ficar uns dias e vou recompensa-lá, esqueceu que eu entendo como funciona as mulheres?

— Nossa até na modéstia você se parece com seu primo. — nós dois rimos.

— Na falta dela você quer dizer. — acabo concordando. — Eu vim ver você.  — ele fala hesitante seu olhar fica terno sinto seu carinho me abraçar com esse gesto.

— Ele voltou. — eu confesso baixinho.

— Eu sei, conheci o babaca hoje. — olho para ele repreendendo a maneira como se referiu ao Alceu.

Um Único Olhar UMA SEGUNDA CHANCEWhere stories live. Discover now