20|Capítulo [ Fim de Noite]

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JOSE ALCEU

- Quem você pensa que é, pra invadir meu quarto dessa forma? – Fernanda está uma fera.

- Quem sou eu? Não faz a menor diferença para você!

- Isso não vai ficar assim, vou falar com meu tio! – Fernanda sai batendo a porta.

- Mas pra você faz uma enorme diferença. – Silvia bate com a mão no meu peito – O que você tem na cabeça Alceu? Já imaginou se é a Luciana entrando por aquela porta? – ela se afasta um pouco.

- Silvia, eu não iria deixar nada acontecer. – falo então ela segura meu rosto.

- Estou vendo essa marca de batom parou aí do nada não é mesmo? – marca de batom?

Lembro de Luciana perguntar o que era isso. Vou até o espelho e vejo uma marca perto da minha boca.

- Merda! Então foi isso que ela viu. – Silvia ri atrás de mim.

- Então era por isso a cara dela lá embaixo.

- Que cara? O que aconteceu, onde ela está? – Silvia sai indo em direção a porta.

- Estamos fazendo a busca na casa, mas duvido muito que vamos achar alguma coisa.

- Estão todos na sala ou alguém está acompanhando a busca?

- Por enquanto estão todos lá embaixo tem dois capangas acompanhando as buscas, porquê?

- Me da dois minutos, tem um escritório aqui em cima onde eu vi uma coisa que eu preciso. – Silvia fica parada na porta enquanto eu entro e procuro o que eu quero.

Vou até a mesa onde eu já havia fuçado da outra vez, na vez em questão isso não tinha tanta importância, mas agora tem.

Pego a pasta, verifico se realmente é aquela. Fecho a gaveta novamente, saindo do quarto.

- Você vai levar isso?

- Não, você vai, ainda vou falar com Fernanda e se ela resolver me abraçar pode sentir. – recebo um soco na boca do estomago.

- Merda Silvia! – dou uma tossida em busca de ar -O que foi isso?

- Isso é pelo que Luciana não viu, e um lembrete para que você tenha em mente que não sou como Dom ou Heitor!

- Dom e Heitor, o que eles, tem com isso? – voltamos a caminhar.

- Não vou passar a mão na sua cabeça e entender que aquilo era necessário, eles com toda certeza iriam compreender e aceitar, eu não!

- Pensei que você fosse minha amiga. – ela para abruptamente, segurando meu braço.

- Sou! E por ser sua amiga estou fazendo isso, vocês ficaram seis anos longe, brigados sabe se lá porque, isso não é da minha conta, mas estou vendo que essa menina é encrenca para você.

Abro minha boca para argumentar, mas ela levanta a mão me impedindo.

- Não me interessa se é por trabalho Alceu, como uma policial eu até, seria capaz de entender, mas a Luciana não é, e duvido muito que entenda dessa maneira, só quero que tome cuidado com suas atitudes, por que elas trazem consequências! – entendo sobre o que ela está falando.

- Eu sei, vou tomar mais cuidado! – ela estende a mão para pegar a pasta e esconde nas costas.

HEITOR

- Duvido que encontrem alguma coisa Dr. Fernandes, eu não tenho nada haver com a morte dessa garota!

- Eu realmente acredito em você. – vejo que ele me observa, até mesmo com uma certa incredulidade – Também duvido que encontrem algo, mas fazer o que não é mesmo? Tenho uma ordem, então temos que trabalhar.

Um Único Olhar UMA SEGUNDA CHANCEWhere stories live. Discover now