Sans e Frisk podem ser diferentes em aparência, mas compartilham de uma mesma dor: Família. Frisk nunca conheceu os pais biológicos, já que estes a jogaram em um buraco fundo no monte Ebott. Já Sans, teve a presença de seu pai, Doutor W.D. Gaster, q...
Alphys abre a porta, recuando atrás da mesma. Sans não estava em sua mesa. Entrou vagarosamente na sala e se sentou em uma cadeira bem em frente a mesa.
- Aceita um café Alphy?
Ela percebe a sombra do chefe perto a uma máquina de café. Ele estende um copo de café a ela e foi para sua cadeira.
- Sabe o porquê de eu te chamar aqui?
- N-Não.
- Sabe Alphys...poucos me conhecem de verdade. Todos sabem das minhas piadas sem graça, do meu companheirismo, mas poucos sabem do meu ódio por mentirosos.
As mãos de Alphys tremeram a ouvir isso.
- Então, eu tenho que te perguntar: Você não está escondendo algo de mim, não é?
- E-Eu? I-Imagina....
- Alphys....
- E-Eu juro Sans. Eu....jamais esconderia algo, ainda mais de você.
- Eu sei.... você sempre abusou da minha total confiança.
- Eu posso ir agora?
- Claro....essa conversa deve ter sido "osso" para você.
Alphys sorri levemente e se levanta, indo a saída. Sans espera ela sair para ligar seu computador. Nele, acessa a sessão das cameras de segurança. Vê Alphys pegando o elevador até o andar de "restritos". Infelizmente, dentro das salas não haviam câmeras, mas Sans já sabia disso, e teria que agir de outra forma. Resolveu esperar pelo fim do turno de trabalho.
Ele estava com sua curiosidade explodindo, mas também estava com uma sensação estranha. Se ele não descobrisse o que Alphys escondia, não ia dormir direito. E assim que deu 20h, todos os cientistas bateram seus pontos e foram embora. Sans esperou mais uma meia hora para sair de sua sala. Pegou o elevador e foi até o andar de restritos. Lá, andou lentamente, para caso Alphys ainda estivesse por lá. Sem sinal de mais ninguém, foi até a sala onde ele viu Alphys entrar pelas câmeras.
Para entrar, era preciso um cartão de acesso, que, felizmente, como chefe, ele tinha. Mas antes de passa-lo no leitor, sentiu seu peito dar uma pequena puxada. Tinha algo que o estava puxando para entrar, mas algo o contraindo, o puxando para longe de lá. Mas a curiosidade venceu a razão e ele passou o cartão de acesso.
A porta se abriu, dando visão a um grande tubo fechado por placas, que cobriam seu interior. Ele olhou os computadores e percebeu se tratar de uma espécie de vida. Aquelas máquinas estavam diagnosticando ou mantendo algum tipo de vida dentro daquela coisa. Olhou o grande tanque e se aproximou. Os sinais diziam ser alguém da espécie feminina.
Respirou fundo e apertou o botão de acesso. Aos pouco as placas foram descendo, revelando uma silhueta surpreendente.
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(Obs: Finge que ela está de cabelo longo)
Sans paralisou. Instantaneamente, a imagem de Frisk veio a cabeça dele. A garota era exatamente igual a ela. E quando ele se aproximou para ver melhor, a mesma abriu os olhos e revelou um azul escarlate brilhante, que o encarou com surpresa e medo. Ele não tinha dúvidas que era ela....mas seu corpo não respondia a seus comandados. Aquele olhar dela o prendia de alguma forma. Na mente dele, ele nunca tinha visto algo tão....belo na vida.
"SANS!?"
Finalmente, outra voz o tirou de seus devaneios. Mas ele não virou. A menina continuava o olhando, assim como ele. Não importa quem estivesse lá, seu olhar era só dela.
- Sans...eu posso explicar....
- Frisk?
Finalmente, a voz do rapaz saiu. A menina do outro lado se espantou e apoiou suas mãos no vidro. Sans colocou suas mãos em cima das da garota, o que fez ela corar levemente.
- Você a conhece Sans?
- Sim.... quando éramos crianças.
"Sans?"
A voz da garota saiu pelo aparelho ligado a sua boca. Ele sorriu e a olhou encantado. Ela abriu um largo sorriso e se aproximou mais do vidro do tanque.
"Achei que tivesse esquecido de mim?"
- Por um momento eu esqueci....mas então....lembrei do seu presente.
"Presente?"
Sans puxou o cordão de coração que estava em seu bolso e mostrou a ela. A menina ficou ainda mais feliz.
"Você não jogou fora...."
- Não....foi ele que me ajudou a lembrar de você.
- C-Com licença?
Alphys olhou os dois. Sans finalmente olhou para a cientista, que parecia querer alguma explicação daquilo tudo.
- Como pode me esconder isso Alphys? Eu confiei em você.
- Eu sei, mas....
"Fui eu que pedi para ela guardar segredo, Sans"
Todos olharam para fora da sala e viram uma sombra feminina, usando um longo vestido e carregando uma pequena bolsa em mãos.
- Toriel?
***
Capítulo pequeno, eu sei, mas em minha defesa, eu estou guardando o melhor para o próximo.
