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Ainda Terça-feira

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Ainda Terça-feira...

Amber K. White

A gente se amou muito.

Viemos para seu quarto e curtimos a companhia um do outro. Ele explorou cada canto do meu corpo, ele se perdeu nas minhas curvas que segundo ele são perigosas.

Brad Cott James fez eu me sentir a mulher mais incrível, sexy e linda do mundo.

Eu não ia vir direto pra cá. Mas minha cara amiga Anelise me disse uma coisa que eu nunca tinha pensado. Que Brad corria muito atrás de mim, estava na hora de eu correr atrás também. Eu poderia dizer que estou mais confiante, apesar de ter estado chorando a poucas horas com um choque de realidade assim que vi a mulher que me pariu. Mas eu estou mais confiante.

Uma parte foi por conta de Brad, Admito. Mas a outra foi por contra própria. Não sei como, nem quando eu comecei a pensar.

Mas eu pensei.

Eu não quero ser uma garota cheia de incertezas. Eu quero ser confiante e de fato eu me sinto assim porque eu percebi que eu tinha que ser aquilo que eu precisava.

Eu passei minha mão por sua bochecha macia. Brad Cott James, um jogador de futebol americano do time da faculdade de vinte anos, tinha seus olhos intensos olhando fundo nos meus. Nem um de um nós sorria enquanto se olhava, nosso olhar já dizia tudo.

Enquanto estávamos deitados na sua cama olhando um para o outro, eu acariciando sua bochecha e ele passando a mão por meu braço me fazendo arrepiar, eu só conseguia pensar que, não importa se isso é um amor momentâneo de faculdade ou pra vida toda. Se aquilo iria ser tão forte e intenso quanto estava sendo agora. Brad sempre vai ser aquele que fez eu enxergar que posso ser amada. Sempre vai ser aquele que me fez entender que eu precisava de mim mesma. Apesar de um mês atrás odiar a idéia de ficar com ele, de transar com ele, de ser mais uma, hoje eu percebo o quanto eu fui estúpida não ter lhe dado chance muito antes.

- Temos muitas coisas pra conversar - ele disse - Eu preciso esclarecer algumas coisas.

- É sobre David, não é? - perguntei sabendo que sim

ele assentiu

- Eu preciso que saiba boneca, por que aquela confusão toda aconteceu. Mas antes eu quero saber, porque saiu correndo da festa?

Eu fiquei em silêncio. Estava morrendo de vergonha de dizer a verdade mas decidi dizer de uma vez, a verdade precisava ser dita.

- Eu fiquei assustada - Deitei olhando pro teto. Eu sentia seus olhos em meu rosto - Eu estava carregada de emoções, carregada de sentimentos, por um momento me senti sufocada com tudo aquilo, Brad. Eu corri porque me veio na cabeça que ficar com você significava lidar e lutar com tudo aquilo que odeio.

- Eu também fiquei assustado - Disse - Com você. Desde que eu trocamos a primeira palavra, Você se mostrou ser uma garota que eu não estava acostumado.

Eu ri

- Alguém que te dá fora?

- Isso também - Disse e então suspirou fazendo uma pausa. Eu sabia que era essa a hora da conversa. - Eu me envolvi com a irmã dele.

- Como é?

- Tessa Taylor, se formou semestre passado. Eu transei com ela, irmã do David. duas vezes ou até três. A questão é que para mim era apenas uma transa mas ela queria mais, e eu não estava disposto a oferecer isso. Porque eu simplesmente não queria. Ela se apaixonou por mim e me queria, mas eu não queria ela. David e eu sempre nos falávamos nas festas ou quando se encontrava no campus pelo fato de termos amigos em comum. Mas apesar dele não demonstrar ele ficou irritado comigo por eu ter iludido a irmã dele.

- Então ele quis me iludir para dar o troco em você?

- Acredito que sim.

- Não faz sentido, Por que eu?

- Porque ele viu o quanto você é
especial pra mim.

Olhei para ele e suspirei

- Tem mais alguma coisa que eu precise saber?

- Não. Tem algo que queira me contar?

- Tem sim - Aproximei meu lábios dos dele e beijei delicadamente - Você, James. Me faz ser alguém que nunca imaginei que seria.

- Tipo o quê? - O sorriso brincalhão nos lábios

- Apaixonada.

Alguém bateu com força na porta do quarto dele interrompendo nosso momento. Naquele instante eu odiei com força quem estivesse do outro lado da porta. Brad bufou

- Vocês estão me dando dor de barriga.- Ouvimos a voz de Greg

- Estava ouvindo nossa conversa? - Perguntei alto

- Falei que ela tava aí. Me deve vinte dólares, otário - Ouvimos a voz de Riley

- Estou começamos a concordar com Connor. Vocês não tem casa? - Brad perguntou ainda deitado me puxado para junto de seu peito

- Eu não estava. Apenas apostamos que se a porta do Brad estivesse fechada você estaria aí com ele.

- Eu nunca tranco a porta - Brad explica para mim

- Brad, melhor você ir para o Campus - Disse Riley

- Não enche! - Eu rosnei abraçando Brad bem forte. O mesmo riu.

- Foi mal, Boneca. Mas Connor está esse instante brigando com dois caras. - Greg Disse, a voz abafada pela porta fechada

- Nada se compara quando você me chama de boneca- eu disse pra Brad. Ele sorriu, me beijou e levantou

- Me desculpa mas eu...

- Eu sei, vai lá salvar seu irmão - Eu disse sorrindo.

- Conhecendo Connor, os caras que precisam ser salvos - Disse ele se vestindo rapidamente - Vai ficar aqui me esperando?

- Do jeito que estou aqui, é o jeito que vou te esperar.

Brad sorriu maliciosamente e carinhosamente, me beijou uma última vez, e saiu.

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QUERIDO, BRAD.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora