A Língua de Deus - COMPLETO - 30/10/2019 - +18 Anos. SEM REVISÃO

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— Eu cheguei o mais rápido que pude. E por que você não está acompanhando a autópsia? — Rafael depois de fazer a pergunta vai até a máquina de café e coloca um de marca "vibrante".

— Obrigado por chegar tão rápido! – agradece Medeiros — A autópsia não está ligada a esse caso dos meninos. — A agente explica e pega um pouco de café também. — Quem está lá é o filho do senador... o que morreu na Lagoa Azul.

— Caralho, foi o defunto que Juliana deu de cara... E não me agradeça ainda.

— Novamente essa ladainha de "não agradeça ainda"! E por falar nisso, você foi ver sua irmã?

— Não fui ainda... Mas vamos logo trabalhar, Suzy está me esperando pelada na cama.

Medeiros gargalha.

— Me engana que gosto... Mamãe perguntou o nome dela!

— E você abriu sua boca e já deu com a língua nos dentes!

— Lógico que não! Eu não sou traíra. E vai demorar muito para começarmos?

— O tempo que for preciso! Mas o que a celebridade deseja ?

— Eu preciso saber se há alguma ligação entre as idades dos meninos com a sequência da mortes deles.

Rafael para o que está fazendo e olha para Medeiros.

— Você está fazendo a mesma cara que Almeida fez a pouco.

— E você acha o que? A minha cara reflete o que acabou de pedir.

— Rafael eu preciso de sua ajuda. Você tem um raciocínio rápido quando está na frente dessa máquina.

— Isso foi um elogio?

Medeiros o fuzila com os olhos.

— O que você quer mesmo? — Pergunta rendido.

— Eu acredito que os meninos morreram deixando uma mensagem... Você disse-me que uma pessoa que acompanha o tempo para executar um assassinato, tudo que ela faz tem um propósito, e que nada é aleatório.

— Eu disse isso?

— A sequência da morte deles é sete, sete, dez, dez e onze.

— Puta que pariu! Eu vou ligar para mamãe para saber se você caiu do berço!

— Eu cai de uma altura maior, quando criança. — Medeiros está lembrando de quando estava dormindo na barriga de JJ, aos sete meses de vida, e eles pegaram no sono com ela acordando beijando o chão do quarto. — Rafael eu preciso descobrir se esses números querem dizer alguma coisa ou não.

— E como você espera achar essa ligação entre os fatos?

— Não sei. É por isso que te chamei. Você quando conecta-se nesse mundo virtual, sua mente trafega junta com os bancos de dados.

— Então as idades dos meninos são sete, sete, dez, dez e onze? — Ele olha desconfiado com o elogio.

— Isso mesmo. E eles morreram nessa sequência?

— Sim!

Rafael começa a usar o computador do D A C C r E

— Não é latitude nem longitude. — Rapidamente começa setenciando.

— Seria fácil demais. — Um sorriso maroto sai do rosto de Medeiros.

— Talvez... A questão é que não sabemos com quem estamos lidando... Nós temos que verificar tudo. — Medeiros adimira-se com as agilidades do irmão ao usar as teclas do computador.