Pronunciamento da capital

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A brisa levemente fria batia em meu rosto inchado por conta das lágrimas derramadas sobre meu rosto. Já era manhã quando os pássaros resolveram cantar freneticamente anunciando o dia com uma pequena coloração esbranquiçada, abro ainda mais janela da pequena cabana, o rio fazia com que a brisa ficasse ainda mais fria, não sei como fui parar aqui. Os minúsculos flocos de neve pairavam sobre a campina. Coloquei meus sapatos, ainda estava com as roupas de viagem feitas por Cinna. Andei  floresta a dentro e peguei alguns morangos, lembrei de Madge e seu pai que amava morangos, comi alguns e os outros levo para Madge.

 Cheguei a cerca que deveria está passando pela mesma uma corrente elétrica. Com alguns minutos cheguei aos destroços, procurei ignorar a cena passada,mas não era possível, as chamas estavam vivas na minha cabeça perturbada, as pessoas olhavam para a mim com curiosidade e outras me agradecia por algum motivo " que pessoa louca, porque está me agradecendo?" Com um sinal positivo com a cabeça retribuo a gentileza da qual tenho desconhecimento. 

Estou em casa e sou recebida com os abraços sufocantes vindo da minha mãe que se debruçava em lágrimas. 

 — Graças a Deus — disse ainda comigo nos braços— Você está bem filha, estava tão preocupada com você minha vida. — fala chorando ainda mais. 

 — Tudo bem mãe, estou bem — respondi com um sorriso sincero. 

 Minha mãe deu passagem para Prim que estava atrás da mesma vendo toda a cena, o silêncio pairava sobre o cômodo.

 — Oi patinha — disse sem jeito, quebrando o silêncio torturante que estava.

Prim correu ao meu encontro e me abraçou, não tive que me abaixar como fazia, percebi que ela havia crescido, me perguntei por quanto tempo fiquei na capital. A loira estava com seus braços em volta do meu pescoço, chorando baixinho, o abraço bastava para  conectarmos. Sabia exatamente o que ela tinha para dizer, era assim nossa relação.

 — Katniss, você precisa descansar — disse calma 

 Peguei seu rosto em minhas mãos e a beijei no topo de sua cabeça.

 — Preciso que me leve até o Peeta mãe. — falei mirando–a 

 Ela assentiu com a cabeça e saímos de casa novamente, nunca tinha ido a casa de Haymitch apenas estava rezando para chegar lá o mais rápido possível. Avistamos a casa em uma vila chamada "Vila dos Vitoriosos" aqui vivia as pessoas nas quais fizeram algo extraordinário para a sua nação, havia 12 casas iguais. A visão da casa com os flocos de neve era magnífica, na grande janela estava Haymitch com seu copo, espero que não seja água ardente. O loiro de meia idade abriu a porta para que pudéssemos entrar. Estava ansiosa para chegar. 

O lado interno da casa era lindo, tinha um ar sofisticado, arriscaria em dizer que era como a capital. Haymitch já sabia o que eu queria e logo disse para que eu fosse ao quarto que ficava a direita após o corredor. Entro no quarto com pouca iluminação, tinha uma cama grande no centro do aposento, com pequeno abajur na acima da cama, Peeta estava lá, desacordado. Caminhei até a cama, levantei às cobertas e me posicionei ao seu lado, meus dedos percorreram seu rosto másculo, tirando os fios loiros do mesmo, como senti falta de você meu amor, lindo em todos os aspectos espero do fundo do coração que você supere a perda, depositei um beijo casto em seus lábios e sussurrei " nunca vou te abandonar Peeta amor meu, dono da minha vida" Estava de olhos fechados ouvindo o subir e o descer de seu peito, sua respiração leve e tranquila, com minha cabeça apoiada em seu peito adormeci.

 Olhos azuis de uma criança correndo pela campina agarrada a uma rosa silvestre, Prim sorria correndo atrás do mesmo, Peeta vinha me minha direção depositando um beijo em meus lábios quando somos interrompidos por um choro de bebê, balancei em meus braços e Peeta sorria com minha paciência com o bebê em meus braços, nunca fui a paciência em pessoa acho que ele sabe disso e acabo sorrindo de volta, amamento a criança quando de repente a criança que estava com Prim veio em uma velocidade pulando em cima de Peeta que não parava de rir, ele o chamava de filho. Prim, minha mãe, Madge e até Haymitch estava em nosso redor com seu companheiro, o copo de água ardente. 

Sinto pequenos toques em meu rosto, a imagem das pessoas ao meu redor foi desaparecendo e em seu lugar foi aparecendo os olhos azuis, aquele que conheço muito bem. Peeta. Pulei em seus braços dando graças por ele não ter mudado, por ele não se submeter a dor da perda como eu quase o fiz anos atrás. 

 — Peeta! — ele me agarrou depositando um beijo em meus lábios que estava pedindo, clamando por ele. Parei o beijo para olhar seus olhos novamente. 

 — Katniss — respondeu aliviado — não me deixe, não quero que você vá embora da minha vida— falou entrando na minha alma, seus olhos estavam denunciando lágrimas que não permitiria que caísse.

 — Ei, não vou conseguir ficar longe de você, eu te amo— depositei um beijo mais intenso do que o último, ele retribuía na mesma intensidade ou ainda mais, o beijo tornou salgado lágrimas de minha parte caira em meio ao beijo, logo o parei— Nosso amor é incondicional, e não quero que acabe, não vou deixar que acabe. 

 Os olhos de Peeta estava fixado em minhas palavras, o brilho estava quase em exibição por mais que fosse um pouco do antigo brilho. Nossos rostos estavam se aproximado anunciando  que mais um beijo viria, meus lábios exigia os lábios macios de Peeta nos meus, uma batida na porta nos interrompia e foi aberta por Haymitch que nos chamava para descer até a sala, pois um pronunciamento da capital estava a ser exibido ao vivo para toda a Panem.

 — Podes descer Peeta? Se sente melhor? — perguntou um pouco preocupado.

 — Sim, estou. Na verdade melhor impossível — respondeu brincalhão, porém sua face é tristonha 

— Que bom, vamos?

 Descemos as escadas, vimos Prim e minha mãe sentadas no sofá comendo biscoitos com café, e lá estava a música da capital a mesma que ouvi lá no programa do Ceaser naquele dia, hino oficial da capital. A TV de holograma estava em cima da chaminé, e finalmente o presidente Snow é exibido. A mesma música que estava tocando ficou como som de fundo e assim o pronunciamento começou. 

 — É com muito pesar que toda a Panem se sensibiliza com a tragédia que ocorreu ontem no distrito 12, tiveram perdas horríveis —mostrava as imagens das chamas e as pessoas frenéticas na buscas por sobreviventes, os choros das pessoas estava em toda a tela e logo foi mostrada uma imagem minha com aquela criança nos braços — Katniss Everdeen, suas súplicas foram ouvidas, toda a Panem se sensibilizou com suas palavras que mostram o verdadeiro significado da dor e da perda para nossos cidadãos. — Logo após seguiu uma imagem minha e de Peeta abraçados perto de seus pais— Por isso, seu distrito irá passar por uma reforma e as famílias que foram prejudicadas irão ganhar um boa quantia em dinheiro para que possam viver bem nessa nova fase da vida que irá começar — as imagens estavam passando em câmera lenta, e a voz de Snow estava no fundo junto com o hino de Panem — Peeta Mellark, Katniss Everdeen, vocês ganharão cada um, uma casa na vila dos Vitoriosos e uma grande quantia em dinheiro por terem feito um bom trabalho na divulgando o seu trabalho de plantas medicinais que foi muito bom para a produção de remédios aqui na capital e na descoberta de um novo antídoto para a cura de um câncer raro, vocês ajudaram a salvar vidas, toda a Panem agradece seu esforço — agora exibia uma imagem nossa na entrevista com Ceaser no primeiro dia de entrevistas — Katniss Everdeen— meus olhos não saia da tela — sua bondade nos inspirou, assim como seu amor pelos próximos, sua determinação para exibir o que sentia, saudamos a sua coragem, e toda a Panem diz " Obrigado Katniss Everdeen"  

E assim a transmissão acabou e todos na sala de Haymitch ficarm felizes, não íamos viver na miséria, expostos a fome e a doenças,  tínhamos um novo começo e isso me deixava extremamente feliz.




Continua??????

A que não podia amar - Jogos VorazesOnde histórias criam vida. Descubra agora