Diabo. Foi assim que Ettore Bertinelli passou a ser chamado por aqueles que tinham suas vidas em uma balança e uma vez que ele achasse que alguém estivesse errado ou pensasse que algo está errado, ele ia à caça. Eliminando de forma impiedosa quem es...
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― Eu te amo mais do que qualquer coisa.
As palavras foram sussurradas ao pé do ouvido, tão doces, cheias de certeza, sobretudo, amor.
A garota tinha aquele jeitinho. Apaixonante.
― Eu te amo mais do que qualquer coisa.
Ettore também sussurrou para Aurora, depositando um beijo casto em sua bochecha.
A garota se afastou minimamente, levantando a cabeça para olhar nos olhos de Ettore. Ficaram alguns segundos se encarando, até que ela encostasse as testas, fechando os olhos.
O homem levou uma de suas mãos à nuca de Aurora e roçou levemente os narizes antes de unir os lábios, iniciando um beijo.
Um beijo que não tinha ritmo certo, nem lento, nem calmo. Um beijo estilo Aurora e Ettore.
Apaixonado, quente e viciante.
Aquele beijo que ninguém estava disposto a parar. Que sempre queriam mais e mais daquilo, mais deles. Aquele contato exigia aquilo, a intensidade nos toques. Nos carinhos beirando o fogo, a chama, os dois queimavam.
Aurora foi colocada na cama, com delicadeza, Ettore permaneceu de pé. Observando com devoção cada detalhe da mulher. Cada pequena coisa da mulher que amava era digno de atenção. Mesmo que ela se encolhesse, tímida, toda vez que recebia aquele olhar.
― Carinho...
A garota disse tão baixo, aquele apelido que fez o sorriso de ambos se tornarem largos, ela sempre o chamou assim, estendendo as mãos na direção dele. O chamando para se juntar a ela.
Ele aceitou. Entrelaçando os dedos.
― Se você pudesse se ver como eu a vejo, minha flor ― Com a mão livre alcançou um cacho solto, colocando-o atrás da orelha da mulher. Tão linda. Delicada. Tão doce. ― Deus, você é tão linda.... Eu já disse o quanto você é linda? O quanto eu adoro seus cachos, seus olhos cor de chocolate, sua pele negra, tão bonita e misteriosa quanto à noite... E o quanto é cheirosa? Deus, Aurora, você é perfeita, e tão minha!
Tudo aquilo eram detalhes, detalhes que deixavam o homem apaixonado, louco pela mulher.
Louco pelo contraste que as peles juntas causavam. O encontro entre o branco e o negro, em harmonia. Um perfeito equilíbrio com o que há de mais belo, o amor.
O coração de Aurora batia tão rápido, descompassado fora de ritmo. Ela estava acostumada com aquele tipo de declaração, Ettore sempre foi o homem que a exaltava, que demonstrava amor daquela forma arrebatadora. Intenso. Um homem cheio de luz.
Aquela luz que a deixava iluminada. Um era o que o outro precisava.
― Você é um bajulador, carinho ― Ela aproveitou a aproximação para acariciar, com a ponta dos dedos, o rosto do homem. Passando a mão entre os cabelos macios, começando um cafuné. ― Você todos os dias me faz feliz, todo dia eu me apaixono ainda mais por você. Eu não sei o que seria de mim sem você, eu nasci para te amar, para estar com você, carinho, eu nasci para ser sua. Eu te amo tanto que meu peito dói, como isso é possível?
