Diabo. Foi assim que Ettore Bertinelli passou a ser chamado por aqueles que tinham suas vidas em uma balança e uma vez que ele achasse que alguém estivesse errado ou pensasse que algo está errado, ele ia à caça. Eliminando de forma impiedosa quem es...
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Sentiu o cheiro doce, característico da mulher, encher seus pulmões e foi só abrir os olhos para encontrar Helena com a cabeça em seu peitoral enquanto sua mão contornava a cintura feminina.
Percebeu o quanto a mulher era espaçosa, estava deitada em cima do homem. Jogada no lado dele na cama, e percebeu também que seria difícil manter distância dormindo com ela todas as noites, porque acordou inúmeras vezes com ela enrolada em seu corpo e quanto mais o homem a afastava mais ela parecia se aconchegar a ele.
Levantou-se tentando não acordá-la, mas foi se levantar que viu Helena passar a mão pela cama até agarrar um de seus travesseiros e voltar a relaxar.
Entrou no banheiro e fez sua higiene, demorou mais tempo que o necessário no banho. Era seu primeiro dia como casado, apesar de sentir-se diferente, ainda era o mesmo. Isso o fez relaxar, até agora não tinha tantas mudanças.
Estava se secando quando viu Helena entrar no banheiro.
― Finalmente a boneca acordou. Bom dia.
Ela se virou minimamente, após colocar a banheira para encher, um tanto chocada, mas não surpresa. A ironia era evidente em sua voz.
― Bom dia. Eu realmente estava cansada. Ontem foi um dia puxado. Eu não parei um segundo.
Sem parar para pensar usou a primeira desculpa que passou por sua cabeça. Mesmo que odiasse acordar cedo, ela sabia que precisaria mudar. Ao menos para não ganhar a fama de preguiçosa, que fazia corpo mole.
― Foi cansativo?
― Foi, mas eu gostei de cada detalhe. Principalmente de pertencer a algo... A alguém.
Ela piscou e se despiu, entrando na banheira. Quando deu as costas, deslizando a peça fina da camisola pelo corpo ela queria a atenção do homem, o corpo parecia quente sob o olhar faminto de Ettore.
― Mulher... Só seja rápida. Precisamos descer para o café.
Sabia que aquilo era o tipo de coisa que o pai iria esperar, então apressou a mulher, tentando tirar da cabeça a imagem do corpo pequeno e cheio de curvas da mulher, saindo do banheiro com uma toalha enrolada na cintura e foi para o closet. Que agora estava recheado de roupas femininas, dando certa cor ao redor. Tentou ignorar o máximo e pegou a primeira roupa masculina que encontrou, vestindo rapidamente.
Ettore preferiu se manter calado, sem tentar manter qualquer conversa. A ver preparar o banho já foi o bastante. Só dormiu com uma mulher na vida e isso já tinha muitos anos, e agora dividir o próprio banheiro com uma era estranho.
Estava impaciente, sentado no sofá próximo do closet vendo a movimentação da mulher. Ela andava de um lado ao outro, tirando e colocando roupas. Ela queria algo simples, mas elegante. Escolheu por um vestido florido que delimitava suas curvas.
