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Minha vontade de levantar da cama poderia ser comparada com minha vontade de viver, ou seja, nem uma!

Tinha dias que era assim mesmo, eu não tinha vontade nem de sair da cama, amenos que meu destino fosse a forca, imagina sair de casa.

Ate que esse castigo veio a calhar, não que eu vivesse na rua, ate por que eu nunca tive amigos com quem sair, mas  só  assim eu teria uma boa desculpa pra não sair do conforto da minha querida cama.

Digamos eu que eu e ela estávamos em um relacionamento profundo nos últimos anos mas temo dizer que nas últimas semanas eu não venho lhe tenho dado a minha devida atenção, o que e realmente uma pena já que todos os dias ela vem se empenhado muito em atraí minha atenção.

-Cercy? Ta acordada? -perguntou minha mãe batendo na porta. Não respondi.

-eu sei que você esta chateada comigo e eu lamento muito que não tenhamos passado mais tempo juntas mas você tem que entender que você já e uma jovem e tem que compreende que eu preciso trabalha pra nos manter. - ela tomou ar antes de continuar -eu sou sua mãe não sua babá, você já pode ser sair bem sozinha, na sua idade eu já trabalhava e ajudava sua avó você também já pode se cuidar... Sabe, muitos pais não confiaria nos filhos como eu  confio em você... Eu deixo você livre poxa! O que mais você quer de mim? -pude jura que ela soltou um: "merda" antes de volta a falar -desculpa! Eu não queria me exaltar... Eu vim te falar que você ta livre do castigo... Eu preciso ir trabalhar, tem dinheiro na mesa caso precise comprar alguma coisa... Não me espere pro jantar, vou chegar tarde. Eu te amo.

Eu fiquei ali, encolhida na cama chorando por um bom tempo. Por que era tão difícil pra ela entender que tudo que eu queria era só um pouco de carinho? Não precisava sem muito não, só um pouquinho já bastava pra mim.

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O domingo passou voando. Eu mau sair da cama, exceto quando fui fazer meus exercícios e tomar meu banho, resolvi que não iria comer ate por que eu não estava com fome de qualquer maneira.

Faltava só alguns dias pra chegada dos novos alunos e a escola esta um campo de guerra. Todos estavam ajudando em alguma coisa, nesse final de semanas algumas pessoas venderam coisas pra arrecada dinheiro pro DJ e o jogo de luz, não sei como o moralis permitiu isso.

Eu estava pregando os cartazes de boas lindas quando o famigerado moralis apareceu querendo fala comigo.

-pode se sentar senhorita Mendes -apontou uma cadeira em frente a sua mesa -como anda suas aulas? Tudo tranquilo?

-na mais perfeita ordem senhor -um tempo atrás eu havia denunciado as agressões que eu estava sofrendo mas como os pais da keilane são investidores da escola o caso foi abafado -não se preocupe.

-eu a chamei aqui por que fique sabendo que a senhorita possui maestria em coreano?

-eu sou mediana -respondi envergonhada -compreendo bem quando se trata da oralidade e sou mediana na escrita.

-ótimo! Estaremos recebendo oito alunos coreanos, estive pensando em coloca los em sua turma assim você podia orienta los ao longo das aulas.

-eles não seriam alunos do intercâmbio? Por que estarão em aulas normais?

-isso não importa! Ira ajuda los? Claro que isso lhe daria pontos extras no seu currículo escolar.

-irei ajuda sim.

-ótimo, esta dispensada.

Sendo realista, as vezes eu tinha vontade de tacar fogo no morales. Ele era um péssimo diretor e uma pessoa pior ainda.

Estava quase na minha sala quando a Nicole me puxou pelo braço e me levou pro banheiro.

-você anda comendo não e sua gorda! -ela começou a gritar comigo.

-não, eu não estou comendo.

-então por que você está tão gorda? -falou me puxando pra frente do espelho. -você parece uma porca, olha essa banhas caindo da sua barriga, sem contar essa pernas. Olha, eu sou sua amiga e quero te ajudar -ela pegou no meu rosto e me forçou a ilhas pro espelho -olha como você esta! Olha pra você cercy! Quer saber de uma coisa? Eu vou desistir de você, não vou mais ajudar quem não quer ser ajudada.

-não! Por favor, não! Eu preciso de você -falei aos prantos - eu juro, juro que não estou comendo. Essa semana eu venho comendo uma barrinha de cereal a cada refeição, eu não estou comendo mais nada. Eu não vou comer nada, mas por favor não me abandona, por... Por favor, fica comigo, me ajuda -me joguei no chão e comecei a chorar, eu tremia tanto que mesmo se eu tentasse, não conseguiria ficar em pé.

-não chora borboletinha, eu vou ajudar você de novo, mas se ate o final da semana você não emagrecer no mínimo 3 quilos eu não vou poder fazer nada por você.

-eu juro, eu vou perder peso, juro.

-boa garota. Agora levanta dai e vai lavar esse rosto, você fica ridícula chorando. -assim que ela terminou de falar ela sair do banheiro e me deixou lá sozinha.

Blue butterflyWhere stories live. Discover now