Capítulo Oito.

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                JOSH BEAUCHAMP

-Posso entrar?- Digo batendo na porta.

-Tá aberta!- Escuto a Sabina gritar.

Escandalosa como sempre, penso divertido.

-Oi amor.- Fala Any vindo me abraçar.

-Oi. Podemos conversar?- Pergunto enquanto a abraço.

-Já tô saindo Beauany.

-Valeu.- Grita Any.- Então, o que quer me dizer?- Fala se afastando de mim.

-Eu acho que não foi uma boa ideia.- Digo colocando as minhas mãos no bolso do casaco.

-O que não foi uma boa ideia?- Pergunta franzindo o cenho.

-Nós.- Falo sem jeito.

-Josh...

-Não acho que foi uma boa ideia começarmos a namorar. Eu acho...

-Você não achava que era uma ideia ruim quando me pediu em namoro.- Diz cruzando os braços.- Ou achava?

-Óbvio que não! Mas agora, pensando em tudo. Não acho que tenha sido o melhor para a gente.

-Bem, com certeza foi o melhor para mim.- Fala chegando perto de mim outra vez.- Me desculpe se...

-Você não tá deixando eu me explicar.- Digo colocando meu peso na minha perna esquerda.- Eu acho que eu confundi meus sentimentos por você. Eu te amo tanto e de tantas formas. Que eu achei que quisesse ser mais que seu amigo.

-Mas você não queria...- Fala dando um passo para trás.

-Eu apressei demais as coisas entre nós, Any.- Digo mudando o peso do meu corpo para a minha perna direita. Num jogo repetitivo e cansativo.- Eu me apeguei tanto a você e ao seu jeito. Que por algum momento, pensei que não fosse mais conseguir viver sem você.- Falo a vendo começar a chorar.- E eu realmente não quero viver sem você. Mas eu também não quero viver desse jeito com você.

-Por que você tá fazendo isso comigo?- Pergunta entre as lágrimas.- Eu não sou boa o suficiente para você?

-Any...

-O que quer dizer com tudo isso? Que eu só fui um mero aprendizado para você? Que você finalmente aprendeu a diferenciar amor de amigos de amor de amantes?- Ela me encara por alguns segundos.- Fala alguma coisa, Joshua.- Diz gritando comigo.

Mas eu não conseguia falar nada, muito menos raciocinar alguma coisa. Eu só conseguia pensar que eu era o motivo por fazer ela chorar. E isso estava acabando comigo.

-Me desculpa por isso. Mas eu não posso continuar com você, sabendo que eu não te amo do mesmo jeito. Não seria justo. Nem comigo. E nem com você.

-Pensei que éramos fogo, e que juntos iríamos incendiar tudo.

Acesso isso com raiva. Eu não deveria precisar de mais fogo. Eu mesmo tenho fogo suficiente. E com certeza essa era uma das certezas de que não era a Any que eu amava. Não precisa de mais fogo na minha vida, não precisava de coisas selvagens. Eu já era selvagem demais. Eu preciso de dente-de-leão na primavera. Do amarelo vívido que significa renascimento em vez de destruição.

Acesso isso com raiva também, porque eu sei quem possuí isso. E me sinto um babaca por gostar de outra pessoa que não seja a minha namorada.

-Não podemos mais fazer isso, Any.

-Tudo bem, então.- Diz se sentando na sua cama.- Eu só preciso processar tudo por um tempo.

-Tudo bem.- Digo já me preparando ara sair. Mas escuto Any dizer:

What Are We Waiting For?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora