Capítulo Onze.

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                 JOSH BEAUCHAMP

-Eu sempre quis beijar você.- Ele diz sorrindo.

Essas cinco palavras fizeram meu coração disparar. E meu cérebro dar curto circuito.

Ele. Sempre. Quis. Me. Beijar.

Eu passei o dia inteiro fugindo dele, porque pensava que ele estava me odiando por causa do que eu fiz. Mas ele também queria. Ele realmente queria me beijar.

Essa informação fez todo o meu nervosismo, meu medo e minha aflição, que estavam presentes desde quando ele me deixou sozinho no banheiro, irem embora abruptamente, do mesmo jeito que eles chegaram.

Eu olho para o Noah, e o mesmo estava ruborizado. Acho que ele acabou de se dar conta do que me disse. Rio baixinho, ainda o olhando.

Não consigo parar de sorrir. Estou sorrindo intensamente. Como se eu fosse ganhar o melhor presente do mundo.

O que de fato, não deixava de ser verdade.

-Eu... eu realmente gosto de você, Noah.

Digo sincero e esperançoso. Ele me analisa por um breve instante.

-E eu realmente gosto você, Josh.- Ele diz com um sorriso enorme, e logo em seguida começa a ficar todo vermelho.

Meu Deus.

Ele é perfeito.

E céus, eu o amo.

E o amo por completo.

Amo seu cabelo despojado.

Amo seus olhos verdes vívidos.

Amo seu sorriso de criança inocente.

Amo sua boca lindamente avermelhada.

Amo sua pinta, bem no canto inferior direito de sua boca.

Eu realmente amo esse ser que está na minha frente.

Ele para de sorrir por um tempo, como se estivesse pensando em algo extremamente importante.

-E a Any?- Diz o mesmo sério.

-O que tem ela?

Ele se remexe na cadeira. Claramente desconfortável por ter que tocar nesse assunto.

-O que acha que ela vai pensar?

-Não acho que ela realmente tenha que ter uma opinião sobre nós.

Nós. Não acredito que acabei de dizer nós, como se ele e eu já tivéssemos alguma coisa. Mas gostei de como soou.

-Na verdade, eu acho que tem sim.- Fala nervoso.- Ela era sua namorada. E é nossa amiga, e nossa colega de grupo.

-Podemos ver isso depois?- O pergunto pegando em sua mão.

-Aham.- Diz um pouco sem graça, baixando o olhar.

Sorrio com isso.

-Por que?- Ele me pergunta franzindo o cenho.

O olho confuso.

-Por que eu?- Pergunta me olhando nos olhos.

-Nunca vi ninguém se entregar à música como você. É por isso que gosto de ver você ensaiando. Fica uma ruguinha muita linda bem aqui.- Eu digo tocando em um ponto bem acima do seu nariz.- Sou obcecado por dança e mesmo assim não consigo me transportar como você.

-E daí? Sou algum tipo de experimento social para você?- Fala levantando-se.

Sua intenção foi que aquilo soasse como uma brincadeira, mas soou um pouco mais amargo. Dava para ver que tinha uma certa verdade, a qual ele queria passar com aquela pergunta.

What Are We Waiting For?Where stories live. Discover now