Cigarette Daydream [Baeksoo]

Funny how it seems like yesterday

Funny how it seems like yesterday

As I recall you were looking out of place

Gathered up your things and slipped away

No time at all I followed you into the hall

4

Sehun, quando criança, era muito teimoso. Aquela característica não havia mudado muito, exceto que, agora, o garoto não só insistia em comprar um chiclete que nem mesmo gostava do gosto apenas pela tatuagem de dragão que vinha junto, não, Sehun, ao contrário do que lhe era recomendado, se estressava muito facilmente com coisas que nem mesmo lhe diziam respeito, na maior parte das vezes. E ele continuava daquela forma, pois achava que, se não tentasse até quase levar um soco, não estaria sendo um bom amigo. Kyungsoo tentou mudar aquele traço, sempre dizia que o Oh não tinha a obrigação de quebrar a cabeça no meio por ninguém e que, caso os contras de uma amizade fossem maior que os prós, deveria deixá-la de lado e se pôr em primeiro lugar, pois ele era mais importante que qualquer coisa ou pessoa no mundo, para si próprio. Ao menos, deveria ser.

— No que está pensando? — Chanyeol perguntou, o lábio inferior preso entre os dentes. Estava com as mãos na cintura do Oh, que sentava em seu pau com o que parecia ser raiva.

— Isso importa? — Mordeu a pele do Park, a puxando e deixando para trás uma marca avermelhada.

— Ah! — O Oh arranhou suas costas com força e rebolou com mais afinco, estava tentando calar a boca do outro. — Porra, merda, caralho…

— Merda, Chanyeol… — Se jogou para o lado, suado e sujo. — Eu disse que queria transar a noite inteira.

— Você gozou primeiro e eu sou o culpado por não me segurar?

— É, sim. — Virou para o lado e apoiou a cabeça no travesseiro, dando às costas para o Park e cobrindo a nudez com o lençol.

— O que aconteceu, hm? — Beijou a clavícula do outro e abaixou-se para alcançar o pescoço, sendo incentivado pelos suspiros do Oh.

— Sai, porra. Tô confuso pra caralho e você só piora tudo. — Cruzou os braços.

— Eu? Por quê? O quê eu fiz de errado? — Sehun conseguia ver a preocupação em sua feição.

— Nada, não é você de forma… ruim. É só que eu não pretendo me apaixonar de novo. Kyungsoo já foi muito avassalador pra mim, não preciso disso de novo. — Fechou os olhos, evitando contato visual com o outro.

— Apaixonar? — Sentiu o coração falhar quando o Oh lhe puxou para outro beijo da mesma forma que fez no bar: com a mão em sua nuca, forte, lento.

— Por você. — Usou os dedos para arrumar os fios atrás das orelhas gigantes do Park. — Droga. Isso é horrível. Desculpa, eu sei que a gente só combinou sexo, mas…

— Eu também. — Se pôs em cima do Oh e usou suas mãos para prender os pulsos deste acima da cabeça do mesmo. Sua respiração estava ofegante e podia sentir o peito pesar, pesar e pesar por medo da rejeição. — Também estou apaixonado por você. Agora, e todo dia de manhã, quando te vejo brincando com as crianças, organizando as armas, treinando a mira com as pistolas… A todo momento, até mesmo quando você está sendo um filha da puta insuportável.

— Filho da puta insuportável? Sério? — Revirou os olhos.

— Está sendo um agora. Eu disse tanta coisa, e foi nisso que você prestou atenção?