Cigarette Daydream pt.2

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Mais e mais gritos. Dessa vez, uma bala passou raspando na cabeça do Byun. Por sorte, ele havia se abaixado, assim como o outro. A fumaça estava mais forte e o fogo parecia estar se alastrando com uma estranha facilidade, o barulho, semelhante a de uma bomba explodindo, havia cessado, ao contrário dos tiros.

— Precisamos salvar quem der. — Baekhyun percebeu que Kyungsoo tossia excessivamente enquanto falava. Seus cotovelos sangravam, pelo impacto que tiveram assim que o capitão se jogou no concreto. — As crianças, Baek. Estão em horário de aula.

— Então vamos! O fogo está mais forte onde elas estão! — Puxou o Do pelo braço, mas este continuou no lugar.

— Não, Hyun. Será mais eficiente se nos separarmos. Eu preciso salvar o que conseguir. — Kyungsoo lhe deu um abraço rápido e então, sem deixar com que o outro absorvesse o que havia acabado de dizer, correu para o lado oposto à escola.

— Porra. — Gritos foram ouvidos perto de si, dessa vez, pareciam estar ditando regras. Decidiu não esperar para ver o autor das palavras, em vez disso, seguiu caminho agachado nas paredes para a escola da comunidade, onde Seiji e os menores deveriam estar, assim como Sehun.

Naquela manhã, havia passado o dia com seu atual namorado na cama. Havia o beijado, dito um milhão de coisas, pensado em um futuro e ignorado completamente o fato de que, na sua casa, um vidrinho de veneno endereçado ao Do estava escondido. Se tivesse dito sobre Baekbeom para o mesmo, as coisas provavelmente seriam bem diferentes, e não era que não confiava no capitão, certamente o fazia, mas aquilo era demais. Não queria estragar tudo.

A escola estava cercada de flamas vermelhas, aos lados, os corpos ocupavam a porta da frente, completamente empilhados. Era terrível e haviam sido claramente postos ali após um massacre; conseguia também enxergar um grupo de zumbis que rasgava a pele de um sobrevivente que possuía um buraco de bala na testa, foi provavelmente  atingido por um dos invasores. De dentro, ouvia a porta tentar ser aberta desesperadamente.

— Espera aí! — Empurrou os corpos com algum esforço por serem pesados, após, chutou a madeira e usou as mãos para fazer a fumaça de dentro se dissipar.

— Hyun? — A voz baixa e rouca lhe chamou. Reconheceu ser o filho de Jongdae e rapidamente o resgatou em seus braços.

— Seiji. Está bem? Se machucou? — Já fora da casa, ele pôs a criança no chão e perguntou.

— Dói. — Colocou a mão no peito. Havia inalado muita fumaça.

— Cadê seu pai e sua mãe, hein? — Passou o polegar na bochecha do garoto.

— Mamãe disse que ia ter o bebê. A barriga dela estava doendo muito mesmo! Papai foi junto e eles me deixaram lá. — Tossiu e apontou para a escola. Baekhyun, preocupado com a situação do menino, o pegou no colo e enrolou o mesmo na jaqueta que estava vestindo naquele dia.

Estava cansado. O garoto não era leve e, toda vez que os sons dos tiros ficavam mais próximos, tinha que se agachar com Seiji e puxar a arma, por segurança. O menino tremia em seus braços, e o Byun pensava no que iria dizer se caso não encontrasse Jongdae ou Sara e tivesse que fugir com o menino e Kyungsoo para longe da comunidade. O pior seria no depois, seu irmão iria convidá-lo para ajudar a reconstruir o lugar ou iria puni-lo com um tiro assim que virasse as costas? Merda, tinha tanto medo.

— Você! — Ouviu a voz grossa ao seu lado. Por um segundo, pensou que estava morto caso aquele fosse algum bandidos, mas tudo que vira fora a feição suada de Park Kwang em sua direção, vermelho e pelas sobrancelhas franzidas, furioso. — Você é o culpado por isso, seu traidor de merda! Eu confiei em você!

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⏰ Última atualização: May 16, 2020 ⏰

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Cigarette Daydream [Baeksoo]Onde histórias criam vida. Descubra agora