Estranho

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Jungkook Pov 

Sexta-feira - 9:00

Todo mundo da sala comentavam sobre a festa da Hyuna que terá amanhã. Eu não estava muito afim de ir, mas para não furar com Sook vou fazer um esforço para está presente. 

Já que o professor tinha faltado, todo mundo foi liberado para o intervalo, quando eu iria comprar meu amado lanche, vejo Jimin passando com os olhos marejados segurando seu caderninho que sempre escrevia. Saí da fila seguindo o mais novo que limpava seu rosto tentando segurar as lágrimas sem sucesso. 

Ele entra no banheiro se trancando em uma cabine, ouvi o menino chorar e soluçar. Me senti tão triste em saber que o  mesmo estava se sentindo mal, é ruim ver uma pessoa que ama infeliz sem poder ajudar. Estou dando o meu melhor, mas não adiantava. Tem dias que ele está animado e outros assim desse jeito, com palavras eu não conseguiria ajudá-lo, Jimin estava no estado crítico, nem psicologo ajudaria mais, só um psiquiatra.

Depois de alguns segundos ouvir o loiro enguiar e tossir, Jimin vomitava! Logo entrei em desespero. 

— Minnie, abra a porta por favor — bati algumas vezes, ele dar descarga abrindo a porta indo até o espelho lavar o rosto. Ele me encara com os olhos vermelhos e rosto inchado, o mais novo tremia como se estivesse nervoso. — O que aconteceu? Por que está assim? — segurei suas mãos geladas, parecia está doente, sua expressão cansada entregava tudo, mas eu sabia que sua doença não era aquelas "comuns" e sim dá alma que era difícil de curar. 

— H-hyung, não quero mais viver. Eu não vou conseguir, não vou conseguir. — falou rapidamente — Por que sou diferente de todos? Por que sou feio? Por que não consigo ser alegre que nem os outros? 

— Jimin pare com isso, não gosto de te ver assim. — abracei segurando minhas lágrimas — Por favor, não chore. 

— K-kookie, eu não vou aguentar essa pressão por muito tempo. Eu pensava que iria conseguir aguentar e dar a volta por cima, mas nada muda só piora.— fungou — Mamãe diz que se eu continuar assim fraco só vou levar porradas na vida, mas a culpa não é minha. Foi ela e minha avó que me deixou assim. Pra que irei está lutando por uma coisa que nunca irei conseguir? 

— Meu amor, não pense assim. Por que vai desistir? E seus sonhos? Você não queria cuidar de uma empresa e mostrar a todos que você é capaz? Por que do nada você irá desistir? 

— Eu abri os olhos, o mundo precisa de pessoas fortes. Não ver? Todos tem seus amigos e objetivos para o futuro, eles recebem apoio. Estão decididos a isso porque tem esperança. Eu estou sozinho, não vou conseguir nada chorando assim e com medo da vida. Reconheço que sou um fraco. — se afastou do abraço 

— Você também tem objetivos e não está sozinho, tem a mim. Sei que com minhas palavras não vão funcionar, mas faça algo por si mesmo, não fique pensando demais. Vai ficar doente... Quer dizer já está doente, isso te consome. — enxuguei seu rosto 

— Fala isso porque sua mãe não fica na sua cola querendo fazer as coisas por você. Sua mãe te dá liberdade para fazer suas escolhas, a minha não. Eu não tenho opinião própria, nem identidade. Ela que escolhe tudo por mim, mas depois reclama que eu não tenho gosto pra nada. Isso me confunde, minha avó só concorda colocando mais lenha na fogueira e não posso me defender. — esmurrou a pia revoltado — Eu aviso a ela que se continuar assim desse jeito irei embora e nunca mais voltar, mas ela só debocha dizendo que não tenho pra onde ir. — riu sem humor — Quando fico perto dela me sinto impotente. 

— Ir embora? Como assim? — questionei baixinho, por um momento pensei que ele estivesse falando em fugir de casa, mas lembrei que o menor tinha depressão e...

O Garoto Silencioso (Terminada)Onde histórias criam vida. Descubra agora