CAPÍTULO 1: O loirinho gostosinho

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— Irene, tudo bem que você tem lá suas descendências orientais — disse Wendy. — Mas, sério... Não acredito que depois de cinco anos namorando um asiático, você não procura ousar quando tem oportunidade, mulher! — Riu debochada. — Miga, corre atrás de um africano! Certeza que é mais jogo! — disse minha amiga, fazendo piada de meu gosto particular por homens de olhinhos puxados, os quais ela claramente não botava muita fé no tamanho de seus "documentos".

— Mas você viu o tamanho da bunda desse cara? E as coxas dele então? — gritei em seu ouvido, pois por conta do som alto daquela boate, e por ela já estar um tanto alterada pelo álcool, só assim para ela me escutar bem.

— Tudo bem, admito. Ele é bem gato mesmo. E tem um corpo bem gostosinho... — falou mordendo os lábios, cobiçando descaradamente aquele belo rapaz de cabelo tingido de loiro.

— Ei, tira o olho! Eu vi primeiro, hein! — berrei, rejeitando pela décima vez o copo de bebida alcoólica que ela estendia à minha frente e eu só fazia afastar.

— Nossa, amiga! Quem te viu, quem te vê, hein! — disse desistindo de me oferecer a bebida, colocando-a finalmente em cima da mesa atrás de nós. — Quem te vê assim nem acredita que há poucas horas estava chorando feito um bebê em pleno sábado à noite por conta do traste do Seokjin... — comentou, enquanto continuava olhando para os "atributos" daquele asiático.

— E você queria que eu passasse o resto da vida me lamentando e não aproveitasse a minha noite? — indaguei.

— Não, claro que não! Apesar de ter me surpreendido, adorei sua atitude! — Sorriu e deu mais um gole em sua garrafa de bebida. — Mas olha só... Não demora muito não! Tá cheio de mulher de olho nesse gato... Incluindo euzinha aqui! — Gargalhou escandalosamente.

Precisei rir da falsa ousadia da minha melhor amiga, afinal, ela era muito bem comprometida com o seu noivo — Mark — e estava ali apenas me fazendo companhia enquanto ele tinha ido até o bar buscar mais bebida para ela. Mas Wendy estava certa: aquele cara era muito gato e se eu não fosse rápida o suficiente, outra mulher o fisgaria, com certeza.

Sendo assim, após um surto repentino de coragem, resolvi começar a minha abordagem. É claro que eu não sabia o que fazer nem o que estava fazendo. Sempre fui muito tímida e por isso nunca cheguei assim num cara. Além do que estava a tanto tempo namorando com Seokjin — mais precisamente cinco anos — que eu nem me lembrava mais como era que se flertava alguém. Mas se tinha uma coisa que eu era bem mais do que tímida, era ser uma mulher decidida e orgulhosa. Aquele asiático platinado era a minha isca e era uma questão de honra para mim não deixá-lo escapar de jeito nenhum — ou então, eu não me chamava Irene.

Com um copo daquele coquetel delicioso de frutas sem álcool na mão — que Mark acabou trazendo para mim —, fui me aproximando do cara que dançava aparentemente sozinho ali na pista de dança. E puxa vida, como ele dançava bem!

Sua pele clara brilhava por conta das luzes piscantes da boate e do suor que fazia presença em seu corpo. Ele não era tão grande, mas seu corpo era todo proporcionalmente definido e musculoso, esbanjando sensualidade a cada movimento que ele fazia. E o que falar de seu bumbum, então? Puxa, era mais avantajado e empinadinho que o meu, sem dúvida alguma! Só de pensar em como seria aquele homem por debaixo daquelas suas roupas já suadas e totalmente coladas ao seu corpo, mordi o meu lábio inferior com força. E falando em lábios... Meu Deus, que lábios eram aqueles! Tão fartos, tão vermelhos e tão convidativos... Aquele homem parecia ter uma placa em sua testa dizendo: "me devore". Por que devorá-lo com os olhos era o que eu bem fazia mesmo, enquanto me arriscava em alguns passos daquela música mais sensual que tocava. E devorá-lo por inteiro foi o que bem desejei naquele momento, tenho que admitir.

Hall Pass | Bae Joohyun (Irene - Red Velvet) e Kim Seokjin (Jin - BTS)Onde histórias criam vida. Descubra agora