Capítulo 15

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Oiiii meus amores! Cheguei com mais um capítulo de Superações do Amor.

Estão gostando da história? Espero que sim ;) 

LEMBRANDO QUE O LIVRO ESTÁ COMPLETINHO NA AMAZON COM EPÍLOGO E BÔNUS, se puderem, não deixem de comprar / alugar e ajudar a autora. Mas caso não possam adquirir, sou grata do mesmo jeito por estarem aqui comigo prestigiando o meu trabalho *-* 

Segurem o coração que esse capítulo está muito emocionante <3 

***

Capítulo 15

Hadassa

Arthur não fala nada por alguns minutos, apenas me olha em silêncio, até que sinto sua mão tocando meu rosto com ternura limpando as lágrimas que deixo caírem sem pudores, nelas estão todas minhas dores.

―Hadassa, olha para mim. ―Sua voz está firme, mas carinhosa.

Hesito por alguns minutos e finalmente olho em seus olhos. Ficamos nos encarando por alguns minutos em silêncio. Seu semblante demonstra cansaço, seus olhos azuis parecem um pouco atormentados e tem orelhas grotescas, resisto a vontade de tocá-lo, gesto que ele não hesita por um minuto sequer.

―Eu pedi tanto a Deus para não te perder, passei dias implorando a ele que não te levasse. ―Sua voz é um sussurro quebrado, vejo-o fechar os olhos com força. ―Eu estava num verdadeiro inferno aqui sem você, meu amor.

―Amor? ―Minha voz sai surpresa e horrorizada. ―Você não pode me amar, Arthur, não sou o suficiente para você agora. Não seria justo te prender a uma aleijada. ―Desvio olhar tudo que eu mais quero é que ele saia para poder chorar até dormir.

―Nunca mais repita essas atrocidades, ouviu bem? ―Fala segurando o meu rosto. ―Você é minha, sempre será.

― Eu queria, queria muito, mas não dá, por favor, sai, vai embora. ― Falo chorando. Não consigo me controlar.

―Não. Que tipo de homem você acha que eu seria se te deixasse aqui sozinha? Me fala, Hadassa! ― Sua voz tem uma raiva contida.

―Um homem esperto. Uma pessoa que tem a vida toda pela frente e deveria aproveitá-la e não se prender a uma inválida. Não preciso de pena, muito menos de caridade, Arthur. Vai viver, ser feliz. Eu jamais me perdoaria se destruísse a sua vida.

―Pena? É isso que você acha que eu sinto por você? ―Ele passa as mãos secando as lágrimas. ―Pois me deixe informa-la que nunca me passou pela cabeça sentir pena ou ficar por caridade. Agora, nesse exato momento estou com raiva, muita raiva! ― Fala descontrolado e arregalo os olhos. ― Raiva daquele desgraçado que te deixou assim, raiva por você está se depreciando quando o que deveria era agradecer a Deus por estar viva. Todo mundo que olha como ficou o meu carro, jamais diria que a pessoa que estava no banco do motorista sobreviveu.

―Eu... Eu... ―Tento falar, mas ele não me dá chance.

―Sabe quantas noites eu fiquei sem dormir pensando, orando e pedindo a Deus por você? Aliás, Sandy, Cris, e as pessoas que mandaram milhares de cartas e e-mails de apoio e dizendo que estavam orando por você? Isso não é pena, Hadassa. Isso se chama amor.

―Não é justo você me dizer isso agora. As coisas mudaram, logo até mesmo você vai perceber que foi o melhor a fazer. ― Tento ser fria e fingir que o que ele falou não me atingiu. Mas falho miseravelmente quando deixo essas lágrimas traidoras caírem.

―Não, não é isso que você quer. Essa não é a minha Hadassa falando... ―Sua voz transmite uma angústia tão grande que me culpo por ser a causadora. ―Quem está falando é a sua dor. Não importa o que aconteceu ou que irá acontecer, o que eu sinto não mudou, está aqui. ―Pega minha mão e coloca no seu peito. ―Cada batida dessa representa o que sinto por você, Hadassa, você não tem noção do quanto sofri com medo de te perder, de perder parte de mim.

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