two

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A fazenda de cavalos fica a pouco mais de uma hora e elas levam a motocicleta de Natasha até lá. Ainda está nublado, mas a chuva se foi e o ar do meio da manhã está frio quando chegam e estacionam a moto. Wanda está usando couro preto alto e desgastado, que aparece bem abaixo do joelho, com leggings pretas justas e um longo suéter cinza, o cabelo em um coque bagunçado. Ela não está usando um ponto de maquiagem, e parecia tão bonita quando abriu a porta do quarto mais cedo naquela manhã que Natasha tinha esquecido completamente o que ia dizer. Era "bom dia", a propósito.

Nat decidiu usar suas botas de motoqueiro e jeans skinny escuro e uma camiseta velha que usa quando quer se sentir confortável. Elas tomam seu tempo subindo o caminho para o celeiro, onde já há algumas pessoas, e Natasha espera Wanda, sabe que tem algo que ela lhe quer dizer e está apenas trabalhando como quer dizer isso.

— E se eu for ruim nisso? — é o que Wanda finalmente diz, com as mãos enfiadas nas mangas, os dedos arrancando e puxando-os de forma irregular. — E se o cavalo me odiar?

Natasha sorri para si mesma, as próprias mãos indo para os bolsos, os olhos para a frente.

— Por que o cavalo te odiaria?

— Eu não sei. E se sentir que eu sou... — ela olha ao redor, deixa sua voz em um sussurro. — Diferente?

— Mas... seus poderes não te tornam extremamente intuitiva e permitem que você sinta o que outras pessoas estão sentindo?

—Bem. Sim — Wanda lambe os lábios, e Natasha olha para vê-la fazer isso. — Mas e se não funcionar com animais? E se--

— Bom dia! — um homem se aproxima, vestindo jeans desgastados e um velho chapéu de cowboy; seu sorriso se estende em seu rosto enquanto ele oferece sua mão a Natasha. — Vocês deve ser Natasha e Wanda.

Natasha dá a Wanda um sorriso encorajador antes de dar um passo à frente, fazendo o papel de uma pessoa normal enquanto aperta a mão do cara.

(...)

Acontece que Wanda não tinha motivos para se preocupar.

Ela vai direto para a linda égua Quarter Horse no momento em que entra no estábulo, com os olhos suaves e surpresos. O cavalo está muito quieto, as orelhas inclinadas para a direita de Wanda, a cabeça para fora para cumprimentá-la no segundo em que ela está perto o suficiente.

— Deixe-a cheirar sua mão primeiro — Natasha a instrui suavemente, parando atrás dela enquanto Wanda faz exatamente isso. O cavalo dá uma longa olhada na mão de Wanda antes de lambê-la. Wanda suspira audivelmente, um som contido e profundo, quando começa a passar as mãos pelo focinho do cavalo.

— Spirit gosta de você, hein? Isso é sempre um bom sinal. Ela só gosta de pessoas gentis — o homem, Henry, para a poucos metros de distância com um sorriso no rosto.

— Ela é linda —Wanda respira, seus olhos ainda em Spirit, vendo diretamente na alma do cavalo. — Posso... — ela se vira para o homem, fazendo contato visual com ele pela primeira vez. — Posso montá-la?

Seu sorriso só cresce.

— Bem, eu não vejo por que não, querida. Eu ajudarei você a ficar sobrecarregada enquanto sua amiga encontra um cavalo para si mesma, está bem?

Natasha assente, sentindo-se um pouco insegura agora que Wanda não está nervosa. Ela caminha lentamente pelo estábulo, olhando de um lado para o outro os cavalos antes de ver um cavalo cinza, com cabelos escuros e cílios longos e escuros. Ela para em frente a ela, parada por apenas alguns segundos antes de colocar a mão para fora, deixando o cavalo cheirá-la. Ele exala alto e avança, enfiando o nariz na palma da mão, o que a faz rir, franzindo o nariz.

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