Capítulo 2

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"Bem, isso não é uma porra?" Cecília grita para ninguém em particular quando inspeciona a unha que ela acabou de limpar um pouco. Bem, não realmente limpa. É bastante sangrenta, na verdade. 

"O que há de errado-oh." Jose diz quando entra como um furacão no quarto de Cecília, vestindo apenas uma toalha. 

"Eu estou bem, mãe. Volte para o seu banho, eu vou cuidar disso." Cecília garante e então levanta de sua cama e vai para a cozinha. Se sua mãe está no banheiro, ela não pode usar a pia de lá para lavar o sangue.

Antes de Cecília colocar o dedo sob a aguá corrente, ela observou o fluxo de sangue saindo da ferida com curiosidade. Ela se pergunta o que sentiam com a dor, por um segundo. Em seguida, ela se pergunta por que não sente isso, ela se lembra de imediato: seu cérebro produz uma overdose de endorfinas. 

Ela assiste a água se tornar vermelha, uma vez que cai do seu dedo agora limpo. Cecília vai até o armário logo acima da pia, ela mal consegue alcança-lo, mas depois que está nas pontas dos pés, ela consegue pegar os bandaids. 

Ela cautelosamente envolve o bandaid simples em torno de seu dedo gordinho. 

Esquecendo-se do ocorrido, ela caminha até o sofá e liga a TV. Claro, nada é bom, por isso ela recorre so noticiário. Depois de ouvir sobre várias coisas que não tem nada a ver com ela, sua mãe sai do banheiro. Ela está usando maquiagem e seu cabelo está secado, e Cecília se lembra do que elas tinham discutido brevemente na noite anterior. 1

"Vamos lá, vamos conhecer o seu novo médico." Jose diz, balançando a cabeça para a porta.

Cecília olha para as suas pernas veatidas de pijamas e levanta uma sobrancelha para sua mãe.

"Vá se trocar." Ela exige.

"Ok." Cecília responde, caminhando para seu quarto, e não sente quando seu quadril bate na moldura da porta. 

Ela não se preocupa com sua camisa, então ela apenas coloca um short jeans e calça seu inseparavel all star. 

"Então, ela e sua mãe caminham até o carro, e dirigem um milha para a casa da Dra. Caetano. Jose é superprotetora assiatindo cada movimento de Cecília. Sim, Cecília está contente que sua mãe tem muita proteção, mas as vezes é muito. O que a médica vai pensar quando descobrir que Jose não pode fazer nada além de se preocupar com sua filha? 

Logo, Jose está batendo na porta e Cecília está olhando para baixo e brincando com a bainha de sua camiseta, desejando que ela não tivesse concordado em ir junto. Bem, ela não tinha exatamente uma escolha, mas ela ainda desejava que não estivesse aqui, na frente da médica que ela vai ter que gastar um monte de tempo, quer ela goste ou não.

"Olá!" Dra. Caetano - ninguém se preocupou em dizer para Cecília qual seu primeiro nome - diz.

"Oi! Eu sou Jose Muller, eu trabalho no banco, e esta é a minha filha Cecília. Ela vai ser sua paciente, então pensamos que poderia parar por aqui." Jose diz em uma voz falsa e doce. Ela está tentando muito ser legal, é tudo.

"Ah, eu me lembro de você de ontem, eu não sabia que você tinha uma filha...", ela faz uma pausa e inspeciona Cecília por um breve momento. "que parece ter a mesma idade que a minha!" 

Como uma deixa, uma moça entra na sala e vem atrás de sua mãe.

"Quem são elas!" Ela pergunta, tentando verificar sutilmente Cecília. Que não pareceu notar.

"Eu sou Jose, esta é -"

"Eu posso me apresentar, mãe." Cecília franze a testa, não querendo parecer dependente de sua mãe em frente a essa nova e atraente garota. "Eu sou a Cecília."

"Eu sou a Ana Clara." Ana estende a mão, para um aperto de mão, e Cecília estende a sua. Ana aperta um pouco demais, para mexer com Cecília, mas Cecília não reage. Ana move as sobrancelhas juntas em confusão. 

"Que tal você entrar, então?" Dra. Caetano diz. Cecília terá que perguntar a sua mãe o seu nome mais tarde.

Elas seguem para dentro, e não surpreendentemente, há caixas por quase todos os lugares. Dra. Caetano abre a boca para se desculpar, mas Jose a silencia antes que ela possa sequer começar. 

"Está tudo bem, de verdade. Eu entendo." Jose sorri.

"Que tal você mostrar a casa para a Cecília, Ana?" Dra. Caetano pede e Ana sorri. 

"Eu adoraria. Vamos, Ceci" 

"Ceci?"

"É bonitinho." Ana responde, agarrando o pulso de Cecília e puxando ela para subir as escadas. 

Quando chegam ao quarto no final do corredor, Ana solta Cecília e andam para dentro. Não há literalmente nada no cômodo e todas as paredes são brancas.

"Eu ainda estou pensado de que cor que eu quero pintá-lo." Ana explica. "Mas eu ouvir que você é um dos pacientes da minha mãe? Por que?" Ela está subitamente curiosa.

"Eu não vou dizer nada a você." Cecília responde abruptamente. 

"Oh, vamos lá! Por que não?"

"Eu não quero."

"Não pode ser tão ruim assim. Algo errado com seus seios? Você tem erupções na bunda?" Ana estimula. 

"Não, eu só não quero te dizer." Cecília faz uma careta.

"Muito bem." Ana suspira. Isso não significa que ela não perguntar de novo, mais tarde, no entanto. "Enfim, que cor você acha que eu deveria pintar aqui?"

"Hum, que tal castanho?"

"Por quê?"

"Combina com seus olhos." Cecília responde, em seguida, olha para longe, timidamente. Ela não tinha a intenção de deixar amostra para Ana Clara que tinha estado olhando para os olhos dela. 

"Então, que tom seria, Ceci?"

"Seus olhos não são Marrom imperial." Cecília estaca, bruscamente." Eu estou pensando em Marrom Castor." 30

"Tudo bem. É Marrom castor." Ana sorri.

"O quê? Você está levando minha opinião a sério?" Cecília  pergunta obviamente chocada.

"Sim, por que não?"

"Eu não sei. Você acabou de me conhecer."

Ana apenas sorri para seus pés, mas logo levanta o rosto para Cecília. Cecília franze as sobrancelhas, por que Ana está sorrindo?

"Você sabe, você é a minha primeira nova amiga." Ana diz depois de cerca de um minuto de silêncio. 

"Eu sou sua amiga?"

"Sim, você não tem escolha."

Painless- Ana e CecíliaWhere stories live. Discover now