Capítulo 5

186 13 3
                                    


Sorry qualquer erro com os nomes <3



"Na clínica hoje - Oh meu... O que aconteceu aqui?" Monica para de falar quando chega na porta de Ana. Tinha tinta Marrom nas paredes, no piso, nas janelas e teto. Ana estava sentada no saco de feijão que tinha arrastado para seu quarto depois que ela e Cecília tinham terminado a pintura.

"Ceci e eu pintamos." Ana sorri, observando o quarto. "Eu gosto desse jeito."

"Você tem certeza? Pelo menos limpe a tinta do chão e janelas." Monica sugere.

"Eu gosto do chão," Ana olha para as pegadas de Cecília no chão de tinta molhada. "Mas, eu vou limpar as janelas, por você."

Com isso, Ana desce as escadas a procura de alguns produtos de limpeza, e ela esfrega a tinta da janela. Em seguida, ela e sua mãe trazem um colchão e uma mesinha para seu quarto.

"Você está completamente apaixonada por ela, não é?" Monica pergunta a Ana quando elas voltam ao térreo para pegar a cômoda de Ana. Monica não tem que dizer sequer 'Cecília' para Ana saber de que ela está falando. 

" Mãe..." Ana geme. Monica não diz mais nada, ela apenas sorri para si mesma.

Enquanto isso, no final da rua, Cecília está mais uma vez sendo repreendida por sua mãe.

"Cecília, por que suas mãos estão tão vermelhas?" Jose pergunta.

"Eu tive que limpar a tinta de minhas mãos, mãe."

"Você não pode esfregar camadas de pele assim, Cecília!" 6

"Me desculpe, eu não sabia." Cecília diz baixinho e olha para seu colo.

"Eu não estou chateada, apenas tenha mais cuidado, ok?"

"Ok." Cecília se sente como um cachorro que tinha acabado de fazer xixi no tapete, ou algo assim, e ela não gosta. Então, ela volta para seu quarto. Isso é o que ela tem, ela supõe. É por isso que ela gosta da internet. Eles não podem repreendê-la por não ser cuidadosa. (Bem, talvez eles poderiam, mas seria extremamente chato.)

Após uma hora de rolagem para baixo no seu Twitter e Tumblr, o seu telefone toca. Ela pega e lê o identificador de chamadas, Ana. Vê o que Cecília quer dizer quando diz que Ana não sabe como deixá-la sozinha?

"Alô?" 

"Oi, Ceci! Eu só queria conversar."

"Ana, só se passaram, tipo, duas horas. O que há para falar?" Cecília responde, pegando uma caneta e um papel e rabisca enquanto ela fala. 

"Hmm. Bem, eu estou mantendo meu quarto do mesmo jeito, com os respingos de tinta em todos os lugares. Minha mãe me fez limpar as janelas, mas isso é tudo."

"Nós poderíamos pintar o meu quarto algum dia, não é?" Cecília diz, enquanto olha para a sombra rosa bebê de sua parede. Ela realmente não gosta da cor rosa bebê, e sempre a incomoda um pouco. 

"Sim, isso seria divertido." Ana diz. Cecília está prestes a responder quando Lauren fala novamente. "Eu preciso te perguntar uma coisa."

"Se é sobre a minha condiç-"

"Não, não é. Você é gay?" Ana diz tão abruptamente que deixa Cecília surpresa. 

"Uh, sim. Porquê?" Cecília diz lentamente.

"Eu só queria saber, você sabe, para referências futuras. Bem, tchau, Ceci!" Ana diz tudo tão rápido que não há lugar para Cecília responder. Então Ana desliga, antes de Cecília poder dizer adeus. Cecília se senta em seu quarto, com as sobrancelhas franzidas, apenas pensando: o que diabos aconteceu? 

~•~

Na manhã seguinte, Cecília é acordada por sua mãe.

"Ana está aqui." Ela diz. 

"Hm, diga a ela que eu tenho que trocar de roupa e vou sair em um segundo, eu acho." Cecília responde grogue, sentando lentamente, ficando de pé e tirando o pijama. Ela caminha até a cômoda e tira uma regata aleatória, jogando-a sobre a sua cabeça e, em seguida, puxando um par de jeans skinny preta. Ela pentea os cabelos antes de ir para fora para ver Ana.

"O que diabos você está usando em seu cabelo?" Cecília diz quando vê Ana na sala de estar.

"É uma touca, não esta vendo?" Ana diz.

"Você é uma idiota." Cecília brinca, sorrindo, antes de seguir Lauren. "Para onde vamos?" 

"Eu estava pensando que deveríamos fazer uma caminhada."

"Não fazemos isso todos os dias?"

"Bem, sim. Então por que hoje seria diferente?"

Ana dá de ombros, começando a descer a calçada. Cecília caminha ao lado dela, seus dedos roçando momentaneamente antes de Cecília empurrar para longe (não tão sutilmente como ela deseja.) 

"Então, o que foi aquilo no telefone ontem?" Cecília pergunta.

"Bem, eu pensei- bem, agora eu sei que você tem uma namorada e eu só- só queria saber." Ana diz, mas ela está um pouco nervosa. 

"Espere, o quê? Eu não tenho uma namorada." Cecília arqueia a sobrancelha. 

"Eu apenas pensei- porque você é tão bonita- hum, eu quero dizer porque você mora aqui há um tempo, então eu imaginei que você tinha uma namorada..." Ana  gagueja, desviando o olhar, porque ela está corando. Ela não quis chamar Cecília de bonita na sua frente, deveria ser mantido em seus pensamentos. 

"Não, eu não tenho uma namorada, Ana." Cecília diz, sorrindo para si mesma. Ana fica bonita quando ela está envergonhada. "Eu suponho que você também goste de garotas, então?" Cecília pergunta, mas ela está muito concentrada do rosto de Ana para ver que um de seus sapatos está desamarrado, e assim ela tropeça nos próprios pés, basicamente.

"Sim-Ceci!" Ana corre para ajudar Cecília, levantando-a do chão. "Você é muito desajeitada, não é?" Ana pergunta quando ela tira a sujeira da frente da camisa de Cecília.

"Sim." Cecília diz. "Vamos continuar caminhando, não é?"

"Cecília, você não quer continua depois de torcer o tornozelo, não é? Além disso, você machucou o rosto." Ana leva a mão até o rosto de Cecília e suavemente pressiona os cortes rasos da calçada de cascalho. "Isso dói?" Ela pergunta quando pressiona um pouco mais forte. +

"Ninha..." Cecília suspira. "Você quer saber o que há de errado comigo?"

"Bem, você acabou de cair, isso eu já sei." Ana diz como se fosse óbvio.

"Não, tipo, a razão de eu ter que ir ao médico todos os dias."

"Oh, uh, claro- sim."

"Ok, você já ouviu falar de insensibilidade congênita à dor?"

Painless- Ana e CecíliaWhere stories live. Discover now