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Melanie

Me sento e fico fitando a linha de fumaça. O que aconteceu? Além de Krum, mais alguém morreu? Eu realmente espero que não.

Meu corpo está dolorido, principalmente minhas costas e meus pés. Mas nada disso importa agora.

Por favor, Dante, venha o mais rápido que puder, eu preciso de você.

Olho para o celular e vejo que passaram 30 minutos desde que liguei para Dante. Ele deve estar chegando.

Me levanto, e gemo de dor. Olho ao redor, o sol praticamente já nasceu, com o lugar totalmente iluminado visualizo melhor o espaço, eu estou muito exposta.

Caminho até algumas árvores, e me sento escostadas nelas. Dessa forma, estou escondida de pessoas indesejadas, e consiguirei ver quando Dante chegar.

Massageio minha barriga. Você vai ficar bem meu bebê, nada de mau vai te acontecer, a mamãe promete.

Encosto minha cabeça no tronco da árvore e fecho os olhos. Em minutos caio em um sono leve.

Acordo com o barulho de um carro se aproximando. Meu corpo fica alerta, perdendo totalmente o cansaço e esquecendo da dor.

Estreio os olhos vejo e o carro se aproximando em alta velocidade. Olho para o celular, eu liguei para Dante 1 hora atrás. Por que demorou tanto?

Consigo distinguir que o carro é o dele, mas espero ele parar.

Passam segundos e ele sai do carro olhando em volta, me procurando.

Levanto do meu esconderijo com lágrimas no olhos, e me aproximo dele.

Quando nos olhamos, não dizemos nada um ao outro. O que há para dizer nesses momentos?

Ele abre os braços, e eu me jogo nele. Choro sem me importar.

- Eu... - tento dizer alguma coisa.

- Shh - ele me aperta suavemente - Tudo vai ficar bem, agora.

Fecho os olhos tranquila. Dante está aqui, eu estou segura.

Ficamos abraçados por vários minutos, eu chorando e Dante me consolando.

- Por que demorou tanto? - questiono quando estou mais calma.

- Eu fui na fazenda... - ele diz e encara a linha de fumaça que vem daquela direção.

- E...? - pergunto com medo - Sua mãe, Gina... Via... elas... os rapazes... estão bem?

Ele me olha e balança a cabeça.

- Todos mortos - ele diz - Depois colocaram fogo nas duas casas, o único lugar que está a salvo é o estábulo.

Balanço a cabeça sem acreditar.

- Me desculpe, me perdoe - murmuro.

Ele coloca as mãos em meus ombros.

- Não é sua culpa...

- É minha culpa - grito - Eles morrerem por minha culpa, todos... desde sempre... desde que eu aceitei me casar com seu irmão estão tentando me matar, essa não é a primeira vez e não será a última, eu não...

- Shh - ele tenta me acalmar - Eu te manterei segura... meu irmão te manterá segura.

Me afasto dele magoada.

Mulher no Poder (Em Revisão)Where stories live. Discover now